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Intendente dos Edifícios (REAA)

 

Avental Grau 8 - Intendente dos Edifícios (REAA)
Avental Grau 8 – Intendente dos Edifícios (REAA)

A Câmara do 8o Grau denomina-se de “Loja do Intendente dos Edifícios”, possui as paredes vermelhas e são iluminadas da 27 Luzes, assim distribuídas: 5 colocadas defronte ao Primeiro Vigilante; 7 defronte ao Segundo Vigilante e 15 defronte ao Trono.

O 1o Vigilante representa o Intendente Tito, príncipe dos construtores; o 2 Vigilante é Adonhiram; ambos têm o título de “Ilustríssimos Inspectores”; o Presidente representa Salomão; os Irmãos são chamados de “Ilustres Intendentes”; o Presidente de “Três vezes Poderoso”.

O traje é de passeio, em negro com luvas brancas; faixa vermelha que desce do ombro direito até o flanco esquerdo; a Jóia mostra um triângulo sobre o qual estão escritas as palavras MIROHCNEB, RAKAH e IANIKAJ, no verso e no anverso as palavras ADUJ e HAJ; o nome Mirohcneb significa: “Filhos da Liberdade; Aduj, nome de uma tribo hebraica e Haj, “Senhor”.

Esse triângulo é de “ouro” e as palavras estão escritas em hebraico.

O Avental é branco orlado com fita verde. No centro da Abeta, a reprodução da Jóia; no centro, uma Estrela com nove pontas e sobre ela uma Balança, bordados em ouro; o avental é forrado a vermelho; a fita do Colar é carmesim.

A hora da abertura dos trabalhos, no apontar do dia; a hora de encerramento: duodécima hora do dia.

A Lenda do Grau: a nomeação dos cinco alunos de Hiram para o substituir.

Questionário:

P.: Sois vós Intendente dos Edifícios?
R.: Com outros quatro alunos, fui juiz digno de ocupar o lugar de Hiram.

P.: Como conseguistes o cargo?
R.: Subindo os sete degraus da exactidão.

P.: Como fostes recebido?
R.: Reconhecendo a minha ignorância

P.: O que aprendestes?
R.: A Benevolência, a Caridade e a Simpatia fraterna que são devidos aos subordinados.

Concluídas as grandes construções, como o Grande Templo e o Palácio de Salomão, os artífices foram dispensados, eis que todos, estrangeiros; porém, como tivessem, durante os vinte e sete anos de trabalho, constituído famílias, muitos fixaram-se em Jerusalém.

Salomão, notando a necessidade de criar uma Escola de Arquitectura, reuniu os mais experimentados a fim de dirigirem o ensino.

O povo hebreu não era dado à arquitectura, mas sim, à agricultura e pecuária; todo varão necessitava, desde a infância, aprender um ofício; temos como exemplo a Jesus, que se dedicara à carpintaria e Paulo de Tarso ao fabrico de tendas.

Com a notável experiência e resultados magníficos dos artesãos estrangeiros, eis que os 150.000 operários foram recrutados fora de Israel, Salomão quis prosseguir nas construções, mas de imediato, necessitava formar entre o seu povo, os artesãos para abrir mão dos favores dos “estrangeiros que alteraram, em muito, não só os costumes, mas também, o conceito religioso, posto a vigilante e severa fiscalização quanto aos preceitos da Lei Mosaica,

Evidentemente, o Oitavo Grau tem aplicação mais profunda, eis que o interesse principal é o da construção dos Edifícios da Moral, da Sociedade Humana, da Sociedade Maçonaria, etc.

A Maçonaria sendo escola de moral, abrange uma sociedade sui generis, que surgiu do relacionamento entre os Obreiros interessando as suas famílias.

Os operários da Inteligência Humana possuem tarefas muito mais difíceis de executar, que os operários de Arquitectura.

E a base destes verdadeiros Mestres, no sentido do ensino, é a Justiça.

Em consequência disso, Salomão retirou os principais dirigentes dos Prebostes e Juízes, já capacitados não só ao julgamento do comportamento humano, mas o do aperfeiçoamento do Direito.

A sociedade humana apoia-se em dois alicerces: a propriedade e o trabalho.

