Há várias décadas o mundo vive a realidade da globalização, conceito que foi elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração e da interação econômica e política internacionais, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação.
Por ser um fenômeno de caráter mundial, muitos estudiosos preferem utilizar o termo mundialização para fazer a sua descrição.
A maioria dos cientistas sociais e dos historiadores marca o início deste fenômeno no final do século XV e início do século XVI, quando os europeus iniciaram o processo de expansão colonial marítima, chamado de Grandes Navegações.
Foi a partir daí que o Brasil, ocupado pelos portugueses, entrou no rol da mundialidade.
A globalização não é um fenômeno repentino ou já totalmente consolidado, sendo, outrossim, um processo de integração gradativa, que está constantemente se expandindo. É por isso que o mundo moderno passa por um contínuo processo de ebulição.

Diversos estudiosos do fenômeno ainda se utilizam do termo “aldeia global” para se referir à globalização, pois ela não se limita aos planos políticos e econômicos, ocorrendo também no âmbito da cultura, da arte e do modo de se viver.
Por esta razão é que, na atualidade, observa-se uma grande troca de costumes, hábitos e mercadorias ou produtos culturais.
O advento da aviação, da internet e das redes sociais fez com que esse processo se intensificasse ainda mais, e num ritmo cada vez mais crescente.
Sem a globalização dos transportes e do deslocamento de pessoas, num mundo cada vez mais habitado, talvez a própria pandemia da Covid-19 não teria efeitos tão maléficos.
Por outro lado, a concretização de uma guerra, como a que acontece na Ucrânia há mais de 110 dias, com todos os seus malefícios, provoca efeitos globais, acabando por atingir todas as partes do mundo com um forte impacto na sociedade, devido ao deslocamento forçado de milhões de pessoas.
Provoca também um desarranjo na economia com a desregulamentação de diversos de seus setores, especialmente o comercial, e mexe ainda com a estrutura política, devido aos acordos que se rompem ou que se renovam.
A guerra, seja de que espécie for, na maioria das vezes engendrada por ditadores populistas, é um mal que atenta contra a paz, contra a vida do ser humano e contra a estabilidade do mundo.
Porém, não nos esqueçamos que, além da Ucrânia, a guerra acontece em muitos outros lugares do mundo, sem o destaque ou sem o conhecimento que uma guerra na Europa provoca.
Comentários
Postar um comentário