Nestas tradições, a dualidade é vista como uma manifestação da polaridade inerente ao cosmos.
No entanto, além de simplesmente reconhecer esses opostos, procura-se transcendê-los, atingindo um estado de unidade que está subjacente às aparentes contradições.
Esta unidade é conhecida como "não dualidade" ou "unidade transcendental".
A dualidade pode ser experimentada tanto internamente quanto externo. Internamente, estamos constantemente lutando com nossas próprias contradições e dualidades internas, como desejo e renúncia, ego e alma, razão e intuição.
Essas batalhas internas refletem as forças cósmicas mais amplas que estão em jogo no universo.
A nível externo, a dualidade manifesta-se na interação de forças opostas no mundo, como a luz e a escuridão em constante luta, ordem e caos buscando equilíbrio, e vida e morte em um eterno ciclo de renovação.
A busca espiritual nos ensina que, embora a dualidade seja uma parte fundamental da realidade, não devemos ficar presos nela.
Em vez de nos identificarmos com um ou outro extremo da dualidade, somos encorajados a transcendê-la e encontrar a unidade subjacente a todas as coisas.
Esta unidade não é a negação da dualidade, mas a sua integração e harmonização num todo maior.
A compreensão da dualidade nos leva a um profundo reconhecimento da complexidade e interconexão de todas as coisas no universo.
Convida-nos a abraçar a totalidade da experiência humana, reconhecendo que a luz e a escuridão, o bem e o mal...
João Valdebenito
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