AS 12 COLUNAS DO TEMPLO MAÇÔNICO

 

Na Maçonaria Simbólica, quando se fala das “12 colunas” do Templo, não se faz referência a elementos arquitetônicos materiais, mas a princípios universais e forças espirituais que sustentam o edifício interior do Iniciado.

Essas colunas representam uma ordem invisível que mantém a harmonia entre o microcosmo do ser humano e o macrocosmo do universo, sendo, simultaneamente, fundamentos de sabedoria e canais de energia.

BASE SIMBÓLICA

O templo maçônico é reflexo

do cosmos e do homem.

As 12 colunas constituem um cinto de equilíbrio que rodeia o espaço sagrado, assim como as 12 constelações circundam a eclíptica celeste.

Cada coluna é um princípio inicático que o maçom deve reconhecer, despertar e harmonizar em si mesmo.

Desta forma, ergue-se um “Templo vivo” na aura do iniciado, onde as forças zodíacais, tribais e cabalísticas se integram em unidade.

Correspondência com a Cabala.

O Sefer Yetzirá ensina

que eles existem:

3 letras mães (princípios universais)

7 letras duplas (poderes planetários)

12 letras simples (vias zodíacas e tribais)

As 12 letras simples estão ligadas a:

Os 12 caminhos que ligam os Sefirot na Árvore da Vida.

Os 12 meses do calendário hebraico

Os 12 signos do Zodíaco.

As 12 Tribos de Israel

Assim, o simbolismo maçônico e cabalístico se entrelaçam na mesma geometria espiritual.

As 12 Colunas e suas correspondências

Na Maçonaria, cada coluna representa um princípio espiritual que se liga à tradição cabalística, às tribos de Israel, aos signos do Zodíaco e aos meses hebreus.

A primeira coluna, com a letra ה (He), corresponde à tribo de Gad, ao signo de Áries, ao mês de Nisan e ao caminho entre Netzaj Hod.

A segunda, com a letra ו (Vav), está associada a Isajar, Touro, Iyar e a ligação Jojmá Jesed.

A terceira, ז (Zain), liga Zabulon, Gêmeos, Sivan e o trilho Biná Tiferet.

A quarta, ח (Jet), corresponde a Ruben, Câncer, Tamuz e Biná Guevurá.

A quinta, ט (Tet), liga Simeon, Leo, Av, e o caminho Jesed Guevurá.

A sexta, י (Yod) está ligada a Efraim, Virgem, Elul e a rota Tiferet Yesod.

A sétima, ל (Lámed), representa Manassés, Libra, Tishrí e a união Guevurá Hod.

A oitava, נ (Nun), está associada a Benjamin, Escorpião, Jeshván e o trilho Netzaj Yesod.

A nona, ס (Samej), conecta Dan, Sagitário, Kislev e o caminho Jesed Netzaj.

A décima, ע (Ayin), corresponde a Aser, Capricórnio, Tevet e Tiferet Hod.

A décima primeira, צ (Tzadi), se liga a Neftali, Aquário, Shevat e o trilho Yesod Hod.

A décima segunda coluna, ק (Qof), representa Judá, Peixes, Adar e a conexão Netzaj Malkut.

Sentido Iniciático

As 12 colunas não são meros suportes, mas canais de energia espiritual.

Cada uma simboliza uma qualidade inicática que o Maçom deve cultivar no seu caminho para a Luz.

Sua disposição circular evoca o Zodíaco, enquanto suas conexões verticais refletem os caminhos da Árvore da Vida.

Trabalhar conscientemente com essas 12 forças é ativar um templo interior, onde as energias cósmicas, tribais e cabalísticas se integram no trabalho espiritual do Iniciado.

(Por Carlos L. Sánchez)