Maçonaria, Rito Escocês Retificado & Geopolítica

 


Rito Escocês Rectificado - RER

A Maçonaria & o Regime (Rito) Escocês Rectificado no contexto da nova ordem mundial

Já há 10 anos acompanhando o que se debate, se escreve e se faz no ambiente maçónico, observo que a maioria da produção intelectual aborda questões relacionadas à doutrina, à ritualística, à liturgia ou à história, sobretudo esta última, debatidas nas Lojas e mais recentemente nas lives. Já as acções de campo, quando existentes, são relacionadas a alguma forma de beneficência. Contudo, penso que há outros temas que deveriam receber maior atenção dada a importância para a trajectória individual dos Irmãos e também para o êxito (ou mesmo a sobrevivência) da própria Ordem.

Entre os primeiros, noto que a Maçonaria é carente de instrumentos que facilitem aos Irmãos a passagem da “teoria à prática” (ou do diletantismo à acção), isto é, como converter o produto das reflexões (em Loja) e as lições daí extraídas, em atitudes e comportamentos no quotidiano e com repercussão na comunidade? Tudo fica por conta das iniciativas pessoais, como se os caminhos fossem auto evidentes; prevalece, como apontado em outro texto, o lema laissez faire, laissez aller, laissez passerPorque discordo, penso que há um enorme espaço a ser preenchido com ferramentas e instrumentos próprios ou adaptados a partir, por exemplo, da logoterapia de Viktor E. Frankl (2015, 2019).

Ademais, há outro campo no qual percebo grande carência de reflexão: é o que se ocupa do pensamento estratégico, ou seja, das conjecturas sobre a Maçonaria no (do) futuro. É possível mesmo pensá-la enquanto unidade? Como será o ambiente no qual a Maçonaria estará inserida? Como ela pode (ou deve) se posicionar neste cenário? Qual a visão da Ordem e os seus principais objectivos (para além, é claro, daqueles que constituem a sua própria definição)? O que deve ser feito para chegar até lá, quais os riscos, as ameaças e as oportunidades com as quais se defrontará? Essas, entre outras, são questões que, a meu juízo desde já estão a demandar urgente atenção, razão pela qual é sobre elas que este texto se ocupa, mais especificamente, acerca do que identifico como ameaças à Maçonaria em geral e ao Maçom rectificado em particular. Em perspectiva mais abrangente esse tema já foi abordado em Maçonaria – perspectiva para o futuro (PINHEIRO, 2020) e, grosso modo, no que tange ao RER essas preocupações também já foram prefiguradas em pelo menos dois textos anteriormente publicitados via internet:

  1. em Rito Escocês … Rectificado. Afinal, rectifica o quê? eu chamei a atenção, senão para a necessidade, para a conveniência do reconhecimento e maior explicitação das diferenças existentes entre os Ritos pois, à luz da realidade interna, não é possível pensar e planear a Maçonaria enquanto unidade. Não obstante, o público externo, profano e que desconhece a Ordem, a ela refere como se fosse um monólito, uma organização piramidal que rigorosamente obedece os ditames de um rígido e incontestável poder central. Do texto original se extrai:

Os Ritos também são propostas que, diferentes na origem, nos meios e nos objectivos, implicam em formas também diferenciadas de enfrentamento dos problemas contemporâneos que diariamente e de todos exigem posicionamentos: globalismo, relativismo moral, anticlericalismo, questões de género, controle da natalidade, aborto, eutanásia, migrações em massa, entre tantas. Só o desconhecimento das diferenças entre os Ritos explica porque a Maçonaria, como se fosse uma unidade, crescentemente venha sendo citada (ou melhor: atacada) pelos seus posicionamentos frente a esses temas em diversas obras, a exemplo de Sanahuja (2012) e Marshall (2020).

O RER efectivamente é diferenciado, não reconhecer as suas singularidades implica não apenas perder as oportunidades de explorá-las positivamente como sujeitar-se às críticas, cada vez mais contundentes, dirigidas a outros Ritos em meio aos debates sobre a Nova Ordem (Mundial). Reconhecer pois, as diferenças, não só contribui para melhor esclarecer o público externo acerca do que é a Maçonaria, como corresponde a um passo na busca de uma nova síntese capaz mais de aproximar do que separar.

  1. em O Rito Escocês Rectificado e a Perseguição aos Cristãos no Cenário da Geopolítica Contemporânea eu chamei a atenção para a realidade expressa no próprio título a partir de uma realidade, a expansão islâmica, já constatada e analisada por vários autores, a exemplo de Ali (2015), Ripken e Lewis (2017) e outros. Desde os anos 90 do séc. XX o fenómeno da expansão islâmica, assim como as suas consequências têm sido analisadas, inicialmente em carácter prospectivo, sobretudo a partir da célebre contribuição de Huntington (1997). Assim, já houve tempo para que ao alvorecer da terceira década do séc. XXI as considerações prospectivas cedessem espaço à realidade dos factos configurada a partir de incontáveis (e trágicos) episódios relatados, entre tantos, por Murray (2018), Antequera (2020) e Ibrahim (2020). A perseguição aos cristãos não é, pois, uma especulação em meio a (mais uma) Teoria da Conspiração: é uma realidade – entre outras, para manter-se actualizado sobre a matéria sugere-se acompanhar a página do Gatestone Institute [1].

