Branca de Neve e a Maçonaria: Os Mistérios dos Sete Anões


BRANCA DE NEVE E O SIMBOLISMO DA INICIAÇÃO
As antigas escolas dos mistérios se encarregaram de trancar em uma linguagem simbólica todos os seus ensinamentos secretos, transformando-os em relatos populares, com o objetivo principal de mantê-los escondidos aos olhos e ao conhecimento dos profanos, é por isso que muitas dessas lendas, como é o caso de “Branca de Neve e os sete anões” não têm um autor identificado, ou seja, são de autores anônimos, todas estas obras contêm conceitos, mensagens e ensinamentos esotéricos que são narrados em toda a história, que são direcionadas e apenas reveladas aos verdadeiros iniciados, que recebem as chaves para decifrar e entender o verdadeiro ensino.
Esta tem sido a única maneira segura de preservar e divulgar o conhecimento secreto que foi transmitido de geração em geração até os nossos dias.
Jacob Ludwig Karl Grimm e Wilhelm Karl Grimm, nascidos na Alemanha, percorreram o seu país entrevistando camponeses, vendedoras de mercados, lenhadores, para coletar histórias dos locais, além de estudar a língua e o seu uso, assim como o antigo folclore de cada região.
Os irmãos Grimm ouviram as lendas que os camponeses alemães que tinham ouvido os seus avós e que estes, por sua vez, tinham aprendido com os seus avós.
Diz-se que obtiveram de uma mulher chamada Pastora a maior parte das histórias que foram compiladas como Os Contos Infantis e Caseiros em 1812 e Contos para a Infância e o Lar em dois volumes em 1812-1815.
Esta coleção foi aumentada em 1857 e hoje é conhecida como os contos de fadas dos Irmãos Grimm, neles recriaram as histórias dos camponeses e contaram-nas com graciosidade e grande simplicidade, fazendo com que as crianças do mundo inteiro apreciassem a beleza e a maravilha das suas histórias.
“Branca de Neve e os Sete Anões” com o passar do tempo tornou-se um dos contos clássicos infantis mais populares.
O ano de 1934 começou o aumento da sua popularidade e divulgação com a intenção do nosso irmão Walt Disney de adaptá-lo e criar um longa-metragem totalmente animado na Technicolor
Este filme foi lançado em dezembro de 1937, em uma avant-première que reuniu as grandes estrelas hollywoodenses do momento (coisa invulgar tratando-se de uma animação), no final do filme ouviram-se soluços na sala e depois uma grande ovação para o nosso Irmão Disney.
No entanto, tudo isso faz parte do aspecto exotérico, para podermos compreender o simbolismo inicático que encerra este conto, é necessário identificar os seus protagonistas, assim se pode atribuir os seguintes significados simbólicos a cada um :
A Madrasta é o mundo profano, com seus constantes ataques e maldade prevalecente, que pretende dominar o nosso coração.
Branca de Neve representa o iniciado que deve fugir da Rainha Maligna e assim iniciar o processo de iniciação, que lhe permitirá encontrar-se consigo mesmo, chegando a identificar e reconhecer os sete pecados capitais, que são aqueles aos quais a nossa própria natureza humana está principalmente inclinada, estes são simbolizados pelos sete anões.
É importante para o iniciado que deseja avançar na superação interior ou espiritual, aprender a detectar e reconhecer essas tendências em seu próprio coração, realizando um exame interior sobre as características desses defeitos ou pecados.
Devemos compreender que tudo o que é desejado ou rejeitado nos pecados capitais pode ser de natureza material ou espiritual, real ou imaginário e se forem confrontados com a vontade e a verdadeira consciência de vencê-los, dará lugar a uma luta interior encarnizada que permitirá vencer cada um deles e assim poder transformá-los em virtudes.
Este é o método mais adequado que nos fará avançar no caminho para a espiritualidade, que empreendemos ao entrar na nossa augusta ordem.
QQ:. HH:. agora só resta explicar e tentar identificar cada um dos sete anões, que fazem parte do nosso próprio ser, cada personalidade está claramente representada pelos sete pecados capitais, a seguinte explicação mostrará claramente a relação que existe entre uma virtude que deve ser cultivada e o pecado capital, que deve ser derrotado, peço-lhes que façamos uma viagem imaginária para que possamos visualizar esses personagens com suas características de pecado e como mudá-los em virtudes.
ANÃOZINHO: TONTIN
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Luxúria diante do apetite sexual, que nos torna escravos e tolos.
VIRTUDES PARA VENCER: Castidade. Alcance o domínio dos apetites sexuais.
ANÃO: SONO
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Preguiça desgano por trabalhar no trabalho ou por responder aos bens espirituais e fazer o bem aos outros.
VIRTUDES PARA VENCER: Diligência. Prontidão de ânimo para fazer o bem, sem olhar a quem.
ANÃO: TÍMIDO
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Inveja viver ressentido pelas qualidades, bens ou conquistas de outros, reduzindo nossa autoestima.
VIRTUDES PARA VENCER: Caridade. Desejar e fazer sempre o bem ao próximo.
ANÃOZINHO: RUUNHÃO
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Raiva é a dificuldade de aceitar contrariedades ou viver em permanente descontentamento e ódio aos outros.
VIRTUDES PARA VENCER: Paciência Sofrer em paz e serenidade todas as adversidades.
ANÃO: FELIZ
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Gula diante da comida e bebida.
VIRTUDES PARA VENCER: Temperança Moderação no comer, no beber e em nossas ações.
ANÃO: DOC
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Soberba é o desejo de receber altas honras e glória a qualquer custo, acreditar-se superior aos outros.
VIRTUDES PARA VENCER: Humildade. Reconhecer que nós mesmos só temos o nada e os sete pecados e também somos nada comparados com o G:. A:. D:. U:.
ANÃO: ESTORNUDO
PECADO CAPITAL QUE SIMBOLIZA: Ganância é o desejo desmedido de acumular riquezas materiais, independentemente do mal que seja feito ao próximo.

