ELEMENTOS DO 33° GRAU

O Grau 33 na maçonaria é amplamente reconhecido como o pináculo da carreira maçônica, simbolizando não apenas o mais alto nível de conhecimento ... também um profundo compromisso com os princípios éticos e filosóficos da Maçonaria


Este grau é conferido a poucos, aqueles que demonstram uma dedicação exemplar à fraternidade e ao serviço. 

Ao longo deste texto, exploraremos detalhadamente a história e a origem do Grau 33, seu significado e simbolismo, o complexo processo de elevação, as responsabilidades que acompanham este nível, as controvérsias que o cercam e o impacto duradouro das maçons de Grau 33 na sociedade e na própria Maçonaria. 

O Grau 33 tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a evolução da Maçonaria no século XVIII, período em que uma estrutura hierárquica dos ritos maçônicos começou a se consolidar. 

A necessidade de criar uma ordem superior que pudesse unificar e supervisionar os diversos graus existentes levou à concepção do Grau 33, inicialmente instituída na França em 1801.


JOIA 


A Águia é representada com as asas abertas, segurando uma espada horizontal em suas garras, cujo punho está virado para a direita. Da espada pendurada uma fita com o lema "Deus meumque jus".

ÁGUIA DE DUAS CABEÇAS

A águia de duas cabeças simboliza a SABEDORIA, com uma cabeça representando o PROGRESSO e a outra a ORDEM. Diz-se também que uma de suas cabeças olha para o infinito do passado e a outra para o infinito do futuro, mostrando assim que o presente é apenas uma tênue linha de contato entre duas eternidades.

ASAS ABERTAS

As asas abertas representam a prontidão dos maçons escoceses em empreender a busca constante pela VERDADE, o conhecimento do qual a humanidade tanto necessita.

ESPADA

Representa PODER e HONRA, os atributos naturais que os Soberanos Grandes Inspetores Gerais da Ordem devem manter em sua luta pela redenção humana. Nesse sentido, diz-se que um Grande Inspetor jamais deve desembainhar sua espada sem um bom motivo e jamais embainhá-la sem honra.

DEUS MEUMQUE JUS

Significando "Deus e minha moral" ou "Deus e meu direito", indica que o homem deve desfrutar de todos os seus direitos, como ser humano, em sua plenitude, sem quaisquer restrições.


Grau 33 – Soberano Grande Inspector Geral (REAA)


Avental do Grau 33 - Soberano Grande Inspector Geral (REAA)
Avental do Grau 33 – Soberano Grande Inspector Geral (REAA)

O Grau 33 é o último Grau da escalada hierárquica do Rito Escocês Antigo e Aceito. É um Grau Administrativo e no seu ensinamento não contempla nenhuma lenda, tratando-se mais de uma espécie de coroação final do caminho percorrido anteriormente. É uma forma de se graduar no Rito.

Foi no dia 31 de Maio de 1801 que Morim iniciou e investiu a sete Soberanos Grandes Inspectores Gerais, criando em seguida, na Carolina do Sul, em Charleston, o Supremo Conselho Mater do Mundo.

A rigor não se concede o Grau 33, conforme se faz nos demais Graus do Rito, mas, sim, investe-se o candidato no Grau 33, investidura esta que se processa em Sessão Solene do Supremo Conselho, presidida pelo Soberano Grande Comendador.

Visão Panorâmica da Iniciação ao Grau 33

A Investidura no Grau 33 dá-se em Sessão Formal e Solene do Supremo Conselho, presidida pelo Soberano Grande Comendador. O candidato entra no Templo descalço, e com uma tocha acesa na mão direita, conduzido pelo Grande Mestre-de-Cerimónias, mediante uma corda que lhe é amarrada ao pescoço.

Faz giros entre o Altar dos Perfumes e o Trono e mergulha as mãos no mercúrio.

Sempre que passa frente ao Trono faz uma parada onde lhe são transmitidas mensagens pelo Soberano Grande Comendador.

Em seguida presta o seu Solene Juramento e beija três vezes o Livro da Lei e a Espada, sendo consagrado e revestido, ou melhor, investido do Grau 33, recebendo das mãos do Soberano Grande Comendador a Faixa, a Jóia e a Fé.

Decoração do Templo do Supremo Conselho

E decorado em púrpura, com esqueletos e ossos pintados ou bordados em prata. A Loja chama-se Conselho Supremo e o Presidente representa Frederico II, da Prússia.

O Oriente fica a cinco degraus de altura, onde está o Trono do Soberano Grande Comendador, que está sob um Dossel também púrpura e engalanado de ouro. 

Sob o Dossel destaca-se uma estrela de nove pontas formada pelo arranjo de três triângulos durados entrelaçados, decalcada sobre um transparente. 

Nas pontas da estrela encontramos as letras que formam a palavra latina Sapientia e no seu centro está inscrito o tetragrama hebraico Iod He Vau He.

Em frente ao Dossel há uma águia bicéfala da cor dourada que segura nas suas garras uma espada, na qual existe uma faixa onde se lê a expressão latina Deus Meumque Jus, cuja tradução é: “Deus e o meu direito”.

Sobre as cabeças da águia há uma coroa dourada e um triângulo radiante com a letra hebraica Iod no seu centro.

Ladeando o Trono estão 32 (trinta e dois) estandartes representativos dos 32 Graus que precedem o Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, nas cores de cada um deles.

À frente do Trono encontra-se um Altar Triangular forrado de carmim.

O Trono do Lugar-Tenente Comendador encontra-se no Ocidente sob um Dossel de púrpura bordado em ouro. Na frente há o desenho de uma fénix, renascendo do fogo, e sobre as chamas estão inscritas as letras INRI. 

Em baixo há uma faixa branca com a expressão latina Ordo Ab Chao, que significa: “A Ordem Saída do Caos”.

Ainda defronte do Trono do Lugar-Tenente Comendador há também um Altar revestido de púrpura, que porta o Livro da Lei e sobre este uma Espada atravessada. O Livro da Lei encontra-se aberto no Evangelho de São João. O Lugar-Tenente Comendador representa Felipe de Orleans.

À direita do Altar há a figura representativa de um esqueleto que segura na mão direita o estandarte do Supremo Conselho e na mão esquerda um punhal em posição de ataque. Do lado oposto encontra-se o Altar dos Perfumes e ao seu lado um recipiente com mercúrio, onde os candidatos mergulharão as mãos durante a Iniciação.

O Templo é iluminado por 11 luzes. Cinco no Oriente, três no Ocidente, duas no Sul e uma no Norte.

(Autor desconhecido)

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