CARIDADE


É muito significativo que uma das primeiras lições ensinadas aos iniciados é a Caridade, e ao usar esta palavra devemos lembrar que, no seu sentido original ainda em uso no século XVIII, a palavra significou muito mais do que a mera entrega de dinheiro ou socorro uma pessoa em perigo.

Esta é, de fato, apenas a expressão externa da verdadeira caridade, que hoje pode ser melhor traduzida com a expressão ‘Amor Fraternal’.

O método de preparação e a forma de progressão em torno da logia estão destinados a impressionar esta lição no mesmo início do avanço para a Luz.

A resposta contida nas Leituras ou Conferências demonstra que é a intenção que pretende transmitir esta lição e assim estimular a nossa simpatia pelos outros:
Por que você foi levado à volta da loja de forma tão vistosa?
R. - Para representar figurativamente o estado aparente de pobreza e miséria em que me encontrava quando fui recebido na Maçonaria e que, assim o compreendi, reflectia por um momento as minhas desgraças.
Isso não podia deixar de impressionar meu espírito e de me incitar a nunca fechar meus ouvidos à dor de um infeliz, particularmente a de um irmão em Maçonaria, mas que, ao ouvir atentamente suas queixas, a piedade possa transbordar em meu coração acompanhada da ajuda que suas necessidades possam exigir, na medida das minhas possibilidades.

Caridade é a melhor e mais segura prova da sinceridade das nossas crenças.

Por outro lado, enquanto a Caridade e o Amor Fraternal são apenas palavras diferentes para o mesmo sentimento que abrange tudo, lembremos que pelo exercício do Amor Fraternal somos ensinados a considerar toda a espécie humana como uma só família, altos e baixos, ricos e pobres, criados por Um Ser Todo Poderoso e enviados ao mundo para ajudar, suportar e proteger uns aos outros.

Portanto, acalmar o descontentamento, solidarizar-se nas suas desgraças, compadecer-se nas suas misérias e devolver a paz às suas mentes perturbadas, é o grande objectivo que devemos ter à vista.
Estas são realmente altas aspirações e constituem a verdadeira base da moral maçônica.

(Fonte; CM, Cultura Maçônica, abril de 2014)

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