A civilização persa teve sua origem no mundo antigo, na região situada no atual Irã, e se tratava de um conjunto de povos que compartilhavam a língua e alguns costumes em comum, dentre esses povos, acredita-se que a maioria veio de regiões da Ásia Central e Rússia, com objetivo de encontrar terra fértil para agricultura e pastoreio.
Dentre os povos que se estabeleceram, um dos que mais obtiveram êxito em seu desenvolvimento fora o chamado povo Medo.
A partir do século VIII a.C., os medos começaram a se organizar em forma de estado, tendo como vantagem sua numerosa população e a criação rudimentar de um exército, sendo assim, nessa época passaram a cobrar impostos dos outros povos persas.
No ano de 558 a.C., um líder uniu-se com um contingente de homens que discordavam dos métodos de governo e julgo dos medos, Ciro II, mais conhecido como Ciro, O Grande, fundou um Império chamado de Império Aquemênida, seu objetivo era resistir contra os medos e expandir os territórios persas.
Apesar de seu objetivo expansionista, Ciro ficou conhecido como um líder respeitoso, e logo após derrotar seu primeiro inimigo, os medos, deu início a um processo de expansão sob a Mesopotâmia, tendo como característica algo diferente de quase todos os outros impérios antigos, Ciro não impunha sobre os povos dominados sua cultura ou obrigação de readequar suas línguas, o processo compunha em dominar o território, criar impostos para os persas e uma espécie de pacto de dominância, onde havia nos reinos conquistados a obrigação de reconhecer o rei persa como seu senhor.
Com o tempo, Ciro conquistou toda região do Egito e Grécia, dominando povos Semitas e Hititas, e logo transformou o Império Persa no maior império de sua época, tendo um território que abrangia toda Ásia Menor e oriente Médio, feito que só iria se repetir anos mais tarde com os macedônicos.
Após o falecimento de Ciro, os imperadores que ascenderam ao trono continuaram o processo de expansão, e embora não tivessem a mesma genialidade e estratégias de Ciro, durante o governo de Cambisés e depois Dário I (sucessores de Ciro), mais vinte províncias foram dominadas.
O modo em que os persas encontraram para manter o controle sob o seu vasto território, era o chamado olhos e ouvidos do rei, consistindo em uma espécie de cargo público de confiança do rei, no qual pessoas eram encarregadas de ouvir aquilo que os povos falavam em conversas privadas, com intuito de prever rebeliões ou traições.
E mesmo com esse vasto território, havia um objetivo que ainda não tinha sido concluído: conquistar toda Grécia.
Dário I forjou um grande exército para tal, a conquista da Grécia significava muito além de uma prova de poder, e sim a conquista de grandes e ricos territórios e cidades que eram naquele momento o centro do mundo antigo, tanto em mercado quanto em influência.
O ataque teve seu início, mas não perdurou e logo foi contido por Atenas, que derrotou os persas, e com ajuda das outras pólis gregas de Esparta e Tebas, expulsaram os persas de seus territórios, causando grande prejuízo, pois a Pérsia saiu fragilizada do conflito, com inúmeras baixas além do rombo nos cofres do Império.
Paralelamente, diversos levantes em províncias começaram a acontecer, com a percepção de um aparente declínio no Império, iniciava-se um processo de enfraquecimento do Império Persa.
Tudo piorou com o governo de Xerxes I, filho de Dário I, que novamente tentou conquistar a Grécia, e foram novamente derrotados.
O ponto crucial na queda dos persas foi um fator ocorrido em 332 a.C., que foi a invasão macedônica nos territórios persas, lembrando que os macedônicos já haviam, naquele momento, conquistado quase todo mundo grego, algo nunca alcançado pelos persas.
Após a derrota para os macedônicos, os persas acabaram se dividindo novamente entre várias regiões.
Embora o desfecho do Império Persa não tenha sido glorioso, em seu apogeu foi a primeira superpotência global, tendo em sua época de ouro o maior território visto até então dominado por um povo.
Comentários
Postar um comentário