Tanto no mundo material como no plano da realidade subtil, tudo o que acontece de forma perceptível já aconteceu antes, necessariamente, no plano das causas.
A cadeia de causa de cada evento percebido por alguém foi colocada em movimento antes de se tornar um fato consumado.
As causas, em si mesmas, são invisíveis. Fatos externos podem ser detectados pelos cinco sentidos, mas quando os mesmos fatos se transformam em causas e geram consequências, a sua ação já não é tão fácil de perceber, a menos que haja uma atenção e um exame adequados por parte do observador.
Aquele que busca a verdade deve ter uma estrutura de consciência que não fique preso na vasta rede cármica dos efeitos que interagem entre si.
As causas dos fenômenos permanecem ocultas para a visão externa, e o ocultismo é uma ciência das causas. Ela estuda o que está além dos aspectos aparentes dos seres, ações e situações.
Estudantes atentos procuram as fontes dos eventos. Combatem as bases, e não apenas os sintomas, do sofrimento e da ignorância. Eles produzem e estimulam as causas da libertação interior.
Preferindo atuar no plano causal, muitas vezes deixam que os efeitos tomem conta de si mesmos. Este é um sentido oculto da famosa frase “que os mortos enterrem os seus mortos” (Mateus, 8:22).
Na verdade, a vida está principalmente nas causas.
Pequenos fatos são a origem dos grandes acontecimentos. A vitalidade flui do plano oculto - a dimensão da semente - para o plano da germinação, ou seja, dos pequenos resultados.
Depois, o pequeno se torna grande. Finalmente, grandes estruturas tendem a desaparecer, de acordo com a Lei dos Ciclos.
Dessa forma, elas abrem espaço para novas sementes germinarem e novas formas de vida crescerem, tornando visíveis outros aspectos da vida oculta e infinita.
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