E por que essas questões se tornam prementes? Vários acontecimentos, alguns com ocorrências em diversos países, enquanto outros exclusivos ao Brasil, apontam para um cenário que, no mínimo, merece atenção.

Os textos mais antigos referem à Maçonaria como uma Ordem secreta, enquanto que os mais contemporâneos já a identificam como discreta. Portanto, já há tempos que as actividades especulativas da Maçonaria não são segredos, dos quais, se diz, só restam ocultos os sinais, toques e palavras … mas isso para o pesquisador menos diligente [2], circunstância que traz à lembrança o bom humor de J. Locke (apud Lima, 2020, p.135): “Mesmo que a inexistência de algum segredo seja o grande segredo da Maçonaria, não é uma pequena proeza manter isso em segredo”.

Paralelamente, em velocidade que a todos surpreende, o mundo está cada vez mais conectado; num átimo todos ficam (ou podem ficar) sabendo de tudo: para o bem (a exemplo de orientações sanitárias ou alertas em caso de catástrofes) ou para o mal (disseminação de fake news). Curiosamente, mas que não chega a surpreender em razão do que se conhece do comportamento humano padrão, em que pese a possibilidade de acesso ilimitado e quase universal à informação qualificada (artigos científicos, documentos, legislação, literatura, etc.) com o intuito de melhorar as decisões, o que se observa são iniciativas motivadas a partir do que passou a ser conhecido como “pós-verdade”, expressão que, desde que foi escolhida como a “palavra do ano”, em 2016, pela Oxford English Dictionary, passou a merecer grande atenção dos estudiosos e que de acordo com o Priberam [3], corresponde a:

Conjunto de circunstâncias ou contexto em que é atribuída grande importância, sobretudo social, política e jornalística, a notícias falsas ou a versões verossímeis dos factos, com apelo às emoções e às crenças pessoais, em detrimento de factos apurados ou da verdade objectiva […]

Informação que se divulga ou aceita como facto verdadeiro devido à forma como é apresentada e repetida, mas que não tem fundamento real […] factóide

Que atribui mais importância a notícias falsas ou não fundamentadas do que à verdade objectiva.

Fake news + “pós-verdade” = TNT [4], isto é, certas postagens per se ou alavancadas pela reacção em cadeia que deflagram nos grupos de redes sociais têm capacidade explosiva no ambiente social. A nível mundial um dos exemplos mais recentes foi o de George Floyd e, no Brasil, a morte de João Alberto S. Freitas repercutiu e provocou reacções de protesto, algumas com violência, em todo o país.

Ora, o que é tudo isso tem a ver com a Maçonaria?      Imaginem se a notícia ao invés de:

Homem negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre. Dois homens brancos, incluindo um PM, foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos [5];

Tivesse sido redigida como:

Homem negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre. Dois homens brancos, maçons, incluindo um PM, foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos.

Embora sem margem à certeza, é razoável supor que parte da indignação (efectivas manifestações de ódio e destruição) teriam se voltado contra a Ordem: símbolos e Templos. E como e por que teriam sido identificados como maçons? Uma das possibilidades resulta do facto de que actualmente há vários Irmãos de Ordem que utilizam gravatas, bottons, relógios, adesivos em carros, entre outros sinais de (para?) reconhecimento ostensivo.

Antes de adentrar com mais profundidade ao cerne deste texto, é preciso lembrar que apesar de toda a oferta de informações, de regra e por diversos motivos (já abordados em O Problema é a Evasão ou o Processo de Admissão?), os Irmãos são carentes de conhecimentos (ISMAIL, 2107, 2019; GLMMG, 2019), notadamente devido à falta do hábito da leitura e do estudo sistemático. Mas se grassa, conforme os estudos citados (e outros), efectivo desconhecimento sobre noções fundamentais, isto também deve ser debitado à conta da omissão histórica das Potências na orientação e na supervisão aos Programas de Formação (docência maçónica) pois, conforme dito, sob o lema laissez faire, laissez aller, laissez passer tudo fica ao alvedrio do Venerável Mestre da hora, o qual, por sua vez, também carece de noções básicas de gestão (JAKOBI, 2017; MORAIS, 2017; MORONTE et al, 2018; ISMAIL, 2018) [6], não sendo capaz de estabelecer a Visão da Loja, elaborar projectos e liderar os seus pares na implementação – a expressão mais visível desta limitação é a dificuldade de instituir uma agenda equânime entre os Graus Simbólicos, razão pela qual tudo se passa como se apenas os Aprendizes devessem estudar (as Instruções), restringindo os demais Graus às sessões obrigatórias. Confirma-se, mas na sua pior acepção, o velho aforismo que circula na Ordem: os maçons (Mestres) são eternos Aprendizes. Tem-se, assim, uma linha de produção e reprodução de Mestres despreparados para orientar os Companheiros e Aprendizes (totalmente ao oposto da Era Operativa, quando o Mestre era a referência); a maioria dos Mestres comemora a dignidade quando recebida, porém logo a seguir esquece as responsabilidades assumidas e que jurou cumprir.

