Há pedras que, em vez de procurar serem polidas, decidem se atirar contra o Templo. Esquecem-se que foram colocadas por mãos fraternais, que receberam a Luz, que partilharam o pão do espírito e o silêncio do dever.
Quando um irmão troca o esquadro pelo chicote do tirano, e o prumo pelo discurso do poder, ele não se afasta apenas do caminho: coloca em risco a obra inteira.
Mas não há ditado nem ameaça que possa apagar o que se constrói sobre a verdade.
A Maçonaria sobreviveu a impérios, inquisições e traições, porque sua força não está no ruído, mas no símbolo; não na obediência cega, mas na consciência livre.
Quem destrói hoje com mãos sujas, ontem foi edificado com mãos limpas.
E embora o templo treme, seus alicerces permanecem firmes, porque foram escavados na rocha da liberdade, da razão e da fraternidade.
O tempo coloca cada um no seu lugar.
E quando a sombra passar, o templo será reconstruído. Não com novas pedras, mas com aquelas que, apesar de tudo, escolheram não se quebrar.
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