LIVRE E DE BOAS COSTUME...

Ser “livre e de bons costumes” é a condição preliminar que se pede ao profano para que se possa admitir em nossa Ordem, condição necessária de todo progresso moral como espiritual, de todo avanço no caminho da Verdadeira Luz, ou seja, da Verdade e da Virtude.
Livre dos preconceitos e dos erros, dos vícios e das paixões que enfeitiçam o homem e fazem dele um escravo da fatalidade; dos bons costumes por ter orientado a sua vida para o mais justo, para o mais elevado e ideal.
Estas duas condições tornam latente em cada homem a qualidade de maçom e a possibilidade de se fazer ou “ser feito” tal, na sua plenitude, caracteriza essa mesma qualidade. Pois, na medida da sua liberdade interior e da orientação ideal da sua vida, o homem é e “se torna” um verdadeiro maçom, um trabalhador da Inteligência Construtora do Universo.

O despojo dos metais é assim o despojo voluntário da alma, das suas qualidades inferiores, dos seus vícios e paixões, dos apegos materiais que enturvam a luz pura do Espírito; o abandono das qualidades e aquisições que brilham com luz ilusória na inteligência e impedem a visão da Luz Maçônica, a realidade que sustenta o Universo e o constrói incessantemente.

O intelectual deve igualmente despojar-se das suas crenças e preconceitos, para que se abra diante dos seus olhos o Caminho da Luz e da Verdade, onde se prepara para colocar os pés – as crenças e preconceitos científicos e filosóficos, não menos que as superstições e preconceitos religiosos e vulgares.
Como o maçom deve aprender a pensar por si mesmo, chegando à convicção e ao conhecimento direto da verdade, de nada lhe servem as crenças e preconceitos que constituem a moeda corrente do mundo, as aquisições materiais, com as quais nunca se paga ou se compra a verdade, a que o maçom deve chegar com esforço individual.

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