Quando cuidamos da dor de alguém, tocamos o seu Ser com as pontas dos dedos do coração.
Não é apenas ouvir, mas sentir junto, é segurar a sua mão no escuro sem prometer que a luz virá depressa, mas garantindo que não estará só na escuridão.
É ver lágrimas que não são nossas, mas que doem como se fossem.
É um abraço que não tenta calar o sofrimento, mas que diz, sem palavras, "Eu estou aqui". É carregar um pedaço do peso para que o outro possa respirar, ainda que por um instante.
Cuidar da dor de alguém é amar sem exigências, é ser porto quando o mar está revolto.
Porque, às vezes, o maior alívio não está em acabar com a dor, mas em fazer com que ela não precise ser sentida sozinha.
(Carlos Cabrita)
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