O trabalho, base da existência social do homem, não existe sem a liberdade; a propriedade, direito ao produto do próprio trabalho não existe sem esse mesmo trabalho.

Diz o nosso Ritual:

“A dedução moral dos ensinamentos deste Grau é o estudo das verdadeiras bases em que se deve assentar o Edifício de Sociedade Humana, precisando-se, rigorosamente, os direitos de propriedade e o dever do Trabalho, a fim de que se identifique a Fraternidade entre os homens”.

Os Intendentes dos Edifícios devem, pois, realizar trabalhos especiais, oriundos da interpretação filosófica dos seus símbolos e alegorias, contribuindo, ao mesmo tempo, para a educação do povo para o qual deve haver uma legislação moral do trabalho.

Combatendo, sempre, a ignorância, a hipocrisia e a ambição, procurando o justo equilíbrio entre Propriedade, Capital e Trabalho como fontes de toda prosperidade.

O Edifício Social é, pois, a preocupação precípua deste Grau. 

Cabe, portanto, aos bons Obreiros o dever de procurar os meios de construir a Sociedade em bases sólidas e permanentes. Para esse fim, não tolerarão o indiferentismo, inimigo terrível de todos os bons sentimentos humanos.

Sem preocupações individuais serão invulneráveis ao desalento e ao desespero pois, o tema será: “Um por todos e todos por um”, consagrando-se com zelo à constância de todos os trabalhos que possam dar mais solidez ao Edifício Social”.

Quando a nossa Ordem era Operativa, o Grau oito era observado com mais interesse, eis que o Edifício Social recém-nascia, com as teorias da dignidade do Trabalho.

Com a evolução social formando toda uma legislação internacional proteccionista ao trabalhador, seja de que nível for, a preocupação da Maçonaria, já dedicada à especulação, a construção passou a ser a do Edifício Espiritual compreendendo-se na gema espiritual, a Moral, a Inteligência e o Culto à Divindade.

Não nos devemos, jamais, afastar do entendimento de que há muita diferença entre Sociedade Profana e Sociedade Maçônica, porque não é tarefa (na atualidade) do Maçom, buscar o aperfeiçoamento social no mundo profano. Esse aperfeiçoamento é dado dentro dos Templos, considerando-se Templo, a Mente Humana.

Por mais que a Maçonaria possa buscar constituir uma Universidade; abrir Escolas; transformar conceitos sociais; combater os vícios de Sociedade, jamais alcançará resultados, seja, pela pobreza dos seus recursos financeiros, seja pela pobreza dos seus recursos intelectuais.

liberdade de trabalho, protegida pelas Constituições de todas as Nações, ou seja, a faculdade de cada homem escolher a profissão e o trabalho que melhor lhe convenha, deve ser compreendida dentro de Maçonaria como a livre escolha do trabalho espírito-intelectual, dirigindo-se o Obreiro ao estudo para se conscientizar do que está fazendo dentro do Templo.

O direito à Propriedade, às Leis que emanam de todo poder Público e dos Códigos, encontra-se sobejamente protegido; o que falta proteger pelo direito de conquistar a “Pro­priedade” do conhecimento; aquilo que o Obreiro descobre como resultado do seu trabalho e esforço, no campo que não é o material.

O interesse primeiro de Salomão foi consolidar a soma de conhecimentos obtidos pelos artesãos estrangeiros dirigidos pelo magnífico Hiram Abiff.

Urgia iniciar uma outra construção, ligada ao túmulo do mesmo Hiram Abiff.

Temos insistido nesse aspecto, o de cada Maçom ter a possibilidade de construir o seu próprio túmulo como construção sagrada de importância relevante e necessidade urgente.

Indubitavelmente, Salomão na sua sabedora tinha plena consciência de que o homem da sua e de todas as épocas, necessitava de uma preparação especial e cuidadosa para se valorizar.

Era um direito natural e sagrado do homem, sem explodir e externar os valores íntimos, secretos e espirituais; a parcela divina que jazia oculta e que, revelada, tornava-se um poder ilimitado.

Primeiramente, a necessidade de um Templo; depois, não menos importantes a de um Túmulo, para a plena ressurreição.

Este Grau é dado por comunicação.

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