E se no âmbito interno predomina a falta de conhecimento (inclusive para esclarecer sobre e defender a Ordem quando necessário) [7], no ambiente externo prevalece a informação equivocada, quiçá intencionalmente difundida. Martins (2020, p. 43), por exemplo, observa que:

Aos olhos da sociedade, quando se pronuncia a palavra maçonaria, uma série de juízos de valor é emitida instantaneamente, seja por quem fala ou por quem ouve […] opiniões pessoais […] uma instituição carregada de ritos, misticismo, crença e poder […] a Maçonaria ainda enfrenta a desinformação […] população ainda alimenta uma visão errada […] com algum tipo de plano de dominação mundial.

A excepção de um selectíssimo grupo, as mais diversas enquetes sobre o que é e o que faz a Maçonaria, mais do que desconhecimento revelam haver desprezo pela Ordem que, à conveniência das circunstâncias (ou mesmo por associação indirecta com outro evento – vide caso Carrefour) pode ser transformada em “a bola da vez” sendo suficiente que uma matéria se torne viral nas redes. Não se perca de vista que Lippmann (apud DEROSA, 2017, p. 117) “dizia que as pessoas não reagem a factos, mas às imagens que elas têm daqueles factos”, daí os riscos e perigos à desinformação na era da conexão total.

Estão reunidas pois, as “condições para a tempestade perfeita”: pouco conhecimento interno; desconhecimento externo; atitudes e iniciativas muitas vezes lastreadas em fake news ou “pós-verdades” em ambiente socialmente organizado e conectado full real time.

E se a esses elementos considerarmos a exposição pública crescente da Maçonaria, a começar pela vice-Presidência da República, mas também por parlamentares e outros agentes públicos que fazem questão de se apresentar como maçons, o risco não é desprezível. E em que pese todo o desconhecimento sobre a Ordem, a Maçonaria é pop. As eleições municipais de 2020 constituem o exemplo mais recente. Os protagonistas, bem como os interessados mais próximos parecem ignorar que se o eventual êxito da gestão (ou do exercício do mandato) [8] poderá ser capitalizado, o mesmo, mas pelos opositores (e com maior probabilidade) se dará com o fracasso; e mais, independentemente dos resultados “pessoais” atingidos, tudo o mais que houver (notadamente ocorrências negativas) com qualquer representante partidário reverberará, por associação e exploração dos interessados, contra a Maçonaria. O simples insucesso na disputa eleitoral [9] já poderá ser explorado pelos opositores: “nem mesmo os maçons que o conhecem votaram nele”. Ademais, há questões pessoais que, por tabela, resultam associadas à instituição. Exemplo mais recente, apesar de insistirem que a Ordem é discreta, é o de um suposto caso de assédio [10]noticiado com destaque à condição de Maçom (e não a de homem, a de profissional ou qualquer outra condição) do acusado. Não fosse a Maçonaria tão exposta, e sobre ela haver tanto desconhecimento e desinformação, talvez não houvesse estímulos para a acção das organizações criminosas que atraem incautos e vendem ilusões para extrair dinheiro e bens [11] [12]. Episódios análogos, repetidos e amplificados pelas redes, em ambiente e momento oportuno poderão ser o estopim para deflagrar acções contra os Templos em particular e a Maçonaria em geral, a exemplo da instituição de regulamentação mais exigente.

Contudo, conforme antecipado, as ameaças não surgem apenas a partir das iniciativas pessoais e institucionais internas ao Brasil. Se até há alguns anos a Nova Ordem Mundial (a NOM) era considerada (pelos desinformados ou mal intencionados) como parte de uma Teoria Conspiratória só existente nas mentes (paranóicas) dos opositores e críticos aos “progressistas”, hoje, em razão das fartas evidências empíricas, documentais e mesmo manifestações oficiais, já não há dúvidas de que o que era uma hipótese já é um projecto em fase de implementação. A matéria é antiga e por isso já abordada por diversos autores, podendo mesmo ser incluída na vasta literatura das utopias (para alguns, efectivas distopias), cujo marco histórico mais conhecido é A República (Platão), seguida, entre outras, de A Utopia (Thomas Morus) e de A Cidade do Sol (Tommaso Campanella). Contudo, as características da NOM a deixam mais próxima de dois clássicos mais contemporâneos: 1984 (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley).

Em 2020 o assunto voltou à pauta, com força e vigor devido a, basicamente, dois factores:

  • o primeiro não chega a ser novidade porque vem na esteira de uma tendência exponencialmente crescente: a viabilidade de novos cenários civilizatórios a partir da extraordinária expansão das fronteiras das ciências e tecnologias (que superam em tudo o que era suposto restrito à ficção), a exemplo da programação genética, do conhecimento proporcionado pelas neurociências, da miniaturização em escala nanométrica (em alguns casos atómica) e, as mais conhecidas, as tecnologias de informação e comunicação [13], a exemplo da telefonia móvel (internet) de quinta geração (5G) que, já na próxima década cederá espaço à 6G [14]; e, sobretudo,
  • modus operandi dos governos e autoridades públicas no curso do gerenciamento da crise (sanitária, económica, social, etc.) a partir da pandemia causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19). A rigor esse comportamento também não seria uma novidade porque em última análise é o desdobramento, a consequência lógica do que até então era (é) debatido no âmbito do exercício das liberdades (lato sensu), qual seja: dos limites e legitimidade da interferência e do avanço do Estado-Governo sobre os direitos e garantias individuais e sociais dos cidadãos.

