O Templo Físico ou Exotérico.
Antigamente, os AUGURES ou sacerdotes observavam uma porção do céu com a parte superior e curva da sua bengala, ao que viam no céu, chamavam TEMPLUM.
Em Roma, esses espaços se chamavam FANUM (lugar sagrado) e sua réplica na terra era o Templo Sagrado. Por isso, aquele que está fora do Templo é chamado de PROFANO (fora do lugar sagrado).
As Colunas
Dois pilares, haviam no pórtico do Templo, de cada lado da grande porta de entrada, como na antiguidade estavam nos templos de Salomão, Isis, Baalbek e tantos outros, para apontar a dualidade e os pilares do mundo, por onde o sol nasce e se põe.
O Threshold do Templo
Simboliza a ponte de comunicação entre o sagrado e o profano. É a linha horizontal e vertical, entre os pilares que unem o Céu e a Terra, mantendo-os separados por esta mesma causa.
O Portão do Threshold
Simboliza o “passe entre colunas”, dois estados de consciência, o interior e o exterior e uma ponte entre dois mundos, o profano e o sagrado.
O Templo Exterior
É uma obra-prima arquitetônica e um símbolo de grandeza e conexão divina.
Mas além de sua imponente estrutura e aparências, o Templo de Salomão continha um ensinamento profundo e uma alegoria para todos aqueles que o assistiam.
O Templo de Salomão representava o mundo exterior ou exotérico, cheio de grandiosidade e maravilhas visíveis. Suas colunas, paredes e magnificência eram um reflexo da beleza e do esplendor que podem ser encontrados no mundo material.
As colunas da sabedoria, força e beleza protegem orgulhosamente os planos de construção do Templo feito de pedra cúbica.
O Templo Interior ou Esotérico
Sobre o Ara se deposita solenemente as escrituras de propriedade do Templo Esotérico, para a maior glória do seu verdadeiro proprietário, o Grande Arquiteto.
Estas escrituras relatam a origem e propósito do Templo, iluminado a leste pela força e beleza da Luz do Oriente e iluminado a oeste pela sabedoria da Luz do Ocidente.
Está protegido de todos os olhares indiscretos, é aí que se encontra o verdadeiro propósito do Templo, a busca da sabedoria por meio de símbolos e rituais Iniciáticos.
A Arca da Aliança
É o verdadeiro poder que reside no templo interior, está escondido no coração e na mente de cada indivíduo, que se compromete a si mesmo e a todos os seus irmãos.
O templo interno, invisível, esotérico, mas poderoso, é o lugar onde os irmãos buscam a conexão com o divino e a transformação pessoal. Representa a dimensão espiritual e o reino interior do indivíduo.
Assim como o Templo de Salomão, o templo interno requer uma construção cuidadosa, com pedras filosóficas bem polidas.
As colunas do templo interior são sabedoria, força e beleza. A sabedoria representada pelo conhecimento adquirido através do estudo, observação e reflexão.
A força representada pela capacidade de resistir às tentações e desafios da vida, mantendo a integridade e os princípios morais.
A beleza representada pela harmonia artística da Grande Obra.
Fundamentos
O templo é adornado com símbolos e representações de virtudes como justiça, caridade e fraternidade.
Essas virtudes são as pedras fundamentais do templo, pois permitem o crescimento espiritual e a conexão com o divino.
Salomão ensinou que o verdadeiro templo, o mais valioso e significativo, não era aquele que era construído com materiais físicos, mas aquele que era construído no interior de cada indivíduo.
O Templo de Salomão era uma alegoria que lembrava a todos que a verdadeira grandeza e a ligação com o divino se encontra no templo de cada um, no coração e na mente de cada pessoa.
Assim, a alegoria do Templo de Salomão transcendeu o tempo e o espaço para nos convidar a construir e cultivar o nosso próprio templo interior, onde a sabedoria, a força e as virtudes morais se entrelacem para nos elevar espiritualmente e nos encontrar com a nossa verdadeira essência.
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