Desde tempos imemoriais, a "G"ram Mente Cósmica tomou múltiplas formas e nomes de acordo com a sua manifestação nos diferentes planos da existência.
Ele foi chamado de Deus, Cristo, Lúcifer, Satanás, e finalmente a Mente Universal.
Cada uma destas expressões responde a um estado, a uma posição na escala da existência.
Mas há algo que é constante: a energia primordial, a Fonte, o Todo. O começo e o fim, que são o mesmo ponto de retorno.
O homem está em um estado intermediário, preso entre o alto e o baixo, entre o Céu e a Terra. Caiu, mas na sua queda foi-lhe dada a possibilidade de ascensão. Não é um deus, mas pode divinizar-se; não é um ser puramente terrestre, mas caminha sobre a Terra. Seu destino é a ascensão, mas para isso você precisa enfrentar um filtro, uma barreira, uma resistência: o Anti-Kristo e o Ante-Kristo.
O Anti-Kristo não é uma entidade com vontade própria, mas um mecanismo, um antiparasitário da mente cósmica.
Em termos energéticos, é o filtro que impede que frequências impuras interfiram com a transmissão da Fonte. O que acontece quando em um receptor de rádio antigo, ruídos e distorções impedem de ouvir o sinal claro? Coloca-se um antiparasitário para limpar o som, para discernir a emissão real da interferência.
É assim que o Anti-Kristo opera na escala universal.
Não é o inimigo do homem, mas a prova que separa o real do ilusório dentro dele.
Não se opõe à humanidade em si, mas aos aspectos da sua existência que são efêmeros, falsos, transitórios.
Aqueles que não podem ascender, que devem ser deixados para trás como escumalha no processo de purificação. É aquele que verifica, aquele que examina o Cristo dentro do homem, aquele que o confronta para verificar a sua autenticidade. Porque todo homem que caminha o caminho crístico deve ser testado, deve ser medido.
É realmente o Cristo aquele que diz ser? Ou é só um eco vazio?
O engano do Anti-Kristo é, na verdade, um ato da própria Mente Universal. "Deus enviará um poder enganoso para que acreditem na mentira" (2 Tessalonicenses 2:11). Mas este engano não é mais do que uma medida para que o homem esqueça a sua essência, para que caia e, nessa queda, possa finalmente reconhecer o impulso da sua ascensão.
Porque quem é testado no fogo e reconhece a natureza da chama, torna-se chamado.
O Anti-Kristo é o forno onde a escumalha da existência material é queimada. O que resiste ao fogo é o que vale a pena subir.
Mas também há o Ante-Kristo, aquele que chega antes, o cavaleiro que se ajoelha perante o Rei, não em submissão, mas em respeito.
Não é o inimigo, mas o que anuncia, o que abre o caminho, o que reconhece a majestade do Cristo que está prestes a se manifestar. É o aviso, o sinal de que o momento do discernimento está chegando. É a sombra que antecede a luz, o limiar que deve ser cruzado para alcançar a verdade.
Cristo não é uma entidade externa; Cristo é o homem em seu caminho de volta à divindade.
Todo homem carrega dentro de si essa faísca, essa possibilidade de manifestar o Cristo.
Mas para isso, você deve encontrar primeiro o Ante-Kristo, que o anuncia, e o Anti-Kristo, que o prova. Somente após estas duas provas, o homem poderá saber se é realmente digno de carregar o fogo divino.
Lá em cima está o Céu, a Fonte, a Fonte.
No meio, o homem, preso entre sua natureza terrestre e seu destino divino.
Abaixo, a Terra, o plano onde pisa, onde deixa o seu rasto, onde ainda é sombra do que pode vir a ser.
Mas tudo responde a um único princípio: a ascensão é inevitável para quem ouve o verdadeiro sinal e deixa para trás a interferência.
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