Ele não promete castigo ou prevê castigos, mas anuncia um retorno. Um retorno silencioso e poderoso, como a primavera depois de um longo inverno. É a Profecia Catara, o testamento espiritual de pessoas esquecidas e, talvez, nunca desaparecidas verdadeiramente.
"Dentro de setecentos anos o tempo ficará verde e nós estaremos de volta. ”Estas palavras, gritadas nas chamas do renegado por Guillaume de Belibaste em 1321, estão entre as mais misteriosas e sugestivas da história espiritual da Europa. Última catarata "perfeita" queimada viva desde a Inquisição, Belibaste não apresentou uma queixa, mas uma profecia.
Hoje, essa promessa parece ressoar com forças renovadas: setecentos anos depois, entre 2020 e 2021, a memória dos catarianos desperta, como o broto daquele tempo no coração da humanidade.
QUEM ERAM OS QATARIANOS?
Uma civilização de amor e consciência
O nome "Catari" vem de katharós, um termo grego que significa puro, purificado. Mas na mensagem deles não havia moralismo ou dogmatismo, apenas um caminho profundo de libertação interior, uma catarse da alma.
Eles eram chamados bons homens e boas mulheres. Eles praticaram o cristianismo essencial e radical, baseado no amor, compartilhamento e autoconsciência. Eles rejeitaram o poder e a violência, acreditaram na reencarnação, honraram Maria Madalena como herdeira espiritual de Jesus e testemunha da verdadeira mensagem de Cristo: conheça a si mesmo, dê a outra face, viva a compaixão.
Numa era de obscuridade e guerra, eles eram luz.
Vegetarianos, igualitários, dedicados ao cuidado mútuo e à beleza (especialmente a música e a poesia dos que encontraram), viviam uma espiritualidade sem hierarquias, sem templos de pedra, mas como uma comunhão entre almas.
UMA CRUZADA CONTRA O AMOR
Foi essa pureza, essa liberdade que fez tremer a cimeira da Igreja de Roma. Porque os catarianos não obedeceram às hierarquias, não tinham medo dos dogmas, e espalharam-se sendo o que os outros impuseram com força. É por isso que eles foram perseguidos sem ser ouvido falar de feroz, com um genocídio espiritual e cultural.
Em 1209, o Papa Inocêncio III lançou uma cruzada não contra infiéis ou pagãos, mas contra outros cristãos. Foi a guerra fratricida mais sangrenta da Idade Média: a Cruzada Albigese. No dia 22 de julho do mesmo ano - a festa de Santa Maria Madalena - Béziers foi exterminada. «Matem todos, Deus reconhecerá os Seus» foi a sentença atroz.
A carnificina durou décadas. A última avenida dos Catarianos foi a fortaleza de Montségur, que está empoleirada nos Pirenéus. Depois de dez anos de resistência, em 1244 ela foi expulsa. Centenas de Cátaros foram queimados vivos num enorme incêndio. Mas nem tudo acabou lá.
A PROFECIA DE GUILLAUME DE BELIBASTE
Em 1321, o último Perfectus catarinense, Guillaume de Belibaste, foi capturado e condenado à morte. Antes de morrer, ele proferiu uma sentença que atravessaria os séculos:
«Dentro de setecentos anos, o tempo ficará verde e nós voltaremos. »
Aquela data profética nos leva ao nosso tempo: 2021. Exatamente sete séculos desde o início do incêndio. E hoje, enquanto a terra enfrenta desafios climáticos, espirituais, sociais, a memória dos catarianos ressurge, não como saudade, mas como um chamado. A visão deles, arrancada pelo fogo, floresce novamente.
Uma pitada de místico, poderoso. O allore - símbolo antigo do conhecimento e da vitória espiritual - irá verde no coração dos homens que atravessaram séculos. O tempo de retorno não é catastrófico, mas transformador.
A PROFECIA CATARIANA anuncia o nascimento - ou melhor o retorno - da Igreja do Amor, que não é uma instituição, um prédio ou um dogma. É uma essência, uma vibração, um pertencimento interior.
De acordo com a tradição, a profecia cataro-cristã é articulada em seis pontos fundamentais, um manifesto verdadeiro e muito Espiritual. Pontos de profecia: uma nova consciência para a humanidade
Resumimos os seus pilares, como passou adiante:
1)A Igreja do Amor será finalmente proclamada. Não dos púlpitos (hoje televisões), mas no silêncio dos corações acordados.
Ele não tem dogma, nem padres, nem poder mundano. É uma vibração interna, um campo coletivo de consciência.
2)Não tem membros, nem hierarquias.
Quem te pertence sabe. Ele não prega, ele é. O amor vive, enriquece os outros com a sua presença. Ele não impõe, não prega, mas Ser é o seu verbo. E com o Ser, levanta o mundo.
3) Reconhece a unidade da humanidade e tudo.
Além das fronteiras, além das religiões, além dos nomes. Somos uma, uma humanidade, um corpo da Terra.
4)É baseado em cuidados. Do vizinho, do planeta, da natureza. Falar sobre ecologia espiritual em 1244 foi visionário. Os catarianos sentiram a terra como um ser vivo
5) Não se manifesta com clamor, mas na frequência sutil do Amor.
Não tem púlpitos nem rituais.
Como Jesus disse: "Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao Pai em segredo... ” (Mateus 6:6)
6) É hora da Transmutação Suprema. O ego precisa ser transferido. É o momento da solidariedade universal, do retorno ao Eu superior, da dissolução de ilusões separadas.
Como você reconhece os membros da Igreja do amor?
Para os atos Para os olhos. Pelo abraço fraterno.
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