Deixando à margem as referências históricas mais antigas, a que mais se aproxima do projecto global em curso é o texto A Conspiração Aberta, de H. G. Wells (2016), também responsável pela expressão Nova Ordem Mundial, cuja primeira versão data de 1928, tendo sido seguida de outras ampliadas e actualizadas. O texto é visionário, mutatis mutandis antecipa em décadas o que hoje se debate sem, contudo, a carga do teor ideológico. Para as reflexões que se seguem, porque sucintas (o objectivo não é debater o globalismo e tampouco firmar juízo sobre, mas tão somente apontar a inserção da Maçonaria para, com isso, trazer o assunto à debate), eu recorrerei apenas aos trabalhos de Costa (2015, 2018) e Sanahuja (2012). Esse, pela riqueza de informações e citações trazidas ao trabalho, sobretudo em relação à Maçonaria; o primeiro, não só pelas publicações, mas também porque recentemente apresentou um curso pela plataforma Brasil Paralelo [15], o que leva o tema (acompanhado da sua apreciação sobre a Ordem) a um quantitativo de público muito acima do habitualmente atingido pelo mercado de editoria gráfica de livros – em 2022 a plataforma superou a marca de 500 mil assinantes.

Portanto, se é inegável que a Maçonaria se encontra cada vez mais exposta, seja pela via do comportamento dos seus membros, mas também por iniciativas e no curso de acontecimentos externos, s.m.j., o tema deveria constar da pauta da alta administração da Ordem, senão por outros motivos, pelas eventuais repercussões.

Alexandre Costa esclarece que:

A Nova Ordem Mundial é um conjunto de iniciativas que visam à implantação de um governo mundial estruturado em camadas, mas centralizado numa entidade global – talvez a ONU, talvez uma que venha a ser criada. Deste centro sairão organizações específicas com ramificações em todos os países. (2015, p. 33);

Entendo a “Nova Ordem Mundial” como um conjunto de iniciativas que visa à criação de uma nova sociedade, planeada para permitir e sustentar um governo mundial totalitário, com ramificações de maneira a controlar todos os aspectos relevantes do quotidiano. Simplificando um pouco mais, podemos dizer que a NOM é um plano multifacetado que tem a intenção de criar uma nova civilização, como o poder centralizado nas mãos de poucos e acima das instituições e dos políticos tradicionais. A NOM também pode ser entendida como uma evolução, um desdobramento, uma ampliação e um aperfeiçoamento de regimes ditatoriais que existiram ao longo da história. Com o estudo das tentativas totalitárias anteriores, todas elas promovidas ou patrocinadas pelas mesmas forças, ficou claro que para alcançar a sua utopia megalomaníaca era preciso aperfeiçoar o método. O fracasso dos regimes colectivistas do século XX mostrou que uma mudança destas proporções não seria viável apenas com arranjos políticos e económicos: para criar a nova civilização é preciso criar uma nova cultura e, consequentemente, um novo homem. (2018, p. 24)

Não se pretende, porque não é possível, resumir o significado da NOM apenas a essas definições, sendo suficientes não mais que alguns destaques para ressaltar a amplitude e a profundidade do empreendimento: “[…] criar uma nova civilização […] uma nova cultura e, consequentemente, um novo homem”; todavia, para os fins deste texto os elementos acima são suficientes. E a intenção de constituir um governo central deixa claro porque a proposta da NOM por vezes é referida como Globalismo ainda que, rigorosamente, as expressões não sejam sinónimas.

Em síntese, para criar uma nova civilização (empreendimento frequentemente também referido como reengenharia social), é preciso destruir a existente...

...e para criar um novo homem é necessário alterar a sua cultura, os seus valores e as suas crenças, para então estabelecer novas raízes e novos padrões de comportamento, aceitação e valorização. 

Ora, no caso da cultura ocidental, sabe-se que as bases estão assentadas, grosso modo, em dois grandes pilares: a cultura greco-romana e os valores judaico-cristãos. 

Portanto, qualquer projecto modificativo deverá actuar sobre esses pilares. 

Essa é a razão pela qual temas tão diversos frequentemente são explorados por meio dos debates (estudos, pesquisas, seminários, entrevistas, etc.) com foco sobre a Nova Ordem Mundial; segue-se uma amostra:

  • questões relativas à vida, a exemplo do aborto, da eugenia, da eutanásia, do controle de natalidade;
  • aos direitos e deveres em geral mas com foco sobre a primazia do colectivo sobre o individual e quanto aos limites da acção e controle do Estado-Governo sobre os indivíduos;
  • à estrutura familiar, o que envolve discussões sobre as relações homo e heteroafetivas, “relações abertas”, monogamia vs. poligamia;
  • à ideologia de género e outras chamadas identitárias, a exemplo do feminismo (e em menor grau o racismo);
  • ao sistema educacional colectivo e obrigatório vs. homeschooling;
  • ao ambientalismo;
  • ao relativismo moral e, sobretudo o religioso, quando então é apontado como indiferentismo religioso e por vezes associado ao sincretismo panteísta; e, sem pretender ser exaustivo,
  • a secularização dos usos e costumes pela via do direito legislado (a idolatria do direito positivo), entre tantos outros (mais recentemente, no Brasil, cresce cada vez mais, sobretudo na “grande média” o debate sobre a substituição dos pronomes masculino/feminino pelo neutro).

