A Iniciação Maçônica é uma metamorfose do ser humano. (ALCOSERI)

 

Nos profundos recantos da psique coletiva humana, onde o cotidiano roça o extraordinário, a iniciação maçônica ergue-se como uma metamorfose profunda, um oásis no meio do caótico mundo profano, uma transmutação alquímica que refaz para melhor a própria essência de uma pessoa.



Não é um simples ritual nem um marco passageiro; é a faísca que acende um novo começo, como cair na toca do coelho branco em direção a um mundo onde nada é o que parece.

Como Alice exclamou em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, "Mais curioso e curioso! ", capturando essa mistura de espanto e desorientação ao entrar no desconhecido.

Iniciar na Maçonaria, na verdade, é recomeçar, renascer espiritualmente, como Jesus disse: "Se não nascessem de novo, não entrariam no Reino de Deus" e muitos maçons garantem que a iniciação na Maçonaria é nascer de novo.

Aqui, o Reino não é apenas um paraíso distante; simboliza o estado iluminado da iniciação, onde a alma desperta da sua letargia.

Imagine um jovem buscador, como Alice perseguindo o Coelho Branco, tropeçando nessa jornada transformadora.

Nossos pais biológicos nos guiam nos primeiros anos, nutrindo nosso corpo até que desejamos independência, abrindo caminho pelos caminhos emaranhados da vida.

Mas a verdadeira liberdade exige mais: um renascimento espiritual, facilitado por um pai da alma, muito mais crucial do que qualquer tutor terreno.

Este mentor espiritual, parecido com a Lagarta que pergunta a Alice "Quem é você? ", nos obriga a enfrentar o nosso eu mais profundo.

Na mecânica quântica, isso reflete o princípio da incerteza: não podemos conhecer com precisão nossa posição e nosso impulso na vida; a iniciação provoca um salto quântico, colapsando possibilidades em uma nova realidade onde o ser se redefine.

Este conhecimento não é filosofia abstrata; é uma autognose visceral que desvende os fios da existência.

Qual é a verdadeira natureza do mundo?
Por que essa era de caos e mudança?
O que espreita por trás do véu da morte?

A iniciação desvende esses mistérios, decifrando símbolos e chaves como um quebra-cabeça enigmático nos julgamentos absurdos do descrito País das Maravilhas.

Mas aqui está a reviravolta que te pega: nem todo mundo encontra esse caminho.

Todos nós carregamos uma semente adormecida dentro de si, um potencial de transcendência, mas sem um cultivador, um jardineiro do espírito, murcha no chão da rotina. Imagine um jardim esquecido, coberto de ervas e silêncio, onde as sementes jazem sem regar.

A maioria vagueia pela vida assim, com seu potencial não realizado, porque encontrar um verdadeiro padrinho espiritual é tão raro quanto tropeçar no campo de croquete da Rainha de Copas sem convite.

Nas tradições veladas da maçonaria, esta linhagem vibra com uma autoridade ancestral, emanando de um Polo espiritual eterno, um farol vivo em cada era.

Assim, só aqueles que estão sintonizados com esta fonte podem transmitir a faísca, tornando-se mestres que, segundo o seu destino, poderiam ou não passar.

Não se trata de instituições grandiosas nem de espetáculos públicos; esses pertencem ao mundo exotérico, às ondas superficiais.

A verdadeira iniciação floresce nas profundezas esotéricas, como o enigma do Chapeleiro Louco:
"Por que um corvo é como uma secretária? "
—uma pergunta aparentemente absurda que força a mente a se dobrar, revelando conexões ocultas.

Reforçando isso, a mecânica quântica oferece um paralelo: o entrelaçamento quântico liga o mestre e o discípulo como partículas entrelaçadas, influenciando-se instantaneamente através do véu da separação, seus destinos entrelaçados em uma dança de iluminação compartilhada.

Cuidado com as ilusões.

Líderes religiosos públicos, com seus sermões e cerimônias, muitas vezes colidem com essa estrada interior, confundindo o mapa com o território.

Um mestre poderia usar uma máscara pública, guiando as massas, enquanto guarda uma hierarquia espiritual privada, talvez no profundo Irfan do sufismo, onde a sabedoria flui como um rio invisível.

A iniciação não é um sacramento produzido em massa; é uma obra-prima única, criada pessoalmente pelo mentor para o discípulo, como um artista molda barro em forma.

Toda alma se torna uma tela oferecida ao divino, aprovada em um momento de sublime reconhecimento.

E que momento!

Como Alice encolhendo e crescendo em um piscar de olhos, a iniciação catapulta da escuridão para a luz ofuscante - um colapso de sobreposição quântica onde o mundano e o metafísico já não coexistem, mas sim se fundem em unidade.

Isto não está ligado a rituais mortais nem a ordens terrenas; é além, intemporal, sobrenatural.

Até a maçonaria, com seus métodos profundos, é apenas um portal, um meio para se aproximar do inefável, não o fim em si mesmo.

O mestre maçom não é um guru semidivino, mas um mortal que vislumbrou o horizonte e aponta o caminho, sem saber se o aspirante chegará ao topo ou permanecerá nos vales.

Esqueça as noções ocidentais de votos monásticos ou doutrinas eclesiásticas; elas são tão inadequadas quanto aplicar geometria euclidiana às paisagens deformadas do país das maravilhas de Alice.

Na verdade, um outsider não iniciado, livre de teologias rígidas, poderia apanhá-lo mais cedo, deslizando pelo buraco da fechadura como Alice após sua poção "Bebe-me".

O que realmente cativa, arrastando-te inexoravelmente para a frente, é a mudança radical: o velho eu se dissolve, dando lugar ao "novo homem" que Jesus imaginou.

Os profetas encarnaram isto - a Baraka de Maomé, uma bênção viva, perdura não como relíquia histórica, mas como uma força vibrante, transmitida através de cadeias de iniciados.

É real, palpável, como a dualidade onda-partícula: o iniciado existe em estados corpóreo e etéreo, navegando em realidades invisíveis.

E agora, entre no coração da maçonaria - não é um simples clube de segredos, mas um labirinto acadêmico - esotérico que refaz sua visão do mundo, desafiando você a olhar através de prismas de simbolismo.

Esquadrão e compasso?
Encarnam o equilíbrio, o material confrontado com o arco espiritual, como campos quânticos harmonizando partículas.

Como Aprendiz, esculpe sua pedra bruta, polindo imperfeições em provas que lembram os encontros de Alice com a Duquesa ou a Tartaruga Falsa — absurdos mas esclarecedores.

Ascende a Companheiro, e as artes liberais se desdobram: a geometria não é apenas linhas e ângulos, mas o plano do cosmos, revelando ordem no aparente caos.

Mas o pico é o grau de mestre, enfrentando a morte e a ressurreição, um simbolismo que ressuscita a alma, fazendo você meditar sobre seu legado eterno.

Ecos antigos ressoam — dos mistérios egípcios às harmonias pitagóricas — entrelaçados em rituais que sussurram enigmas que só os persistentes decifram.

O que te atrai?

O charme dos símbolos, o ritmo dos rituais ou a sua pegada sombria na tapeçaria da história?

Ao passar este comunicado maçônico em sua mente, entenda: a iniciação não é um fim, mas um começo eterno, que te chama a perguntar, como Alice no final do julgamento, "Vocês não são mais que um baralho de cartas! "—despeitando ilusões pela verdade profunda que espera.

Vai perseguir o coelho
ou vai ficar no comum?

A escolha, caro leitor, é sua, mas uma vez começada, esta jornada não o soltará...

Alcoseri

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