A ARTE DE VENCER NO LIMITE...

 

O Espaço de Manobra

Na lida simbólica que travamos em nossas vidas e oficinas, compartilho convosco uma reflexão inspirada nas palavras do Sábio Sêneca:
“Aprende a pensar em meio às dificuldades, tempos difíceis podem ser suavizados, grandes apertos distendidos e fardos pesados tornados mais leves para aqueles que podem aplicar a pressão correta.”

Vivemos dias em que os desafios nos testam de forma constante, no lar, no templo, no trabalho, no íntimo de nossa alma.

Quantas vezes, cercados pelas sombras da dúvida e pelos limites do possível, sentimos que não há mais saída?
E no entanto… há.
Há sempre mais margem de manobra do que supomos.
Há sempre um centímetro de chão onde firmar os pés.

Um último recurso a ser explorado.
Um símbolo a ser redescoberto.

Recordemos de momentos em nossas vidas profanas em que tudo parecia perdido, mas com uma dose de esforço, alguma inspiração súbita, ou mesmo fé silenciosa em nós mesmos, conseguimos virar o jogo, conquistar a prova, encontrar a Luz onde só víamos trevas.
Essa é a centelha que não deve jamais
se apagar no coração de um Maçom.
É justamente nos tempos difíceis que a forja do espírito se aquece.
Não nos moldamos na calmaria, mas no atrito.

É na adversidade que lapidamos a Pedra Bruta com maior precisão.
Não é assim no Rito?
Não é assim nos trabalhos do Templo?
Não é isso que aprendemos ao empunhar o malho
e o cinzel simbólicos?
O derrotismo, Irmãos, é uma armadilha para os incautos.
A rendição sem combate é indignidade.
A derrota só se consuma quando o espírito já desistiu, e isso, em nós, não pode acontecer.
Marco Aurélio, Imperador e Filósofo, nos deixou
uma lição preciosa:
“Se for humanamente possível, você pode fazê-lo.”
E nós, Maçons, somos antes de tudo Homens em Caminho, seres humanos buscando se tornar melhores, mais fortes, mais sábios, não para vencer os outros, mas para vencer a si mesmos.
Que essa reflexão sirva como lembrete:
Quando tudo parecer sem saída, olhe melhor.
Quando todos disserem que é impossível, busque no íntimo a resposta.
E quando o Fardo pesar demais, lembre-se:
Não se trata de fugir da dificuldade, mas de aplicar a pressão correta.
Há sempre uma saída!

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