A NOM é, pois, o ponto para o qual convergem inúmeros temas em debate na agenda contemporânea, os quais, por razões estratégicas dos propositores (ou dos interessados) nem sempre há interesse em explicitar as conexões que apontam no sentido à pretensão da reengenharia social; como revela Derosa (2017), ocorre justamente o contrário: omitir e dissimular são partes da estratégia. 

E essa miríade de temas se agrupam e logo a seguir se reagrupam de acordo com interesses mais imediatos, por vezes competindo entre si, o que torna ainda mais difícil a percepção dos pontos que, embora comuns aos grupos, situam-se em plano mais elevado, com realização a longo prazo.

E mais uma vez procede a pergunta: e o que é que a Maçonaria em geral e o RER em particular têm a ver com tudo isso? Um bom ponto de partida são as palavras de Lombaerde (2019, p. 91):

A princípio, os maçons nada tinham de hostil ao cristianismo, nem à Igreja Católica. 

No ano de 1717 operou-se, porém, uma mudança radical no seio da antiga maçonaria […] A base filosófico-religiosa desta loja [a Grande Loja] era o deísmo, sistema que reconhece e cultua um supremo Arquitecto do universo. 

Nega, porém, qualquer intervenção divina no governo do mundo, e rejeita os dogmas revelados. Nos seus primórdios, portanto, a actual maçonaria não se declarou ateia, mas, sim, anticristã [16].

O autor alude ao Título I – Sobre Deus e Religião, da Constituição de Anderson de 1723 [17]:

Um Maçom é obrigado, por dever de ofício, a obedecer a Lei Moral; e se ele compreende correctamente a Arte, nunca será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso. 

Muito embora em tempos antigos os Maçons fossem obrigados em cada país a adoptar a religião daquele país ou nação, qualquer que ela fosse, hoje pensa-se mais acertado somente obrigá-los a adoptar aquela religião com a qual todos os homens concordam, guardando as suas opiniões particulares para si próprio, isto é, serem homens bons e leais, ou homens de honra e honestidade, qualquer que seja a denominação ou convicção que os possam distinguir; por isso a Maçonaria se torna um centro da união e um meio de conciliar uma verdadeira amizade entre pessoas que de outra forma permaneceriam em perpétua distância.

Era o rompimento da Maçonaria com o cristianismo até então presente no quotidiano das suas práticas, sucedido pela religião natural – a vida virtuosa, com bons hábitos e respeito entre os homens, porém sem necessariamente seguir uma crença com elementos transcendentes como era o costume.

Entretanto, como decorrência da união dos Modernos aos Antigos (1813), para superar (em parte) as diferenças que levaram a secessão, a versão de 1723 foi alterada e desde então vigora a obrigatoriedade da crença num Princípio Criador – o Grande Arquitecto do Universo. Todavia, algo ainda muito distante dos caros princípios do cristianismo, a exemplo da crença na Trindade, na imortalidade da alma e no advento da parusia. Nem mesmo os landmarks Albert G. Mackey [18], em especial os artigos XIX e XX, pacificaram a questão. Em grande síntese: a Maçonaria de teísta passou a deísta, alguns Ritos com postura mais próxima do agnosticismo.

Destarte, prevalece a leitura dos acontecimentos de 1717 que deu origem a todas as iniciativas posteriores e ainda hoje situam a Igreja e a Maçonaria em oposição (HORTAL, 1995), embora actualmente não se possa referir a embates, nem velados e tampouco declarados; ao contrário, há casos que sinalizam uma aproximação – mas isso, adianta-se, por conta dos cismas que adiante serão explicitados neste texto. De imediato emerge uma questão como produto da dissonância cognitiva instaurada: como pode o RER, que se identifica como cristão, integrar uma Ordem considerada pela Igreja, anticristã? Deixando em suspenso essa resposta, retorna-se à questão mais ampla: Maçonaria, NOM & Globalismo.

Tendo em vista o indiscutível papel das crenças na formação (geral) dos indivíduos, segue-se que qualquer projecto que pretenda alterar a cultura e criar uma nova civilização deve atacar as bases axiológicas da civilização anterior, o que, no mundo ocidental equivale a atacar o vector judaico-cristão, sobretudo o segundo componente porque francamente majoritário. 

E qual a organização que já há mais de 300 anos propaga o indiferentismo religioso e possui grande difusão no ocidente? Está pois, estabelecido o vínculo entre o Maçonaria, NOM & Globalismo; assim, para os globalistas a Maçonaria é um dos braços operacionais para a implementação do projecto da governança global. 

E é importante observar que independentemente do facto de a Maçonaria estar longe de ser uma organização centralizada (porque dividida em Potências, Ritos, nacionalidades, etc.), pelos princípios que difunde ela resulta funcional e orgânica aos interesses globalistas. Por oportuno, a pergunta anterior retorna com outro formato: como um Rito que não é indiferente à religião permanece ao abrigo de uma Ordem que preceitua o indiferentismo?

