O QUE ELE ESTÁ TENTANDO NOS DIZER?
'Não há nada tão indestrutível quanto um símbolo, mas nada é capaz de tantas interpretações." – Conde Cálice d'Alviella
O que um símbolo tem a ver com você ou comigo?
Bem, pode não ter nada a ver conosco. Por outro lado, o significado por trás de um símbolo pode ser bastante significativo.
Saber o que significa um símbolo (ou pelo menos o que pensamos que significa) é um dos estudos especulativos importantes na Maçonaria.
Diz-se que os ensinamentos do ofício são "ilustrados por símbolos".
O que são símbolos?
A definição de um símbolo é algo que representa outra coisa através de semelhança ou associação.
Como diz o conhecido ditado, uma imagem vale mais que mil palavras!
Há os símbolos cotidianos e depois há os símbolos mais universais e esotéricos que nos interessam principalmente como maçons.
Símbolos esotéricos são aqueles que têm um significado oculto.
Eles têm sido usados ao longo do tempo nas grandes tradições espirituais para guiar os buscadores da verdade. Símbolos esotéricos escondem e revelam a verdade.
Por exemplo, eu me considero um buscador da verdade. Outro dia me deparei com a seguinte passagem sobre o símbolo esotérico do sol. Isso me fez pensar em vários níveis diferentes:
"A estrela brilhante, ou glória no centro, nos remete ao sol, que ilumina a terra com seus raios refulgentes, distribuindo suas bênçãos à humanidade em geral e dando luz e vida a todas as coisas aqui embaixo."
O que devemos fazer com essa afirmação? Por que a estrela em chamas, geralmente representada como uma estrela de cinco pontas, também seria um símbolo de um sol? E se sim, o que há de diferente nesse sol?
Embora as respostas a essas perguntas permaneçam um mistério, alguns de nós podem saber que a estrela em chamas faz sua aparição em vários dos graus maçônicos, e as peças do quebra-cabeça revelam mais segredos em cada estágio.
Então, como estudar um símbolo? Como saber se o que você está interpretando é verdade?
Um Símbolo: Exotérico, Conceitual e Esotérico: Descobri que com símbolos é possível exagerar na análise. Especialmente como maçons, adoramos "especular".
Abrimos tudo para o escrutínio e analisamos cada pedacinho para ver aonde ele leva. Usamos muitas palavras enquanto tentamos fazer as coisas: "Isso significa isso" e "Isso significa aquilo".
Infelizmente, na minha opinião, quando analisamos demais, especialmente no início, podemos sem querer roubar o símbolo de seu poder. No final, podemos tê-lo analisado até a morte. A boa notícia.
O processo de análise simbólica, embora repleto de paradoxos, está na verdade fazendo algo benéfico para a mente. O melhor resumo dessa ideia foi encontrado em um artigo teosófico na revista Beacon (1939) escrito por Alice Bailey. O artigo detalha como a mente é realmente treinada quando estudamos o simbolismo.
Bailey oferece três maneiras pelas quais uma mente pode analisar qualquer símbolo. Exotericamente: É a aparência concreta ou objetiva, sua forma e estrutura. Conceitualmente: Este é o conceito ou ideia que incorpora o sinal ou símbolo.
Esotericamente: Esta é a energia ou sentimento que você registra a partir do símbolo. Estudar um símbolo de três maneiras, diz ele, é ativar o mecanismo mental em todos os três níveis: mente concreta (exotérica), mente superior ou raciocínio (conceitual) e mente intuicional (esotérica). O objetivo é chegar a um conceito sintético.
Por que o processo é importante?
Bailey diz que o trabalho prático com símbolos ao longo do tempo serve para aproximar o aluno da verdade. Tira o indivíduo de suas emoções; desenvolve clareza de percepção; energiza a vida mental; Desloca o foco, a atenção e a consciência do mundo da ilusão para o mundo das ideias. Como, então, os maçons poderiam aplicar essa técnica?
Vamos a um exemplo. Maçonaria: O Ponto Dentro de um Círculo
O sol é geralmente simbolizado por um símbolo chamado circunponto. Para aqueles de vocês que leram o romance de Dan Brown chamado The Lost Symbol, você provavelmente está familiarizado com o que é um circumpoint.
Para quem não conhece, é simplesmente um ponto dentro de um círculo.
Há centenas de coisas que o circumpoint pode representar, desde o "Olho de Deus" até o ícone do "Google Chrome" que uso para iniciar meu mecanismo de busca.
Usando a técnica de Bailey, um aluno curioso poderia estudar e refletir sobre o circunponto e, esperançosamente, depois de um tempo, revelar uma compreensão sintética do que ele significa. Durante séculos, os maçons tentaram analisar o circunponto.
W.L. Wilmshurst, por exemplo, diz o seguinte: "Assim como o Sol é o centro vivificador do nosso sistema solar e controla e alimenta a vida para os planetas que giram em torno dele, também no centro secreto da vida humana individual existe um princípio vital e imortal, o espírito e a vontade espiritual do homem.
Esta é a faculdade pela qual (quando a encontramos) nunca podemos errar."
Em outras palavras, Wilmshurst (e muitos outros estudiosos maçônicos) veem o ponto dentro de um círculo como o lugar onde nós, como maçons, nos encontramos. É o ponto a partir do qual não podemos errar. O ponto é atemporal, eterno, subjetivo, imensurável, invisível, absoluto. Por essas razões, muitas vezes é atribuído à Divindade e ao Sol.
Como maçons, o estudo dos símbolos nos ajuda a dar sentido a nós mesmos em relação ao universo.
Símbolos planetários como o sol, a lua, as estrelas e as estrelas brilhantes inspiram a mente contemplativa a se levantar e ler a sabedoria, a força e a beleza do Grande Criador nos céus. Eles nos desafiam a mergulhar em assuntos de importância eterna.
Sol ou estrela brilhante?
Aprendi que parece haver uma certa humildade em reconhecer que talvez nunca entendamos completamente um símbolo que nos permita riscá-lo da lista e explicar completamente seu significado.
Como saber se o que você interpreta em símbolos é verdade? Talvez a melhor pergunta seja:
- Onde é verdade?
- Se eu puder,
- "A verdade está dentro de nós mesmos. Não há necessidade de escalar
- Das coisas externas, você cria o que você cria.
- Há um centro interior em nós mesmos,
- Onde a verdade habita em plenitude...
-Robert Browning
Nota: A última imagem é uma gravura de Alexander Slade datada de 1754, intitulada "Um maçom formado a partir do material de sua loja". Para mais estudos, veja a Biblioteca e Museu Maçônico do Rito Escocês.
"Somos sol e lua, somos mar e terra. Não é nosso propósito ser um para o outro; é reconhecer o outro, aprender a ver o outro e honrá-lo pelo que ele é: o oposto de cada um e o seu complemento".
ResponderExcluir– Herman Hesse