Epicuro de Samos (341 a.C. - 270 a.C.) foi um filósofo grego que propôs o problema do mal. Este é um enigma que se tornou um dos grandes dilemas filosóficos da história.
O curioso sobre o problema do mal é o fato de que Epicuro, que viveu antes de Cristo, definiu muito bem o problema de acreditar no Deus cristão, algo verdadeiramente visionário.
O enigma de Epicuro parte de que muitas religiões do seu tempo eram monoteístas, assim como o cristianismo que ainda não tinha aparecido.
Na maioria destas religiões, a figura de Deus é a de um ser omnipotente, omnisciente e omnibenevolente.
Portanto, Deus pode tudo, sabe tudo e sempre faz o bem.
Tendo em conta tudo isso, Epicuro pergunta-se como é possível que o mal exista se Deus reúne essas características. Tendo isto em conta, estamos perante um dilema:
O mal existe porque Deus quer prevenir, mas ele não pode fazê-lo.
O mal existe porque Deus deseja que ele exista.
Ou Deus não é omnipotente ou não é omnibenevolente ou não é nenhuma das duas.
Se Deus pode eliminar o mal e quer fazê-lo, por que não o elimina?
E se Deus não pode eliminar o mal e, ainda por cima, não quer fazê-lo, então por que chamá-lo Deus?
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