Onde está sua luz, irmão?

 

Filhos da Viúva, esqueceram-se da sua linhagem. Vocês se envolveram em guerras intestinas, esquecendo que a maçonaria não é um trono, nem uma patente, nem o reconhecimento daqueles que só enxergam com os olhos do mundo.

Você acha que o poder da Ordem reside em selos e assinaturas?
A Fraternidade, base do nosso templo, foi manchada pela ambição.
Vocês devoram-se uns aos outros como lobos famintos de status, traindo a própria essência da maçonaria.
Onde está a justiça que juraram defender?
Onde a verdade, se a torcerem por conveniência?
Sua luta não é pela Luz, mas pela sombra do poder terreno.
Tolerância, igualdade, busca pelo conhecimento... Palavras ocas nos lábios que murmuram inveja e rancor.
Irmãos que conspiram contra irmãos, logias que buscam destruir-se mutuamente, sob o pretexto de defender a Ordem.
Mas vocês não são protetores, são coveiros.
E os antigos sabem disso. E eles foram apontados para vocês.
Aqueles que percorreram o caminho antes de vocês observam com desdém a maneira como degradam o que juraram proteger.
O Compasso já não traça virtude, mas ambição.
O Esquadrão já não mede com justiça, mas com interesses.
Suas mãos, que deveriam ser construtores de templos, hoje são mãos de carrascos, que destroem em nome do ego.
Então me digam, vocês são maçons de alma e razão, ou só por conveniência?
Se suas batalhas são movidas pela sede de domínio, você esqueceu que o verdadeiro poder está na sabedoria e na retidão do espírito.
Maçonaria não se ostenta, vive-se. Não se impõe, se pratica.
E aqueles que se esqueceram do seu propósito, não passam de sombras rastejando no pó do mundano.
Ainda há tempo para se lembrar. De reconstruir o que vocês destruíram.
Mas para isso, você precisa olhar para dentro e perguntar a si mesmo: o que você realmente é?
Homens livres e de bons costumes... ou simplesmente peões de um jogo sem glória?

Que a Luz vos guie, se ainda fordes dignos dela.

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