Ao adentrar os graus filosóficos, o Iniciado compreende que a Maçonaria não é apenas um conjunto de ritos e símbolos, mas um vasto templo de sabedoria que se ergue no íntimo de cada Irmão.
Aqui, o trabalho se faz mais sutil, pois já não basta lapidar a pedra bruta: é preciso esculpir o espírito com as ferramentas invisíveis do discernimento, do silêncio e da contemplação.
Cada grau filosófico é uma estação de passagem, um portal que se abre para verdades mais profundas.
O Maçom aprende que a Luz não é um clarão que se impõe de fora, mas uma chama que arde de dentro. Por isso, deve guardar vigilância constante sobre seus pensamentos, suas palavras e suas ações, pois tudo se reflete no Templo interior.
Na jornada filosófica, descobre-se que os mistérios não são segredos trancados por chaves de ferro, mas enigmas que se desvelam à medida que se cultiva o autoconhecimento.
Assim, o esquadro e o compasso, o nível e o prumo, deixam de ser apenas emblemas para se tornarem guias vivos de uma moral que se alicerça na prática da virtude.
O Maçom filosófico, ao meditar sobre a origem e o destino do homem, reconhece sua responsabilidade como co-criador de sua própria Obra.
Ele compreende que é na Fraternidade que se partilha a Luz, e que, por mais elevada que seja sua ascensão, jamais deve abandonar o chão comum onde estende a mão ao Irmão.
Os graus filosóficos não são coroas de glória, mas coroas de serviço.
O verdadeiro Mestre é aquele que serve em silêncio, que sustenta colunas invisíveis e fortalece os alicerces da Ordem com sua conduta reta e seu exemplo vivo.
Assim, passo a passo, grau a grau, o Iniciado percebe que a busca pela Verdade é infinita como o céu estrelado que nos cobre.
E quando enfim se detém para olhar atrás de si, vê que o maior segredo da Maçonaria é o que cada um constrói no templo do coração:
uma alma livre, justa e luminosa!
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