Escrevo-vos com o coração pesado, não por falta de fé na humanidade, mas por saber que mesmo aqueles que se dizem sábios, ainda fazem acepção daquilo que é justo e perfeito.
Nestes dias de sombras e incertezas, tenho caminhado entre homens que proclamam sabedoria, que ostentam títulos e falam em nome do espírito.
Mas ao menor sopro dos ensinamentos de — Yeshua Hamashia— se inquietam, se fecham, se ofendem.
E então me pergunto, em silêncio: como pode o homem, que não sabe com exatidão o caminho que deve seguir, recusar a luz de um farol que brilha há mais de dois mil anos?
Eu não prego religião. Eu prego o amor. Eu proclamo a sabedoria. Falo das Virtudes, dos Caminhos antigos, dos Mestres que vieram antes de nós, e cujas palavras ainda ecoam, vivas, nas sendas do espírito.
Sócrates, que nos ensinou a examinar a alma.
De Gandhi, que nos mostrou a força da paz.
De Nitiren Daishonin, que nos ensinou o poder do despertar e tantos outros...
E sim, de Yeshua, o Nazareno, o Mestre entre os mestres, que ensinou o perdão, a renúncia, o amor incondicional.
Que mal há em citar o nome ou os ensinamentos daquele que ensinou a amar até os inimigos?
Que receio é esse que habita o coração dos homens que dizem buscar a verdade, mas rejeitam aquele que a afirmou ser?
Com tristeza, vejo que muitos, mesmo tendo acesso aos livros, às palavras, às cerimônias e aos rituais, ainda não compreendem o espírito das coisas.
Colocam filtros em seus ouvidos e véus sobre os olhos, e se esquecem de que a Verdade não pertence a um só templo, nem a um só nome — mas se manifesta em todos os que dela têm sede.
E se ao citar o nome ou algum ensinamento de Yeshua sou excluído, então que assim seja.
Não me calarei por conveniência.
Pois minha missão não é agradar, mas separar o joio do trigo.
Não vim para ser aclamado, mas para proclamar o que me foi confiado.
Sou um buscador da Verdade, um examinador da Moral, um demonstrador das Virtudes que aprendi.
E se minha presença incomoda por lembrar aos homens da existência do que é puro e verdadeiro, então compreendo... pois a luz fere os olhos que vivem há muito tempo nas trevas.
Mas mesmo assim, não deixarei de acender candeias.
Continuarei a proclamar a sabedoria daqueles que vieram antes de mim, e daqueles que ainda virão.
Pois a Verdade, filhos da Terra, não precisa de defesa. Ela apenas precisa ser dita.
E que todo aquele que tiver ouvidos, ouça.
Andros
Seu irmão em espírito,
Servo da Luz,
Guardião dos Ensinamentos Eternos.
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