Embora Costa (2015) tenha incluído a Maçonaria no capítulo que apresenta “Os Círculos do Poder”, ele reconhece que:

O assunto Maçonaria, apesar de tema frequente entre os que estudam a Nova Ordem Mundial, pertence àquela classe de assuntos que devido à complexidade da relação de forças envolvidas e do volume de informação dissonante, estão condenados a permanecer sob certa obscuridade, já que quem sabe do que se trata não fala, e quem fala muito nada sabe do que se trata. (op. cit., p. 46)

Portanto, da acção política da Maçonaria, em razão da ausência da unidade interna já referida, quase nada se pode afirmar. Contudo, no curso promovido pela Brasil Paralelo ele apresenta um conceito que admite ser mais importante do que a própria Ordem: “o maçonismo”, expressão que recorre para designar um método de actuação que, resgatado da Antiguidade, na passagem da fase operativa à especulativa passará a orientar diversas organizações, especialmente quando as iniciativas envolverem mudanças mais radicais, como será o caso do movimento no sentido à governança global que, na Era Moderna, terá início com o movimento republicano. A ideia de república, ressurgida no Renascimento, conforme esperado, encontrou resistências na monarquia e no alto clero da igreja; assim, as discussões sobre o tema só poderiam ter lugar sob condições ocultas e eram cercadas de sigilo: nas sociedades secretas, com informações cifradas (através de símbolos) e cujo acesso era restrito aos Iniciados (por indicação) e limitado à hierarquia (assim como Aprendizes não têm acesso às informações reservadas aos Mestres); e com a informação particionada, somente os líderes da alta cúpula tinham conhecimento do conjunto e do objectivo maior e final. A esse modus operandi A. Costa denomina de “maçonismo”.

Quem explicita o papel da Maçonaria em favor da NOM é Sanahuja (op. cit.), o que pode ser confirmado pelas citações a seguir:

Desde a sua criação, a Iniciativa Carta da Terra, assim como outros projectos éticos da nova ordem, tinha um ar marcadamente Maçom […] em 27.03.06 a própria maçonaria reconheceu o seu apoio à Carta: o então Grão-Mestre de La Gran Logia de la Argentina de Libres y Aceptados Masones, Hector Sérgio Nunes, dirigiu aos seu confrades a chamada Carta Antárctida da Maçonaria Argentina […] A Carta da Terra também é influenciada pela nova visão científica mundial, incluindo as descobertas da moderna cosmologia, da biologia evolutiva […] Ela é baseada na sabedoria das religiões do mundo e das tradições filosóficas ancestrais […] reflecte o pensamento de grupos e organizações ligadas à defesa dos direitos humanos, da igualdade de género, da sociedade civil, do desarmamento e da paz […] (p. 67);

No Parlamento das Religiões do Mundo, em 1993, Hans Küng, a quem a Santa Sé proibiu o ensino da teologia católica, apresentou o projecto da Ética Planetária […] enunciada no estilo da maçonaria, composta de uma mistura de gnose, expressões de bons desejos e da vaga e alienante espiritualidade new age. (p. 68)

É o homem que constrói o seu código ético em guerra aberta contra Deus – o antigo projecto das lojas maçónicas. (p. 70).

A pretensão da UNESCO de erigir o seu projecto como paradigma da nova espiritualidade era evidente na apresentação do Ano Internacional da Paz, escrita na linguagem inconfundível das lojas maçónicas. (p. 88)

Penso não ser necessário reproduzir outros trechos, e quando a referência não é directa, é possível (ao Iniciado) percebê-la nas entrelinhas:

No caso especifico da religião, o relativismo, além de combater qualquer verdade imutável, promove o indiferentismo religioso: “não importa no que se acredita, o importante é acreditar em alguma coisa”. (p. 77)

O que é necessário é a espiritualidade, não os credos e as doutrinas. (p. 83-84)

Portanto, parece não haver dúvidas quanto a circunstância de que a Ordem, por intenção ou instrumentalização, está no epicentro do movimento globalista no sentido à formação da Nova Ordem Mundial. Note-se que não se está a formar juízo, mas antes reconhecer a realidade no que tange à Maçonaria em geral e chamar a atenção para as contradições quando a leitura se dá através das lentes do Regime (Rito) Escocês Rectificado:

O relativismo, que leva à apostasia, pretende abarcar tudo porque tem uma vocação totalitária. 

Para o relativismo somos fundamentalistas quando anunciamos como conteúdo inseparável do seguimento de Cristo verdades imutáveis como, por exemplo, aquelas que Bento XVI quis ressaltar enunciando “os princípios não negociáveis, que são as directrizes que nunca podem ser revogadas ou deixadas à mercê de consensos partidários na configuração cristã da sociedade: a família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, a defesa da vida humana desde a concepção até à morte natural e os direitos dos pais de educar os seus filhos”. (op. cit., p. 87)

Cabe lembrar que o público externo que hoje ataca a Maçonaria, ou que a qualquer momento pode ser mobilizado a fazê-lo, desconhece as especificidades dos Ritos, complexidade reconhecida, como já revelado, inclusive por um estudioso – Costa (2015). 

