Objetivo
Refletir sobre o sentido iniciático da Maçonaria à luz dos seus dois padroeiros.
Destinatários
Aprendizes, Companheiros e Mestres.
Em nossa Sublime Ordem, nada é por acaso.
Os símbolos que nos rodeiam, os nomes que repetimos, as datas que celebramos... tudo aponta para algo maior.
E entre esses sinais, dois nomes sempre nos acompanham: São João Batista e São João Evangelista.
Não por tradição apenas, mas por ensinamento oculto e precioso.
Hoje, refletiremos sobre o que esses dois nomes significam para nossa jornada iniciática.
João Batista: o Início da Jornada.
João Batista é o padroeiro do solstício de verão, quando o sol está no ponto mais alto e começa, então, a declinar. Ele nos ensina o caminho do arrependimento, da retidão e da verdadeira moral.
É aquele que grita no deserto: "Endireitai o caminho!" — como um alerta a cada um de nós, para não adormecermos em nossas vaidades.
Na Ordem, ele representa o primeiro passo do iniciado: reconhecer suas imperfeições e aceitar o trabalho de lapidar sua pedra bruta. Sua vida simples, austera e dedicada nos lembra que sem disciplina e ética, nenhum conhecimento verdadeiro floresce.
"Se não nos limpamos por dentro, de nada serve ostentar símbolos por fora."
João Evangelista: o Fim da Jornada.
João Evangelista é celebrado no solstício de inverno, quando a luz parece escassa, mas começa lentamente a retornar. Ele é o discípulo do amor, da visão profunda e da revelação.
Foi ele quem ouviu o coração do Mestre e registrou palavras como: "No princípio era o Verbo."
Palavras que nos falam da origem de tudo, da Luz Verdadeira que brilha nas trevas.
Na Ordem, João Evangelista representa o homem que, após muito trabalho, alcança o entendimento, o silêncio interior, a verdadeira sabedoria.
Ele não fala por vaidade.
Ele revela aquilo que só os puros de coração podem ver.
"Não basta carregar a Luz.
É preciso tornar-se Luz."
Do Princípio ao Fim: O Caminho do Justo
Entre João Batista e João Evangelista está toda a nossa caminhada.
Um nos prepara para começar.
O outro nos inspira a concluir.
E é importante lembrar:
Nem todo aquele que entra como pedra bruta termina como pedra polida.
A Ordem, oferece o caminho, mas cada um deve trilhar com esforço, coragem e verdade.
Se não combatermos nossos vícios, eles nos vencem.
Se não buscarmos a Luz, a escuridão nos toma.
Por isso, o exemplo dos dois Joões é um lembrete:
O homem que se mantém fiel à virtude, lapida-se;
o que se desvia, se perde nos próprios enganos.
Conclusão:
Um Templo entre Solstícios.
A Ordem simbólica está entre os dois solstícios.
Entre a chama que purifica e a luz que ilumina.
João Batista e João Evangelista não são apenas santos. São símbolos vivos do que devemos ser.
Que sejamos firmes
como João Batista na moral.
E profundos
como João Evangelista no espírito.
Ambos estão ali, guardando os portais do nosso Templo, para lembrar que a jornada só vale a pena se ao fim dela formos homens melhores.
(Andros)
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