O TELHAMENTO

 










Somos aquilo que fazemos consistentemente 

Assim, a excelência não é um ato

mas sim um hábito.

[Aristóteles]

Entende-se por telhamento o ato, ou ação, de telhar, ou seja, cobrir com telha(s), HOUAISS[1].

Ao Ir.’. Cobridor é destinada a execução do telhamento, é ele quem permite o ingresso dos IIr.’. ao interior do templo após a abertura dos trabalhos.

Cobrir e Telhar são expressões específicamente maçônicas e consiste em uma série de averiguações junto aos IIr.’., através de SSin.’., TToq.’., PPal.’.Sag.’. e Sem.’., com a finalidade de assegurar o acesso ao templo sómente à IIr.’. MM.’. regulares e com grau correspondente ao qual trabalha o templo, BOUCHER[2].

Pode-se definir que a principal atribuição do Ir.’. Cobr.’. é a de relacionar a proteção física do templo a um estado de espiritualidade de todos que a ele tenham acesso. MORAIS[3] apresenta este importante elo entre o exterior e interior ampliando seus conceitos ao indivíduo na construção de seu próprio templo, o templo humano.

A cobertura do templo se torna impossível considerando suas dimensões, CAMINO [4]. 

O seu acesso se dá pelo Oc.’., extendendo se até o Or.’.,do Sul ao Norte, representados pelas colunas e das profundezas, representada pelo piso de mosaico até (segundo o eixo zenital) a amplitude do universo, representado pela abóbada celeste. Observa-se que estas dimensões simbolizam os conceitos de continuidade e universalidade ao qual o telhamento deve ser aplicado.

O telhamento tal qual pretende-se também colocar trata do telhamento espiritual e deve se executá-lo continuamente junto à construção do templo humano.

O templo humano pode operar tanto como um receptor, como um transmissor de ondas de espiritualidade. Estas ondas possuem comportamento e características similares às eletromagnéticas, ou seja, são portadoras de energia e informações, possuem período e frequência de transmissão e podem sofrer influência tanto de estações repetidoras como do meio que se propagam.

O processo de sintonia desta onda, representado por um fenômeno denominado de ressonância, está intimamente relacionado com o ajuste do templo humano para a mesma frequência em que ela fôra transmitida. Um receptor só absorve a energia de uma onda se seus componentes, que funcionam como um filtro, estiverem em ressonância com a mesma frequência de transmissão.

O telhamento do templo humano pode assim ser representado, ou seja, os MM.’. devem sintonizar apenas com energias positivas, tanto em seu dia a dia, como no interior do templo. Deve se estar em ressonância apenas com frequências que traduzam os princípios maçônicos.

Todos os sentidos e sentimentos devem ser providos desta capacidade de telhamento. A simples reprodução de fatos, imagens, mensagens, debates, músicas, textos de livros, jornais, revistas, etc. sem o devido telhamento pode resultar na propagação de intensões e ou emoções que viriam a encapsular a sua realidade. Telhar seria simbolizado pela avaliação, análise e, se necessário pela investigação da veracidade dos fatos e episódios que se vivencia diariamente.

O G.’.A.’.D.’.U.’. provê aos MM.’. a capacidade e qualidade de ajustar se a frequências que assegurem a formação da egrégora tanto no planejamento como na avaliação e realização dos trabalhos.

Que a glória do G.’.A.’.D.’.U.’. a todos ilumine e guarde.

Referências Bibliográficas
[1] HOUAISS, ANTONIO. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Acesso pelo site www.uol.com.br .
[2] BOUCHER, JULES. A simbólica maçônica. 16a Edição, Editora Pensamento-Cultrix Ltda, São Paulo, 1979.
[3] MORAIS, ANTONIO. O Telhamento. Prancha apresentada na A.’.R.’.L.’.S.’. Theobaldo Varoli Filho No 2699.
[4] CAMINO, RIZZARDO.Catecismo Maçônico – Aprendiz, Companheiro e Mestre. Madras Editora de São Paulo, ISBN: 85-8550-550-8, São Paulo..

Comentários

  1. Sois membro de uma Irmandade?
    Como tal, eu tenho sido.
    Com toda sinceridade,
    Amado e reconhecido.

    Dondes vindes afinal?
    Meu lar tem nome de um Santo,
    Do justo é casa ideal
    E perfeito o meu recanto.

    Que trazeis meu caro amigo?
    A mais perfeita amizade,
    Aos que se encontram comigo,
    Trago paz, prosperidade.

    Trazeis, também, algo mais?
    Do dono da minha casa,
    Três abraços fraternais
    Calorosos como brasa.

    Que se faz em vossa terra?
    Para o bem, templo colosso;
    Para o mal, nós temos guerra;
    Para o vício, calabouço.

    Que vindes então fazer?
    Sendo pedra embrutecida,
    Venho estudar, aprender,
    Progredir, mudar de vida.

    Que quereis de nós, varão?
    Um lugar neste recinto,
    Pois trago no coração
    O amor que por vós sinto.

    Sentai-vos querido Irmão,
    Nesta augusta casa nossa
    E sabeis que esta mansão
    Também é morada vossa.

    ResponderExcluir

Postar um comentário