O que você é, ó ramo sagrado! , vista das superficialidades da história natural?
Um arbusto, como outro qualquer. Um membro da família vegetal, que vive sobre a crosta terrestre, que se alimenta dos sais do solo e da humidade da atmosfera, e pertence a esta ou aquela ordem, pelas suas fibras, desenvolvimento, tecido ou florescência.
Para nós você é mais: Você é o símbolo do imortal.
Eugenio Sué, na sua monumental obra História de XX séculos, descreve com maestria o culto dos antigos gauleses pelos ramos do azevinho sagrado, núncio para eles da proteção divina, objecto da sua profunda veneração:
- Como lhes oferecia a independência da pátria, a paz das famílias, respeito de
a propriedade, a admiração dos outros povos e o abrigo dos deuses.
Você, oh acácia! ...
Você simboliza para todos os maçons de todas as épocas, o eterno, o imutável, o que não muda nem se transforma; o que vive eternamente jovem, eternamente novo e eternamente puro.
Sua madeira, árvore simbólica, é incorruptível.
Eles não fazem mossa em seu córtex, roedores, insetos, como não podem ferir a consciência do homem virtuoso, as calúnias dos vil, nem as ingratidão dos perversos.
Suas folhas, sempre verdes em qualquer estação e em todas as latitudes, semelhantes à alma do homem justo, nobre e generoso, em todas as situações da vida; resignado e prudente na adversidade; sensato e humanitário no auge do poder; incessantemente apaixonado por um ideal esplêndido: pela
esperança em sua própria perfeição!
Elas se inclinam durante a noite, como se não pudessem viver nas escuridão do erro, e erguem-se, enquanto o astro do dia avança para
o zênite.
Assim o espírito humano langrece e chora entre as sombras da ignorância e leva majestoso, ávido de luz, em busca do sol da civilização, alma das sociedades.
Pensamento humano, como você, Ó galho sagrado! , é sempre novo; nossa esperança é sempre verde; nossa fé na justiça é sempre incorruptível.
Os séculos passarão. Impérios e repúblicas serão afundados. Novas gerações virão ocupar o posto de miríades de gerações, quedas sob o peso da imutável lei da transformação.
E o homem permanecerá um ser pensante, em cujo coração nascerão sempre belos amores, e em cujo cérebro bulirão eternamente ideias de justiça e pensamentos de regeneração e progresso.
Fica, fica aí na nossa Câmara Maçônica, ramo de acácia, símbolo augusto da grande, do imperecível, do imortal, do eterno!..
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