A Coluna do APRENDIZ na Capela Rosslyn (Escócia). Lenda Maçônica. '.


Está localizado na Capela Rosslyn, perto de Edimburgo na Escócia templo lavrado em pedra, guardado por segredos que só os iniciados da arte da maçonaria podem vislumbrar.

Entre seus muros, onde a luz se filtra está a Coluna do Aprendiz, um testemunho eterno das virtudes e vícios que habitam a alma do homem. Uma lenda que todos os Maçons devem conhecer.

A lenda:= ...
Diz a lenda que, uma vez iniciadas as obras da capela, um dia o mestre das obras solicitou permissão a Sir William para viajar para Roma, e estudar assim a arquitetura da Cidade Santa, e aplicar os conhecimentos adquiridos lá no edifício escocês.

Entre outras coisas, o professor pretendia estudar uma linda coluna, para esculpir uma semelhante na capela.

E, de fato, Sinclair permitiu-lhe partir nessa viagem. Os meses passaram, não havia notícias do mestre, e Sir William começou a ficar impaciente, pensando que talvez o mestre tivesse decidido ficar em Roma, trabalhando em algum prédio da cidade.

Um dia, um jovem aprendiz de pedreiro aproximou-se de Sinclair e ofereceu-se para esculpir a coluna (cuja imagem lhe havia sido mostrada em sonhos) em vez de seu mestre. Sinclair concordou e, para surpresa de todos, o jovem aprendiz esculpiu uma peça de beleza inigualável, que é a que se pode contemplar hoje.

No entanto, o professor voltou de repente e quando viu o que tinha feito o seu aluno ficou furioso.

Cego de raiva, pegou um martelo de obra e bateu com ele na testa do garoto, que caiu morto no chão.
Esta lenda não é apenas uma fábula, mas um espelho das nossas próprias lutas internas e vamos ver o porquê.
O Aprendiz representa a pureza do conhecimento, a centelha divina que não reconhece títulos nem hierarquias, mas apenas vontade e virtude na inocência do iniciado. Sua coluna é obra da alma, aquela que é construída com humildade e entrega.

O Mestre encarna o perigo que enfrenta todo Mason que faz em sua jornada, o ego, a arrogância e a soberba que turva o julgamento e leva o homem a destruir, em vez de elevar. Seu martelo ou martelo, não foi ferramenta de construção, mas de ruína ao bater sem inteligência.

A própria coluna torna-se um símbolo de sabedoria e ascensão numa espiral desenhada por dragões, sabendo que encontrará em sua ascensão sempre os mais ferozes obstáculos, mas também é um aviso: conhecimento sem fraternidade é um templo sem alicerces, onde se desenvolve o vício e não a virtude.

Quantas vezes, em nossas vidas, fomos o Mestre, invejosos do brilho alheio?
Ou o Aprendiz, silenciado por aqueles que deveriam nos guiar?
A Maçonaria nos ensina que nenhum homem é superior ao outro na Luz do Grande Arquiteto, e que o verdadeiro mestrado não se demonstra com títulos, avivais ou graus, mas com a capacidade de ser humilde e reconhecer a grandeza nos outros.
Inveja, ambição desmedida e orgulho são os verdadeiros demônios que habitam nossas logias interiores, e só através do autoconhecimento e da fraternidade podemos vencê-los.
Irmãos, todos, que esta lenda não seja apenas um simples relato, mas um mandato a cumprir, use o baralho junto ao cinzel para construir e edificar com inteligência, nunca para bater diretamente no intelecto, reconheçam o talento alheio como parte da obra universal, destruam a arrogância com o cinzel da humildade, construa sua coluna não para ser admirado, mas para servir toda a humanidade.

Porque, no final, quando nossas ferramentas descansarem e a poeira da vida se instalar, não serão nossos títulos que perdurarão, mas sim as obras que levantamos... e as almas que iluminamos.

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