No ágape maçônico não se celebra uma refeição, mas uma comunhão.
Não de credos, nem de dogmas, mas de almas que buscam a luz no meio das sombras do dia a dia.
É um ato simples e profundo, onde o pão e o vinho — ou o seu equivalente mais humilde — se transformam em símbolos de unidade, de respeito mútuo, de fraternidade vivida.
Não importa o nome, o ofício, nem o fato que cada um usa fora do templo.
À volta da mesa somos todos iguais: aprendizes da arte de conviver, construtores de um ideal que não se mede em metros nem em glórias, mas em atos de bondade silenciosa.
O ágape não distingue, não desvia, não julga.
Une.
Há nesse gesto compartilhado — um brinde, uma palavra gentil, um olhar sincero — um eco de algo antigo e eterno.
Como se as vozes daqueles que nos precederam, aqueles que também procuraram a verdade entre símbolos e silêncios se fizessem presentes em cada encontro.
Porque o ágape não alimenta apenas o corpo, mas a alma.
Lembra-nos que a fraternidade não se proclama: é praticada.
Que a liberdade não se impõe: partilha-se.
E que a igualdade não é um objetivo distante, mas uma presença possível, tangível, quando nos reconhecemos como irmãos além de qualquer diferença.
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