Todas as qualificações do ser divino são qualificações do ser humano.
“Deus é o íntimo que se revela, a manifestação da essência do homem; a religião constitui uma revelação solene dos tesouros escondidos do homem, a confissão pública dos seus segredos de amor. ”
O ser supremo não é senão
“o ser do homem libertado dos limites do indivíduo, dos limites da corporação e da realidade, e objetivado, isto é, contemplado e adorado como outro ser, diferente dele”.
Descartes mantinha a concepção do ser supremo como aquele ser absolutamente perfeito.
Descartes afirmava que, na ideia de Deus, estava compreendida a sua existência.
Ontologicamente:
1. A ideia de Deus é a de uma entidade perfeita
2. É o ser mais perfeito que se pode pensar.
3. Como consequência, sendo uma entidade perfeita existe.
4. Ergo, negar a existência de Deus é uma contradição, então Deus existe.
No entanto, a posição do notável Albert Einstein perante a ideia de ser supremo é uma que eu mais admiro, Einstein expressava:
"Todas as especulações mais refinadas no campo da ciência vêm de um profundo sentimento religioso,
sem esse sentimento ela seria infrutífera".
Numa entrevista concedida em 1927, dizia:
"Tente penetrar com seus recursos limitados
nos segredos da natureza e descobrirá que,
por trás de todas as concatenações discerníveis,
fica algo subtil, intangível e inexplicado.
A veneração dessa força, que está além de tudo
e que podemos compreender,
é a minha religião.
Nessa medida, sou realmente religioso."
Einstein acreditava em uma inteligência superior vindo da observação da harmonia e beleza do universo.
Como disse ao físico Max Born: "Você acredita em um Deus que joga dados e eu em leis e ordem absoluta".
Finalmente, esta expressão conjuga o seu pensamento a este respeito: "A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. Ele é a emoção fundamental que está na origem da verdadeira arte e da verdadeira ciência. Quem não sabe isto e não consegue mais ficar surpreso, já não sabe se maravilhar, está praticamente morto e está vendado. Foi a experiência do mistério misturada com a do medo que gerou a religião.
Saber da existência de algo em que não podemos penetrar, perceber uma razão mais profunda e de mais radiante beleza, esse saber e essa emoção constituem a verdadeira religiosidade".
(Pelo Q:. H:. Mervin Quiñones, Venezuela)
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