Para o Iniciado o ato de invocar não é uma súplica a potências externas, mas um ato consciente de alinhamento entre o microcosmo (o ser humano) e o macrocosmo (as esferas celestes e as potências divinas).
O iniciado sabe que sua vontade não deve ser governada pelo desejo pessoal nem pela necessidade, mas pela Vontade Superior, rectificada através do trabalho interno, do conhecimento das correspondências e do domínio dos símbolos sagrados.
Invocar, então, mais do que pedir algo que falta, é restabelecer a ordem sagrada entre os planos do ser.
Através da linguagem ritual, nomes divinos e gestos consagrados, o iniciado estabelece uma ressonância entre sua consciência e os arquétipos superiores que estruturam a realidade.
Não se trata de atrair favores celestiais, mas sim de fazer com que as inteligências-energias superiores respondam a uma vontade que foi purificada e harmonizada com o Logos.
Na prática teúrgica, esta invocação é um ato de criação e reintegração.
O verdadeiro mágico não busca alterar a ordem do cosmos, mas sim colocar-se no seu centro, para a partir daí agir como ponte entre o visível e o invisível.
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