Antes de entrarmos no tema deste artigo, vamos primeiramente contextualizar sobre a criação do Mundo e a criação da Maçonaria.
Ao lermos a Bíblia Sagrada no Livro de Gênesis, no Cap. 1, Vers. 1” diz: “No princípio, Deus criou o céu e a terra” e no Vers. 2 diz: “A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”.
Os capítulos iniciais chamado de história primeva, é o mesmo que primeira, primitiva, antiga, tem os temas cruciais para a fé Cristã e podemos dizer que tem um contexto do Cristianismo com a Maçonaria, quando esta foi criada com os seus valores simbólicos.
Percebemos que logo no início da leitura de Gênesis já existe “algo” ao invés do “nada”: é a origem da vida do ser humano, da separação da luz das trevas, da terra, das plantas, dos seres vivos, das aves, do casamento monogâmico e da existência do bem.
Por outra comparação, relata-se também, que de acordo com a história, a Maçonaria surgiu na Idade Média, na época de amplas construções em pedras como castelos, muralhas, catedrais etc., a partir de uma espécie de embrião das associações: as chamadas corporações de ofício. Nelas se reuniam os artesões medievais como alfaiates, sapateiros e ferreiros, que guardavam as suas técnicas a sete chaves.
Voltando a Génesis, temos lá o princípio de tudo.
A palavra Gênesis vem da origem “Hebraica”, escrito por Moisés. Então, Deus ordenou a Moisés a escrever e tudo foi escrito a partir do livro de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números a Deuteronômio, ou seja, o Pentateuco que é composto pelos cinco primeiros livros da Bíblia hebraica, cuja autoria é atribuída a Moisés.
Já a palavra Maçonaria vem do Francês Maçom, que quer dizer pedreiro; daí vem o nome original “Maçonaria Livre”, ou “Freemasonry” em inglês.
Então A Franco-Maçonaria, estabeleceu-se em 24 Junho de 1717, quando quatro Lojas de Londres se reuniram na taverna “O Ganso e a Grelha”, no adro da igreja de São Paulo.
Formaram a primeira Grande Loja do mundo.
Podemos fazer duas contextualizações entre a criação do Mundo e a criação da Maçonaria:
• A 1°: De acordo com a tradição Judaico-cristã, Moisés foi um instrumento de Deus para libertar os Hebreus, tido por eles como o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos. A Bíblia o denomina sendo o “mais humilde do que todos os homens que havia sobre a face da terra” (Números 12:3); e em 1796, Manuel Arruda Câmara fundou a Sociedade Secreta Areópago de Itambé, primeira Loja maçônica do Brasil, que difundiu ideias libertárias, contra a repressão colonial. O GOB (Grande Oriente do Brasil) fez a Independência do Brasil, como o maior acontecimento da Nação.
• A 2°: Moisés queria explicar a Lei, a origem de todas as coisas que provém do Deus Criador. Ele (Deus) não opera sobre alguma coisa preexistente: Ele cria sem que haja algo do qual por Ele já tinha sido criado. Deus cria tudo do nada, que é expressada pelo termo em latim “NIHILO”, que significa “do nada, nada acontece” ou, em termos mais simples, “nada surge do nada”. Já o grande momento lendário Maçónico é a construção do Templo de Salomão. Ele simboliza o início da Maçonaria como a conhecemos nos dias atuais, porque uniu as duas divisões: os espúrios, que encaravam a Maçonaria mais como prática de engenharia, foram os construtores; e os puros, que a viam mais como uma religião, foram os sacerdotes do rei Salomão.
Agora, iniciamos a contextualização sobre a Luz do Mundo e a Luz da Maçonaria.
Em João 1:1-5 pode-se confirmar o que Moisés já tinha escrito sobre os “Os Mistérios da Criação do Mundo”. Este evangelho trata da exposição da verdadeira Luz do Mundo.
Desta forma, Moisés tem que começar a escrever ou falar sobre a origem de todas as coisas, sobre o princípio do Universo, ou seja, quando Deus disse “haja Luz, e houve luz” (Gênesis 1:3), enquanto que nos “Mistérios da Criação da Maçonaria”, historiadores acreditam que os pedreiros itinerantes da Idade Média foram os verdadeiros antecessores da nossa Ordem.
Os seus conhecimentos de como construir grandes construções, como castelos e igrejas, deixavam-nos em posição privilegiada: eles tinham autonomia dentro dos reinos, mas também ficavam próximos do poder, “apadrinhados” por Reis e pelo Clero.
Quando voltamos ao evangelho de João, este leva-nos ao princípio de todas as coisas, e aprofundando no relato em Gênesis, o autor mostra-nos o pano de fundo “da criação do mundo” e pode ser corroborado no evangelho de João 8:12, quando Jesus falou: Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andarás nas trevas, mas terá a Luz da vida, e nos entendimentos Maçônicos, mais precisamente no século XVIII, a nossa Ordem começou a se estabelecer em Grandes Lojas, que passaram a aceitar cada vez mais gente de diversas profissões e posições sociais.
