Na linguagem velada dos antigos alquimistas, transformar chumbo em ouro não era um ato físico, mas sim um símbolo do processo mais sagrado: a transmutação da alma.
Chumbo representa o estado bruto do ser humano: cheio de medos, paixões desordenadas e correntes invisíveis.
Mas dentro desse metal escuro está uma promessa secreta: a semente do ouro espiritual.
O iniciado maçom sabe disso. Por isso não foge da sua escuridão, trabalha-a.
Cada grau maçônico, cada prova, cada silêncio assumido, é um fogo que purifica.
A alma, como o metal, deve suportar a alquimia do sofrimento, o cadinho do autoconhecimento e a dissolução do ego.
Só assim surge o ouro interior: consciência elevada, virtude encarnada, união com a Luz.
A Grande Obra não se realiza em um dia nem em um só templo.
É o trabalho de uma vida inteira.
Mas aquele que não desiste, mesmo que o mundo não o veja, forja secretamente a sua eternidade.
Porque na verdadeira Maçonaria, o ouro não se carrega nos dedos:
brilha no coração transformado.
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