Prana. Força vital para regularizar as células do organismo e mentalizar a presença do Criador.


O que respiramos? Prana.

Outro termo hindu sem tradução, pois “prana” não significa propriamente “ar”. No Evangelho escrito por São João, lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 

Ele estava no princípio com Deus. 

Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens”. 

O “Verbo” de São João era o “prana”, ou seja, a essência da vida; seja sob o aspecto material, como espiritual. Logo, quando respiramos, precisamos respirar vida! 

Toda força se, baseia no “prana”; a força da gravidade, de atração, de repulsão, de eletricidade, da radioatividade, ou qualquer outra que possa surgir.  

Sem “prana” não há vida, pois o “prana” é a alma de toda força e de toda energia. 

Sem ser “ar”, está no ar. 

Sem ser “alimento” está nos alimentos. 

Sem ser “água” está na água. 

Sem ser “fogo’’: está no fogo. 

Sem ser “luz”, está na luz. 

Sem ser “luminosidade” está na luminosidade. 

Sem ser “vontade” está na Vontade do Criador. 

Ao respirarmos com ritmo, enchendo adequadamente os pulmões, dentro de uma Cadeia de União, e seu misticismo, estaremos verdadeiramente ingerindo “prana”, ou seja, essa força vital de que necessitamos para regularizar todas as células do organismo e mentalizar a presença do Criador. 

O “prana” purifica a alma e o pensamento libertando o homem e tornando-o “livre e de bons costumes”, pois não estará ocupando a mente com pensamentos iníquos. 

Em “Hatha Yoga”, o exercício que conduz à meditação denominase de “praianama”. 

Portanto, o exercício preparatório, dentro da Cadeia de União e antes de ser transmitida a “palavra semestral”, tem função e conseqüências quase que científicas, dentro de seu misticismo. 

A função respiratória independe de nossa vontade, eis que é constituída de movimentos naturais; ao nascermos, nosso primeiro ato é respirar; porém, a respiração ritmada, para ingerir “prana”, mormente dentro da Cadeia de União, com a preocupação de acompanhar o ritmo geral, faz com que, o pensamento se fixe no ato respiratório. 

Afastados os pensamentos dos problemas que o homem carrega consigo, há uma libertação de células que se mantinham tensas e preocupadas apenas naqueles pensamentos; com isto, será exercitada uma “higiene mental” de tal forma que os pensamentos adequados ao ato litúrgico surgirão purificados e indubitavelmente, produzirão os melhores efeitos.


REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino

Comentários

  1. Prāna é, segundo os Upanishad, antigas escrituras indianas, a energia vital universal que permeia o cosmo, absorvida pelos seres vivos através do ar que respiram.

    O segundo dos corpos energéticos ou Koshas.

    ResponderExcluir

Postar um comentário