Sol & Lua na Maçonaria

 


O Sol e a Lua, geralmente presentes em cada lado da parede do Oriente e tendo entre eles o trono do Venerável Mestre, destacados também no Painel do Aprendiz Maçom, sempre foram alvos das “especulações” dos estudiosos maçons. 

Aliás, com tanta especulação sobre a simbologia maçónica, fica fácil de compreender o verdadeiro significado do termo “Maçonaria Especulativa”! 

Encontra-se de tudo por aí: Conforme alguns estudiosos de plantão, aquele Sol simboliza Mitras, Invictus, Horus, Rá ou Osíris, Hélio ou Apolo, a masculinidade, a Luz da Iniciação ou o símbolo do Oriente. 

Já a Lua quarto-crescente seria o feminino, o segredo a ser revelado, a busca pela verdade, a palavra perdida e prestes a ser encontrada, ou até mesmo a ressurreição. Isto sem contar com as interpretações absurdas, que não merecem citação. (Publicado em freemason.pt)

O fato que parece passar despercebido para muitos é que este Sol e Lua são, na verdade, um único símbolo. 

A mais clara evidência disso é que, seja na parede do Oriente ou no Painel de Aprendiz, eles aparecem sempre juntos, em tamanhos iguais, na mesma altura e de lados opostos.

Nunca se vê apenas um ou o outro, porque se trata de um símbolo só. Desta forma, qualquer interpretação desses elementos realizada de forma separada já é um grande erro.

Temos no símbolo do Sol e Lua um dos símbolos mais antigos da Maçonaria. 

Quando relacionados, o Sol é o emblema do meio-dia enquanto que a Lua é o emblema da meia-noite, ou seja, o início e o término dos trabalhos de todo o Maçom.

O Venerável Mestre, estando entre o Sol e a Lua, demonstra que comanda os trabalhos naquele período. Este simbolismo é creditado a Zoroastro, conforme muitos Rituais denunciam. 

Zoroastro foi um importante profeta persa, considerado como um dos principais mestres dos Antigos Mistérios, chamado por muitos de “pai do dualismo” e tido como precursor de muitos pensamentos comuns entre as três vertentes religiosas de Abraão: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. 

A tradição diz que os trabalhos nos templos de Zoroastro decorriam do meio-dia à meia-noite, e que a sua filosofia tinha por base a cosmologia. 

O antagonismo do dia e da noite, da claridade e da escuridão, era visto na natureza e no bem e o mal, presentes em cada ser humano.

Porquê a Lua em quarto-crescente? (Publicado em freemason.pt)

Porque a astronomia ensina que a Lua quarto crescente nasce ao meio-dia e se põe exatamente à meia-noite. Assim, quando o Sol está no seu zénite, ao meio-dia em ponto, é quando a Lua quarto-crescente nasce, a qual se põe à meia noite em ponto. A lua quarto-crescente, tão importante para os Persas seguidores de Zoroastro, atravessou os milénios, tornando-se emblema da cultura árabe.

Este fato não deixa dúvidas de que o símbolo do Sol e Lua na Maçonaria é realmente símbolo “do meio-dia à meia-noite” e de nada mais, apesar das especulações.

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