POR QUE OS JUDEUS MAIS RELIGIOSOS SÃO ANTI-SIONISTAS E CONTRÁRIOS AO ESTADO DE ISRAEL?

 

1. Os judeus mais religiosos NÃO aceitam o Estado de Israel e são anti-sionistas.
2. O sionismo só surgiu em 1898 e NÃO nasce de movimentos religiosos judeus mas de filhos de judeus, ateus na sua maioria, que dirigidos em Basileia, Suíça, em 1898, formaram um movimento para que os judeus da Europa migrassem para a Palestina e tomassem conta das terras dos habitantes de lá para depois formar um estado.
3. Até a Segunda Guerra Mundial, o sionismo era minoritário entre a população judaica. Os judeus religiosos consideravam que Deus os tinha espalhado pelo mundo para testemunhar Deus e concentrar-se num único Estado seria ir contra isso.
4. Ainda hoje, os judeus mais religiosos do mundo são anti-sionistas e anti-Israel. Eles consideram que o atual estado usurpa o nome do Israel bíblico, existente até a invasão de Nabuconodonosoro no século VI a.C. Para eles, a destruição do Israel bíblico foi vontade de Yahve e ir contra isso é blasfêmia.
5. Os judeus religiosos consideram que só com a vinda do Messias será restaurado o Israel Bíblico, não mais como um estado só para judeus, mas para todos os que acreditam no Messias. Portanto, o atual Israel é um estado blasfemo, contrário a essa promessa de Deus.
6. Os judeus que sempre viveram na Palestina e o que desde 1948 é chamado de "Israel" na sua maioria se identificam como "Palestinos", pois sua língua materna é o Árabe e seus costumes e forma de vida não diferem muito da dos palestinos de religião muçulmana ou cristã.
7. Um desses palestinos da religião judaica, o religioso Moshe Hirsch foi um dos líderes da OLP e ministro durante muitos anos do governo palestino presidido por Yasser Arafat.
8. Atualmente, os judeus religiosos são chamados depreciativamente por Israel de "Ultraortodoxos". Vivem em comunidades em Jerusalém onde se recusam a aceitar o Estado de Israel: recusam-se a prestar serviço militar, a pagar impostos e até mesmo receber dinheiro que tenha impresso o nome "Israel". Nas paredes de seus bairros costumam fazer demonstrações a favor da causa palestina.
9. Os judeus religiosos, estudiosos da Bíblia (antigo testamento) consideram que seu dever é proteger a cidade Santa de Jerusalém da blasfêmia do estado sionista de Israel, então eles se agrupam ao redor do mundo no agrupamento Naturei Karta que em espanhol traduz "Defensores da Cidade". Igualmente, outros estão agrupados na Rede Judaica Anti-Sionista Mundial.
10. Os judeus religiosos consideram o hebraico uma língua sagrada que deve ser utilizada única e exclusivamente para fins religiosos e acima de tudo para ler as escrituras sagradas. O hebraico parou de se falar desde o século VI antes de Cristo e depois do retorno da Babilônia até 120 anos atrás todos os judeus tinham claro que NÃO podiam revivê-lo para uso diário. Ainda hoje os judeus religiosos continuam falando Yidis ou Ladino fora do Oriente Médio e na Terra Santa, falam essas línguas ou árabe no quotidiano, NÃO hebraico, pois consideram-no um sacrilégio contrário à vontade de Deus.
11. No século IX antes de Cristo, a religião hebraica teve sua primeira divisão: judeus e Samaritanos. Ainda hoje os samaritanos, que são um pequeno número, identificam-se como "Palestinos" e têm representantes permanentes no Parlamento da Palestina.
12. O estado de Israel hoje é fundamentalmente formado por Europeus ou americanos Colonos, que dirigem a Política e a Economia. Muitos deles são ateus, por isso se autodenominam "judeus" apesar de não professar a religião de Abraão e Moisés.
13. O Conflito entre o Estado sionista Isralieli e os palestinos não é um conflito religioso, é uma invasão de colonos europeus e americanos, muitos deles ateus, aconchegada com uma suposta linhagem que não é demonstrável e contra a qual muitos líderes religiosos do judaísmo se opõem.
14. Há palestinos de religião cristã, muçulmana e judaica. Existem sionistas ateus, cristãos, judeus etc. Eles só têm em comum ter algum antepassado que professou o judaísmo.
15. Quando Jesus nasceu, o Israel bíblico tinha desaparecido há 500 anos, essas terras chamavam-se "Palestina". Jesus NÃO falava hebraico e nasceu no que hoje é Palestina, portanto Jesus NÃO era "Israelense".
16. Segundo diversos estudiosos, sendo o mais destacado o professor judeu de história Shlomo Sand da Universidade de Tel Avid, Israel, no seu livro "A invenção do povo judeu", os atuais palestinos são descendentes dos judeus da época de Cristo que NÃO partiram para a diáspora e foram converteram o Cristianismo e depois alguns deles para o Islã. Na época de Cristo, eles falavam aramaico, mas depois adotaram o árabe como língua materna. Entretanto, segundo esse professor, os judeus europeus, que surge o sionismo, são descendentes na sua maioria dos povos Jazaros do Cáucaso, convertidos ao Judaísmo no século XII. Portanto, os palestinos actuais seriam os verdadeiros descendentes de Abraão.
17. Os palestinos atuais são cristãos, judeus ou muçulmanos. As três religiões são consideradas descendentes de Abraão, portanto invocar argumentos bíblicos contra este povo e a favor do Suonismo NÃO tem fundamento nenhum.


Fonte: Centro Europeu de Estudos Internacionais e Diplomatas CEDEID.

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