A CAPITAL PAULISTA JÁ FOI BOMBARDEADA COMO AS CIDADES UCRANIAS DE “KIEV, MARIUPOL, ODESSA OU KHARKIV”.



“Preservar o que insistem em esquecer”


A CAPITAL PAULISTA JÁ FOI BOMBARDEADA COMO AS CIDADES UCRANIAS DE “KIEV, MARIUPOL, ODESSA OU KHARKIV”.

Inverno de 1924.
Na cidade de São Paulo, oficiais do Exército e da Força Pública (atual PMESP), com seus efetivos, iniciaram sua conquista em ato de rebeldia contra a presidência de Arthur Bernardes e a paralisia política da República Velha.
Imperava no país o voto aberto (de cabresto), fraudes eleitorais e pouquíssima alteração política em um país de analfabetos.
Tal Movimento ficou conhecido como a “Revolução Esquecida”, uma cicatriz banida da História do Brasil.

No dia 5 de Julho daquele ano iniciou uma intensa campanha militar. Os legalistas lutaram contra seus congêneres, também oficiais do Exército e da Força Pública e suas respectivas tropas.
Foram 23 dias de terror, destruição, fogo, saques, metralhas e bombardeamento (artilharia e aviação).

Consequentemente, a cidade, com aproximadamente 700 mil almas, mais de 300 mil pessoas fugiram a pé, de trem, com carroças, bicicletas, veículos.


Os bairros mais populares (Brás, Belém, Mooca, etc.) e operários, com forte contingente imigratório, foram alvos visados pela artilharia legalista, apesar de não possuírem fortificações militares...
Os rebeldes cercados, com ameaça do Governo em destruir a Capital Paulista (mesmo com a população não combatente ali residindo), abandonaram - na em 28 de julho de 1924, após 23 dias de horror.
Utilizaram a Estação Ferroviária da Luz para a evasão, com destino ao interior.

Começaria, então, nova saga, que resultaria no nascimento da 1º Divisão Revolucionária, mais conhecida por “Coluna Miguel Costa- Prestes”.


Percorreriam aproximadamente 25.000 km do território nacional, objetivando a derrubada do governo de Bernardes, internando-se na Bolívia em fevereiro de 1927.

O maior conflito urbano no país deixou um triste e pesado tributo: 503 mortos, em sua maioria, civis; 4.846 feridos e a destruição de aproximadamente 2.000 edifícios.

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