
O FAMOSO NÚMERO DA BESTA
O famoso "Número da Besta", ou seja o "666" que se interpreta neste momento sempre, procurando, tentando, ler nas supostas profecias bíblicas à luz dos acontecimentos atuais, é interpretado como - hoje - como a rea lização na internet, ou seja, no triplo "W" que substituída pela letra "VAV" (1) da língua hebraica formaria "666". Então, o número da besta, de acordo com esta forma de interpretação, estaria se referindo, mais uma vez, ao nosso tempo atual. Então, seria como dizer que chegámos à hora do apocalipse.
Ou seja, "666" igual a "WWW"
Na verdade, na minha maneira de ver, "666" é a transposição numérica da palavra grego que indicava ao Imperador Nero e que, portanto, indicava a "Besta" desse momento. Ou seja, aquele que naquele momento estava colocando em risco a vida da igreja nascente e pelo tanto dos cristãos.
Tanto é que este "666" pelo menos num código diferente daquele do qual deriva o Apocalipse que temos agora, ou seja este Apocalipse de João, que entre outras coisas é um dos Apocalipse que foram escritos nessa época, foi este o que s e escolheu para ser incluído no CANON, no cânone cristão.
Eu esclareço isso porque em outro código está escrito "665", e num código anterior, isto é mais antigo do que estes - entre outras coisas eu li a tradução, aqui está o texto em grego, ao lado - e num código anterior, parece-me que é no Papiro de O Irinco, está escrito "616", que seria, embora talvez não totalmente, a transcrição numérica do nome escrito em grego de CALÍgula, que como sabemos foi o Imperador alguns anos antes de Nero.
Então, quando a "Besta" era representada por CALÍgula, o número era "616"
Quando a "Besta" de Roma era representada por Nero o número se transformava em "666".
Obviamente, esta é apenas uma das formas de interpretação, depois há outras...
Dragões, cavalos com cabeça de leão e cordeiros com sete olhos. Essas são algumas das visões do Apocalipse - uma palavra que vem do grego antigo "revelação" e é descrita no último, mais estranho e mais controverso livro da Bíblia cristã.
O "livro da revelação" consiste em uma série de visões que seriam uma profecia do fim dos tempos. Foi usado ao longo da história para explicar desastres que vão da peste ao aquecimento global, passando pelo acidente nuclear de Chernobyl.
Algumas figuras e palavras conhecidas, como por exemplo Armagedom, também vêm do Apocalipse, embora nem todos saibam disso. E o livro tem diversas influências em livros, cinema e música até hoje.
Mas, quando João escreveu o livro, no século 1, ele não estava apenas querendo explicar acontecimentos futuros.
Alguns acadêmicos acreditam que ele usava códigos e símbolos para alertar os cristãos da época sobre a adoração ao imperador de Roma e lançar um ataque ao poderoso regime.
O "número da besta" - 666 - é, talvez, a referência mais famoso Apocalipse. O trecho que o cita diz: "Quem tiver discernimento, calcule o número da besta, pois é número de homem, e seu número é 666".
Até hoje, 666 é usado para falar sobre a imagem do mal. Mas qual seria o significado por trás dele?
Em números, nome do imperador Nero Cesar vira 666 (Foto: BBC)Era comum, na Antiguidade, usar números para disfarçar um nome. Nos alfabetos grego e hebraico, toda letra tem um número correspondente. Então, se você somasse todas as letras do seu nome, você tinha um código numérico.O professor Ian Boxall, da CUA (Catholic University of America), dá um exemplo com Anna."A" vale 1 e "N" vale 50. Anna, então, seria 102.Se você escrever o nome do imperador Nero Cesar no alfabeto hebraico, a equação fica: 200+60+100+50+6+200+50=666.
Historiadores acreditam que a perseguição de Nero a cristãos em Roma fez com que ele fosse uma figura odiada pelos primeiros cristãos.
Outros mitos
Diversos outros mitos conhecidos vêm do Apocalipse - e têm relação com a situação de Roma na época.
Nem todo mundo sabe, por exemplo, que Armagedon vem da Batalha do Armagedon, descrita no livro. O nome Armagedon é baseado no nome do Megido, um monte que hoje fica em Israel.
Segundo estudiosos, "ar" (ou "har") significa monte em hebraico, e "magedom" (ou "magedo") equivale a Megido. Na época de João, o Megido era um sangrento campo de batalha e abrigava uma das legiões mais cruéis de Roma.
A batalha do Armagedom é uma luta entre o bem o mal - Deus e Satã - durante os últimos dias do mundo.
Já os cavaleiros do Apocalipse são quatro homens, em cavalos nas cores branca, vermelha, preta e verde. Eles soltariam no mundo a morte, guerra, fome e conquista, representando a violência resultante de escolher não seguir a palavra de Deus - a Roma imperial.
Outra imagem famosa do livro é a da besta do apocalipse e suas sete cabeças, que emerge do oceano e exige ser adorada. O nome de uma blasfêmia está escrito em cada uma das suas cabeças.
A besta seria Roma, e suas cabeças representariam os sete imperadores que a Roma antiga havia tido naquele tempo. Os nomes de blasfêmias representam a tendência dos imperadores romanos de se chamarem de deuses.
Influências
Até hoje, o Apocalipse tem influência na cultura a aparece em várias referências modernas.
Entre os filmes que fazem referência a ele estão O Sétimo Selo (1957), Fim dos Dias (1999), Filhos da Esperança (2006) e É o Fim (2013) - todos usam a imagem do fim do mundo.
Na literatura, estão entre os exemplos best sellers como a série Deixados para Trás (1995), O Nome da Rosa, de Umberto Eco (1980) e Revelação, de CJ Sansom.
Muitos músicos, de compositores clássicos a bandas de heavy metal, foram influenciados por temas da revelação.
O Iron Maiden batizou seu disco de 1982 de The Number of the Beast (O número da besta), enquanto o álbum do Muse de 2006, Black Holes and Revelations, traz os Cavaleiros do Apocalipse na capa.
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