Contudo, como visto, nem sempre o que mais importa é a realidade, mas a imagem que dela é feita.

De outro lado, há movimentos geopolíticos aparentemente contraditórios: no curto prazo, se a expansão do islã e o consequente constrangimento à cristandade interessa aos globalistas (razão pela qual tem recebido apoio de alguns governos via políticas migratórias), no longo prazo, pelos mesmos motivos hoje levantados contra a religião cristã, espera-se uma reversão de comportamento.

Ademais, a própria igreja católica já há muito que apresenta divisões internas que, contudo, foram acentuadas a partir de 2013, início do pontificado de Francisco – os mais interessados poderão complementar o assunto com a leitura de Marshall (2020) e as matérias publicadas nos canais (blogs) “Desde Espanha” [19] e “Limes Germanicus” [20], ambos assinados por Helga M. S. Bezerra, e nos quais também poderão ser encontradas amplas referências à Maçonaria e a NOM.

Portanto, a realidade apresentada não é linear, as conexões nem sempre são claras e se torna necessário alterar as perspectivas: curto vs. longo prazo; movimento com importância táctica vs. estratégica; interesse pontual vs. colectivo; “árvore vs. floresta”; etc. 

Assim, no meio de toda essa dinâmica, nem todas as alianças e os objectivos de curso prazo (aliados de conveniência) serão mantidos no longo prazo, a celeridade dos avanços tecnológicos e dos (re)arranjos políticos [21] a qualquer momento podem trazer factos novos com potencial para reconfigurar os cenários, alcances e possibilidades até então sob conjectura; do mesmo modo, acontecimentos sociais e políticos “fora de controle” podem exigir mudanças de rumo.

Assim, no que concerne à temática deste texto, em horizonte cronológico as divisões observadas na Maçonaria e também na Igreja permitem esboçar o seguinte resumo:

  1. anteriormente a 1717: a Maçonaria operativa-cristã conta com o apoio da igreja católica. O movimento globalista encontra-se incipiente – limitado às utopias (e, em aparente paradoxo, também as distopias);
  2. pós 1717: a Maçonaria especulativa ao adoptar o deísmo perde o apoio e ganha o repúdio oficial da igreja católica. Casualmente (ou não?) o posicionamento deísta irá ao encontro das futuras pautas e estratégias globalistas. As guerras em geral e as religiosas em particular, em meio à intransigência, fomentam o pensamento utópico-político no sentido a um governo sem fronteiras e outras divisões sob o louvável argumento da paz perpétua que possibilitará o desenvolvimento amplo, geral e irrestrito;
  3. o surgimento do RER, lastreado no teísmo cristão, apresenta-se como um contraponto aos demais Ritos; todavia, na sua oposição à Maçonaria a igreja não o reconhece como à parte, diferenciado;
  4. século XXI;
    1. até o pontificado de Francisco;
      1. a igreja permanece em oposição silenciosa à Maçonaria deísta em geral e sem reconhecer as especificidades do RER. As novas tecnologias, assim como as estruturas de poder e as condições materiais aumentam as expectativas de concretização das utopias (distopias) de uma governança global;
    2. início do pontificado de Francisco;
      1. a igreja assume algumas das pautas caras à NOM, o que leva (também por outros motivos) à formação de dissidências no seio da Santa Sé;
      2. a crítica silenciosa até então dirigida à Maçonaria deísta é minimizada provavelmente em razão da identidade de pautas – o que explicaria os sinais de aproximação anteriormente referidos;
      3. assim, a Maçonaria rectificada, que até então se apresentava como um contraponto aos demais Ritos e, senão alinhada, mais próxima à igreja, a rigor (pelos aspectos doutrinários, pois não cabe referir aos políticos e institucionais) passa a formar com a ala mais tradicional e ortodoxa do catolicismo a oposição à igreja de Francisco.

Sob o mote Maçonaria & RER e NOM, embora com objectivos bem definidos, este texto também teve por intuito:

  • trazer as reflexões, da Maçonaria em geral e do RER em particular, de dentro para fora das Lojas, ilustrando como os princípios estudados se relacionam com o dia a dia dos acontecimentos, inclusive no plano da geopolítica internacional;
  • alertar para os riscos que a Maçonaria em geral está submetida devido: primeiro, ao excesso de exposição agora numa nova realidade caracterizada pelas redes sociais cada vez mais alavancadas a partir dos avanços das novas tecnologias de informação e comunicação; em segundo lugar, mas intimamente associado ao primeiro, pelas animosidades que eventualmente poderão surgir (no seio dos contrários e descontentes), tanto pelo desconhecimento geral sobre a Ordem quanto em razão do avanço das pautas da agenda da NOM;
  • alertar para os riscos que se apresentam ao RER em particular: em primeiro lugar pela expansão do islamismo a julgar pelas consequências já identificadas em outros Orientes; em segundo lugar, que dada a sua especificidade hoje enfrenta também a resistência da chamada ala progressista da igreja que marcha conforme os termos da NOM;
  • trazer à evidência que, se há pontos em comum entre o RER e Maçonaria em geral, há também mais do que diferenças, efectivas contradições, o que implica concluir: nem tudo o que é bom para a Ordem é bom para o RER e vice-versa; finalmente, mas não menos importante,
  • chamar a atenção para a necessária coerência do Maçom rectificado frente as pautas em debate no âmbito político local, nacional e mesmo internacional – ou bem somos rectificados, ou não!

