A verdadeira liberdade do sofrimento

Não é porque você parou de se amar que você caiu no sofrimento. É porque você criou um 'eu' que não existe.

Então, por vezes esse eu irreal sofre ao amar os outros, porque o amor não é possível quando se baseia na irrealidade. E não é apenas de um lado: duas irrealidades tentando se amar ... mais cedo ou mais tarde isso irá fracassar.

Quando isso fracassar, você cai em si mesmo - não há mais para onde ir. Então você pensa: "Eu me esqueci de me amar".

De certa forma, é um pequeno alívio, pelo menos em vez de duas irrealidades, agora você tem apenas uma.

Mas o que você vai conseguir amando a si mesmo? E por quanto tempo você consegue continuar se amando?

Esse eu é irreal; ele não permitirá que você olhe por um longo tempo porque isso é perigoso: se você olhar por um longo tempo, esse suposto eu desaparecerá.

Isso seria uma verdadeira liberdade do sofrimento.
O amor permanecerá - nem endereçado a outra pessoa nem a si mesmo.
O amor não terá direção porque não há um 'alguém' a quem o direcionar, quando o amor está lá, sem direção, há um grande êxtase.
Mas esse 'eu' irreal não lhe dará muito tempo para isso.

Em breve você estará se apaixonando por outra pessoa novamente, porque o eu irreal precisa do apoio de outras irrealidades.

Então as pessoas se apaixonam e desapaixonam, se apaixonam e desapaixonam - e é um fenômeno estranho que elas façam isso dezenas de vezes e ainda não compreenderam.

Elas são infelizes quando estão apaixonadas por outra pessoa; elas são infelizes quando estão sozinhas e não apaixonadas, embora um pouco aliviadas - por uns momentos.

Osho

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