Qual era o seu sonho de criança? O que você dizia querer ser quando crescesse?
Muitas vezes, os sonhos de infância são moldados pela nossa imaginação e paixão genuína.
Talvez você quisesse ser um astronauta, um artista ou, quem sabe, um filósofo.
Contudo, à medida que crescemos, esses sonhos podem ser ofuscados pelas expectativas dos nossos pais e da sociedade.
Sigmund Freud, em sua sabedoria, disse: "Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons."
Esta frase fica ainda mais clara quando pensamos no "ego ideal" — uma imagem de perfeição que tentamos alcançar, muitas vezes influenciada por fatores externos.
Os pais, querendo o melhor para seus filhos, frequentemente projetam suas próprias aspirações e medos sobre eles. Imagine uma criança que sonha em ser filósofo, encantada pelas grandes questões da vida e pela busca do conhecimento.
Porém, seus pais desejam que ela siga uma carreira mais estável e respeitável, como a medicina.
Diante da pressão e do desejo de agradar, essa criança pode abandonar seu sonho e seguir o caminho escolhido pelos pais.
Além da pressão familiar, a sociedade e as mídias sociais intensificam a busca pela perfeição.
Vivemos em uma era de comparações constantes, onde somos bombardeados por imagens de sucesso e felicidade aparentemente inatingíveis.
Essa comparação incessante pode nos fazer sentir inadequados e nos afastar ainda mais de nossos verdadeiros desejos e aspirações.
Mas qual é a solução para esse dilema?
A chave está em assumir a responsabilidade por nossas vidas na fase adulta.
Amadurecer envolve reconhecer que, apesar das influências externas, somos os autores de nossas próprias histórias.
Devemos sair da posição de vítima, onde culpamos os outros pelas nossas insatisfações, e nos tornar protagonistas de nossas vidas.
Isso significa fazer escolhas conscientes que estejam alinhadas com nossos valores e desejos genuínos.
É importante refletir sobre o que realmente queremos e tomar decisões que nos conduzam a uma vida autêntica e satisfatória.
Abandonar a busca pela perfeição imposta por outros e aceitar que ser “muito bom” não é o mesmo que ser “nós mesmos” é um passo crucial.
A liberdade e a realização pessoal vêm da coragem de seguir nossos próprios caminhos, mesmo que eles não correspondam às expectativas dos outros.
Chega um momento em que precisamos deixar de lado as imposições externas e assumir as rédeas de nossas vidas.
A verdadeira felicidade e sucesso são alcançados quando vivemos de acordo com nossa verdadeira essência.
Ser o protagonista da própria vida é entender que não precisamos ser perfeitos para sermos realizados; precisamos apenas ser autênticos e fiéis a nós mesmos.
Alessander Raker Stehling
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