A sabedoria operativa, que era de erguer templos e castelos, e deu espaço à sabedoria especulativa, filosófica.
No século XIX, duas Grandes Lojas europeias viraram referências: a Grande Oriente da França e a Grande Loja Unida da Inglaterra.
Então, a partir daqui inicia-se a grande revelação:
- A Luz do Mundo e a Luz da Maçonaria!
A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas e não a Luz, porque as suas obras eram más. Quem praticava o mal odiava a luz e não se aproxima da Luz, temendo que as suas obras fossem manifestadas. Mas quem pratica a verdade, vem para a Luz, para que se veja claramente que as suas obras sejam realizadas por intermédio de Deus” (João 3:19-21).
Ao fazermos uma analogia sobre a Luz do Mundo e a Luz da Maçonaria, todo Maçom crê num Ser Supremo o qual é denominado de “Grande Arquiteto do Universo” (DEUS) pois acreditamos que o projeto da construção do Universo é um imenso plano arquitetônico com acabamento Majestoso e Divino.
Para que não haja nenhuma desordem entre as religiões que reverenciam a Deus, a Maçonaria almeja a União de todos para o bem comum, independente da religião.
Diante do contexto, a Luz é uma palavra importante na Maçonaria, transmitindo sob um sentido mais amplo do que imagina a maior parte dos leitores.
A Luz é um acontecimento e é o primeiro de todos os Símbolos apresentados ao Neófito (novo Maçom) em que permanece a ser-lhe apresentado em toda a sua carreira maçônica.
A Maçonaria menciona no seu ritual uma equiparação daquela criada por Deus.
Encontramos no Livro “Gênesis”, 1:3-5, aquilo que Deus disse: “Faça-se a luz”! E a luz se fez. Deus viu que a luz era boa. Deus separou a luz das trevas. À luz, Deus chamou de “dia” e às trevas, chamou de “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: Foi o primeiro dia.
Assim, a equiparação da Luz na Maçonaria não se trata da Luz material, aquela que é acionada por meio de um botão na Loja, porém, trata-se, de uma Luz simbólica profunda, significando sabedoria, conhecimento e razão.
Então, na Maçonaria quando um profano “recebe a Luz” quando é Iniciado, constitui em receber as informações e os mistérios próprios que são ocultados na Ordem maçônica, que somente são revelados no ato da cerimônia da sua iniciação, e depois continua pelos Graus maçônicos numa verdadeira jornada em busca da verdade oculta. Então, é o primeiro dia do novo Maçom.
Nesta revelação aos novos Maçons (Aprendizes) a palavra “Luz” tem o significado de verdade, conhecimento, ciência, sabedoria, instrução e prática de todas as virtudes; e isto é corroborado pela enciclopédia da Maçonaria, quando o autor Albert G. Mackey, escreve que “A Luz é o elemento dissipador das trevas.
É o sinônimo de verdade, sabedoria, liberdade, conhecimento e de redenção.
Quando um candidato ao ingressar na Instituição maçônica passa pela Iniciação e adentrando no Templo, recebe a Luz, significando que os mistérios ser-lhe-ão revelados”.
Desta forma, ao “receber a Luz”, não se refere a pura e simples “Luz Material”, mas sim, de forma figurada. É a verdadeira Luz da Maçonaria, e como dizem vários historiadores, esta Luz propaga-se ao longo da jornada maçônica, no desenvolvimento do Irmão na Ordem.
Neste contexto entre a Luz do princípio do Mundo e a Luz da Maçonaria, traduz-se primeiramente numa igualdade do Mundo entre os povos que caminhavam nas Trevas e que viram uma grande Luz; e sobre os que viviam na terra da sombra da morte e raiou uma luz (Isaías 9:2); e daqueles povos que andam nas Trevas do Mundo e que entram na Maçonaria e que recebem a Luz gloriosa do Mundo, que assim podemos definir em latim: “Sic Transit Gloria Mundi” que significa “assim transita a glória do mundo”.
Assim, o profano que entra na Maçonaria, é como se saísse das trevas do mundo e penetrasse num novo dia, numa nova vida, abandonando a escuridão simbólica da estupidez e da ignorância, encontrando uma nova Luz que o conduzirá para sempre nos mistérios maçônicos.
Desta forma e realizando finalmente uma analogia entre o Princípio do Mundo e da Maçonaria: Então Deus disse: “Faça-se a luz”! E a luz se fez.
No mundo dissa Maçonaria, na Iniciação, diz o V∴ M∴: “No princípio de o Gr∴ Arq∴ do Un∴ : Faça-se a Luz, e a Luz foi feita, e a Luz seja dada ao Neófito”.
Por fim, compreendamos que a Maçonaria segue os princípios bíblicos da Luz do Mundo escritos por Moisés, revelados por Deus e escritos a partir do livro de Gênesis.
Léo Gama
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