 

VIRTUDES PARA VENCER: 

 

Generosidade. Dando o próprio aos pobres e aos que precisam, sem esperar nada em troca. Para percorrer o caminho inicático descrito neste conto e ter vencido os sete pecados, temos que morrer para o mundo profano (abandoná-lo ou fugir dele) e assim como a Branca de Neve renascer como virtuosos, tendo dentro do nosso coração os sete anões tornados as virtudes, que nos iluminaram o caminho e permitirão continuar a eterna busca da verdade.
Peçamos ao G:. A:. D:. U:. que nos ajude a evitar a SOBERBA que só nos fará ter um amor próprio indevido, buscando apenas atenção e honra e acreditando-nos superiores aos outros, causando danos aos que nos rodeiam pelo mau tratamento que lhes pode ser dado.
Solicito-lhe também que nos cuide de cair nas GARRAS DA AVAREZA, tal como aconteceu com o personagem Ebenezer Scrooge do clássico de Charles Dickens, “Um Conto de Natal”, que representa um empresário impiedoso, oprimido pela ganância, que teve a oportunidade de escolher entre os seus amigos e dinheiro, preferindo o segundo, porque o faz parecer um homem com um estilo de vida confuso e sinistro, obcecado pela ganância.
Estou certo de que não há nada de errado em pouparmos prudentemente para o futuro, enquanto vivermos de forma equilibrada.
A falta de equilíbrio torna-se óbvia, quando optamos por ficar mais algumas horas no trabalho prejudicando assim um importante encontro familiar, ou talvez afetamos as pessoas que nos rodeiam, trocando-as mesquinamente pelo dinheiro, em vez de sermos generosos e partilharmos.
Existem muitos sinais de alerta que devemos procurar, mas examinar nossas próprias motivações é a melhor fonte para encontrar a verdade, acho que devemos constantemente nos perguntar:
Por que estou atrás do dinheiro? , Ou porque é a coisa mais importante da minha vida?
Para finalizar, refletamos sobre estas célebres frases :
É uma grande loucura viver pobre para morrer rico.
Na terra há o suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não o suficiente para satisfazer a ganância de alguns. (Mahatma Gandhi)
A bebida mata a sede, a comida sacia a fome; mas o ouro nunca mata a ganância (Plutarco).
Faltam muitas coisas ao pobre; ao ganancioso, tudo.

 

É detestável essa ganância espiritual que têm aqueles que, sabendo alguma coisa, não procuram transmitir esse conhecimento.

O avarento não possui suas riquezas, mas elas possuem-no a ele.

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