O avental branco é a primeira coisa que o aprendiz recebe quando é iniciado.
No entanto, quando chegamos ao terceiro ano, o avental do Mestre Maçom se transforma.
Agora é branco com ribetes em vermelho, bordado com alguns símbolos, ou até mesmo com a letra “G” no centro da baveta.
Este avental é um símbolo de aperfeiçoamento interior e, ao mesmo tempo, uma manifestação do domínio adquirido sobre si mesmo.
Representa o trabalho. Mas já não se trata do trabalho físico do aprendiz nem do trabalho disciplinado do colega; o trabalho do professor é espiritual, moral e simbólico.
O avental,
como explica Wilmshurst (1922),
é “o emblema visível de uma alma
que aprendeu a sublimar suas paixões”.
Além disso, sua forma retangular, com uma lapela ou baveta triangular, reflete o encontro entre o mundo material (quadrado) e o mundo espiritual (triângulo), uma fusão que só o Mestre é capacitado para integrar e meditar.
A banda, por sua vez, é levada do ombro direito para o lado esquerdo, embora possa haver ligeiras variações de acordo com a obediência ou o rito, no Rito Escocês Antigo e Aceito, bem como na maioria dos ritos praticados na América e na Europa continental, a banda do Mestre foi carrega acima do avental e simboliza o caminho percorrido pelo maçom em sua ascensão inicial.
Também evoca a fita que os antigos chefes de sindicato ou arquitetos principais usavam, o que sugere autoridade, mas não uma autoridade de domínio, mas de responsabilidade.
Como afirma Albert Pike (1871), “os distintivos maçônicos são lembretes constantes das obrigações que livremente assumimos. Nenhuma banda é mais pesada do que aquela que se dedicou a guiar os outros” (p. 191).
Representa a passagem do dualismo
do aprendiz para
o equilíbrio do mestre.
Ao longo dela podem ser vistos emblemas que refletem as virtudes cardeais, as ferramentas do ofício, ou os símbolos da morte e ressurreição do Mestre Hiram.
Assim, a banda se torna um eixo vertical de transmissão e memória.
Ambos formam uma espécie de vestidura alquímica, que envolve o maçom em seu duplo trabalho: a construção de si mesmo e o serviço à humanidade.
Como escreveu René Guénon (2001), “os ornamentos simbólicos não só representam qualidades, mas ajudam a despertar na alma do iniciado aquilo que eles representam”.
Carregar estes elementos na loja não é um privilégio, mas um apelo constante à coerência interior.
Não são objetos inertes.
São símbolos vivos,
que exigem vigilância, trabalho contínuo
e aspiração constante à luz.
Eles nos lembram que, embora tenhamos recebido o título de Mestre, o verdadeiro Mestrado é um caminho que está apenas começando... e que culmina, não com os aplausos externos, mas com o respeito e admiração de todo o povo maçônico.
O Símbolo Material e Espiritual
ResponderExcluirAvental – É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria, constituindo, praticamente, a parte principal do traje maçônico.
Relembrando as origens operativas da Instituição maçônica, sendo ele o único signo externo do período operativo.
A verdadeira insígnia do Maçom.
É de cor branca, de pele de carneiro ou tecido que a substitua, quadrangular, com 35 cm de altura e 40
cm de largura, com abeta triangular, preso à cintura por um cordão ou fita da cor da orla.
Porque essa cordinha que serve para fixar o avental, tem mais um objetivo muito
importante, noutros planos, além do plano material.
Ela serve como elemento de retenção da força, da energia que é captada por nós nessa corrente que formamos, captada de forma especial quando erguemos nossa mão para o alto.
Tem as seguintes características: todo branco, para o Apr.’. e Comp.’., e branco, orlado de fita de seda chamalotada azul-celeste de 5 cm de largura, com três rosetas dispostas em triângulo, para o M.’. M.’.. No Gr.’. de Apr.’., a abeta se conservará sempre
levantada.
O Avental dos VVig.’. é o Avental de M.’., sendo que, por baixo da abeta, descem dois
pendentes de fita da mesma cor da orla, cujas extremidades são ornamentadas com franjas
prateadas. No do V.’. M.’., as rosetas são substituídas por três “Taus” invertidos, de metal branco.
Os Ex-VVen.’. terão o mesmo Avental do Ven.’., só que os “Taus” estarão recobertos por tecido
idêntico ao da orla.
Entre todos os símbolos com que nos deparamos em Loja, nessa infinidade de símbolos
que devemos interpretar, entender e aplicar, nós notamos que o Avental se destaca entre os demais,
pois está sempre junto de nós significando que o Maçom deve estar constantemente trabalhando em
prol da humanidade.
O Avental é de tal forma importante dentro do simbolismo da Maçonaria, que nós
sabemos que muita coisa pode ser mudada em Loja – desde alguns objetos, até o próprio ritual pode
ser ligeiramente modificado numa determinada sessão.
Mas o Avental não muda.
Não se pode entrar em Loja sem ele vestido.
Da mesma forma, só se pode tirar o Avental após encerrada a sessão, e fora do recinto de trabalho.
Por aí, sente-se a importância do símbolo.