Finalmente, só o exercício continuado do pensamento crítico e estratégico prepara os indivíduos e as instituições para o porvir. 

Talvez fosse a hora de criar um instituto think tank dedicado à Ordem e, no que couber, à semelhança da Sociedade Fabiana e do Council Foreign Relations, com menos pompa e circunstância (medalhas, colares, diplomas, ágapes, elogios rasgados, exposição, etc.) e mais trabalho analítico, crítico e prospectivo seguido de projectos e implementações. A propósito, é possível mesmo que ele já exista, mas devido ao maçonismo não é do conhecimento deste autor, e neste caso, toda a realidade e a prospecção delineadas nas linhas anteriores podem já ser parte do grande plano.

Ivan A. Pinheiro, Mestre Maçom dos Quadros da ARLS Mário Juarez de Oliveira, 4.547, GOB-RS; e, da LEP Universum 147, GLMERS. O autor, ao se manifestar, não expressa o ponto de vista das Lojas, Obediências e Potências, mas tão somente exerce a sua liberdade de pensamento e expressão. E-mail: ivan.pinheiro@ufrgs.br. O autor agradece a leitura prévia e as correcções apontadas pelas Irmãos Alexander Varejão (RJ), Cláudio L. F. Amaral (BA) e Cézar Furtado (RS); todavia, reafirma a sua responsabilidade pelos eventuais erros que remanesceram.

Notas

[1] Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/about/. Acesso: 06.12.20.

[2] Entre tantos, por exemplo, vide:

[3] Fonte: https://dicionario.priberam.org/p%C3%B3s-verdade. Acesso em: 07.08.20.

[4] Trinitrotolueno – material que possui um alto potencial explosivo.

[5] Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/11/20/homem-negro-e-espancado-ate-a-morte-em-supermercado-do-grupo-carrefour-em-porto-alegre.ghtml. Acesso: 04.12.20

[6] Em estudo mais actualizado, com o sugestivo título “Ascensão e Queda da Maçonaria no Mundo”, sob os auspícios da BARLS Adayr Figueiredo n0 81 (GLMERGS), o Irmão William A. de Carvalho, em palestra no dia 01.12.2020, apresentou diagnóstico, análises e prognósticos, senão iguais, muito semelhantes aos encontrados nos trabalhos citados. No mesmo sentido, agora em relação à Maçonaria mundial, apontou Olga V. Rueda na palestra sobre o tema “Masonerias?”, apresentada pela plataforma zoom em 05.12.20 sob os auspícios da Logia Bicentenario de Mayo, Oriente de Buenos Aires. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6eQSuVmMVeU&feature=youtu.be.

[7] Claro que há notórios estudiosos e pesquisadores, como revelam as próprias citações neste texto, mas o que ora refiro é ao padrão geral.

[8] Fonte: http://redecolmeia.com.br/2020/11/29/sao-paulo-elege-para-prefeito-e-vice-os-macons-bruno-covas-do-gob-e-ricardo-nunes-da-glesp/. Acesso: 03.12.20.

[9] Fonte: https://www.brasilnoticia.com.br/o-bocao/psd-lanca-grao-mestre-da-maconaria-como-pre-candidato-na-capital/15293. Acesso: 03.12.20.

[10] Fonte: https://istoe.com.br/funcionarias-da-grande-loja-maconica-de-sp-denunciam-assedio-sexual/. Acesso em: 03.12.2020.

[11] Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/05/quadrilha-usa-o-nome-da-maconaria-para-aplicar-golpe-de-r-4-milhoes.html. Acesso: 03.12.2020.

[12] Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2016/03/1749951-maconaria-via-internet-visa-dinheiro-facil-afirma-autoridade-maconica.shtml. Acesso: 03.12.2020.

[13] Conjunto amplo que abrange, inclusive, as tecnologias de transporte, para a mobilidade urbana, entre tantas.

[14] Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/08/huawei-comeca-pesquisas-sobre-internet-6g-a-sucessora-do-5g.ghtml. Acesso em: 03.12.20.

[15] Fonte: https://plataforma.brasilparalelo.com.br/playlists/o-desenvolvimento-historico-do-globalismo/media/5fadbbd50b971000171789dc. Acesso em: 04.12.20.

[16] Destaque no original.

[17] Fonte: https://bibliot3ca.com/constituicao-de-anderson-texto/. Acesso: 06.12.20.

[18] Fonte: http://redecolmeia.com.br/2015/10/11/codigo-landmarks-de-mackey/http://redecolmeia.com.br/2015/10/11/codigo-landmarks-de-mackey/. Acesso: 06.12.20.

[19] Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCfF8hcgJH27JbG_DOcPgH_A. Acesso em: 06.12.20.

[20] Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCNK9Nct7ah2_Qv4V7yCmkCg. Acesso: 06.12.20.

[21] Na França, os mais recentes atentados islâmicos parecem sugerir uma inflexão no sentido das iniciativas das autoridades governamentais.

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