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PARA FALAR EM LOJA
Uma das regras da disciplina do falar em loja prende-se com a postura dos braços, mãos e pés.
Quando se fala normalmente, o gesto acompanha a palavra, pois o gesto pode ser não só um complemento da palavra, como ser a palavra em si (linguagem gestual).
Acontece que em maçonaria quando um maçon usa da palavra em loja tem de se colocar não só de pé, como deve assumir uma postura rígida que envolve os braços, mãos e pés.
O braço e o antebraço direito deve ser elevado à altura do ombro ficando ao mesmo nível retos, e a mão espalmada com as costas debaixo do queixo, havendo uma razão para tal posição, que não refiro aqui. O braço esquerdo pende direito ao longo do corpo com a palma esticada sobre a perna esquerda.
Qual a justificação para esta posição tão estranha?
Se tentarem fazê-la verão que não estarão por muito tempo nessa posição, porque o cotovelo tende a cair deixando de estar nivelado com o ombro. Essa é a altura que o maçon deve deixar de falar, pois a posição marca o tempo que deve intervir. E por essa razão , a intervenção deve ser objetiva e concisa.
É claro que a maior parte dos maçons não segue esta regra - até porque o oficial que deve chamar a atenção, raramente o faz -, ficando com o cotovelo apoiado no peito lateral direito, assim como muitas vezes - por hábito quotidiano – o braço esquerdo acaba por gesticular, quando a ideia é manter-se estático para uma maior concentração.
Por último, a posição dos pés deve corresponder a uma esquadria em que os calcanhares de ambos os pés estão juntos num ângulo reto de 90º.
É raro encontrar o maçon que leve a sério esta regra, porque é desconfortável em função do peso do interveniente. Mas os pés juntos nessa postura tem o condão de que o uso da palavra seja feito igualmente de forma o mais breve possível.
Quantas vezes se vê o incumprimento desta regra, chegando ao ponto de quem fala começar a balançar as pernas, como mecanismo de ajuda de concentração.
Estas regras existem desde há séculos e têm razão de ser.
Pena é que o seu cumprimento raramente seja exigível em loja maçónica, cujas intervenções passam a ser geridas como uma tertúlia respeitadora, enfim correspondendo à profanação do que devia ser a disciplina maçónica.
Pena é que os maçons não treinem dentro de casa esta postura que seria muito útil aos trabalhos de loja.
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