JAKIN, BOAZ E MAÇONARIA

 JAKIN, BOAZ E MAÇONARIA

Em frente à entrada do Templo do Rei Salomão, encontravam-se duas colunas enormes:
“BOAZ” que significa “Fuerza”, e “JAKIN ou IAKIN” que significa “Estabelecimento”.

Nos nossos templos estas duas colunas estão dentro e perto da porta de entrada para o poente.

Sobre a coluna “J” encontra-se uma esfera com o mapa celeste com planetas, estrelas e galáxias representando alegoricamente a polaridade masculina e positiva do universo, representa também o universo espiritual e o mundo abstrato das ideias.

Sobre a coluna “B” encontra-se o planeta terra representando alegoricamente a polaridade feminina e negativa da natureza; estas duas polaridades são simbolicamente as forças de atração e repulsão do cosmos que deram origem a tudo o que existe.

A coluna “J” tem o oriente o “Sol”, símbolo masculino e energético da alma, assim como de todos os deuses solares como: “Ra”, “Helios”, “Huitzilopochtli”, “Tonatiuh”, ou “Cristo” que foram considerados em algum momento como: “Os Grandes Arquitetos do Universo” e que contribuíram com a ideia e planos da criação.

A coluna “B” tem a leste a “Lua” símbolo feminino da matéria. Algumas deusas do seu panteão são: “Isis”, “Artemis”, “Hécate”, “Selene”, “Rea”, “Diana”, “Ixchel”, “Coyolxauhqui”, ou “Maria” em cujo útero escuro da matéria, se gestou o homem luz, “Jesus” aquele que se tornaria “Cristo”.
Daí que todas estas “Deusas da Lua” são sempre alegoricamente representadas amamentando ou carregando no colo o menino Deus. É por isso que comumente vemos na iconografia religiosa destas madonnas, a lua fazendo parte das imagens.

A coluna “B” indica o norte geográfico e lunar da logia como o caminho que deve percorrer a alma desde o leste até o poente na sua descida à matéria, lugar onde a sua consciência divina será obscurecida pelo véu do corpo físico recém-adquirido. As forças femininas da coluna “B” foram os trabalhadores da grande obra cósmica.

A coluna “J” indica o sul geográfico e solar da logia, e vem sendo o caminho que a alma deverá percorrer de poente ao leste no seu retorno de ascensão até o sol do leste místico, e onde a alma alcançará gradualmente a iluminação ao despertar sua consciência espiritual e divina enriquecida pelas experiências adquiridas na encarnação recém terminada.

Tudo isto deve ser lido com mente preclara, livre de preconceitos teológicos ou doutrinais e, sobretudo, não tanto de forma literal, já que o presente é mais “alegórico”. No entanto, e um pouco paradoxal, todo símbolo ou alegoria porta uma verdade escondida dentro de si.

Toda filosofia maçônica, embora por vezes pareça falar de coisas diferentes do homem, fá-lo em últimos termos, porque o homem ao ser feito à imagem e semelhança de Deus, conforme mencionado pela bíblia, nele se encontra escondida a chave do baú dos mistérios divinos.

É o nosso pensar e sentir.
“Sou eu quem criou o trabalhador que sopra sobre os carvão ardentes, e que tira a ferramenta que precisa para a sua obra, fui eu quem criou o assassino que só pensa em destruir tudo” Is. 54:16.

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