Diante do, ainda que tardio, despertar da população brasileira, fazendo ecoar seus protestos contra os diversos escândalos de corrupção, cansada de ver nossa pátria mãe ser tão subtraída em tenebrosas transações, nos mais variados segmentos da sociedade, achamos por bem, ao mesmo tempo em que elucidar sobre o porquê da homenagem ao Dia do Maçom, convidar nossos leitores a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade como um Iniciado em nossa Ordem.
Abaixo, transcrevemos, em ortografia atual, o famoso e eloquente discurso do Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, o verdadeiro artífice da Independência do Brasil, proferido na 14ª Sessão – Assembleia do GOB, no 20° dia do 6° mês, quando, na oportunidade, como Primeiro Grande Vigilante, exerceu mais uma vez o Grão-Mestrado no impedimento do, então, Grão-Mestre José Bonifácio.
“SENHOR!
A natureza, a razão e a humanidade, esse feixe indissolúvel e sagrado, que nenhuma força humana pode quebrar, gravaram, no coração do homem, uma propensão irresistível para, por todos os meios e com todas as forças em todas as épocas e em todos os lugares, buscarem ou melhorarem o seu bem-estar.
Este princípio tão santo como a sua origem, e de centuplicada força, quando aplicado às nações, era de sobra para o Brasil, essa porção preciosa do globo habitado, não aceder à inerte expectação de sua futura sorte, tal qual fosse decretada longe de seus lugares e no meio de uma potência (Portugal), que deveria reconhecer inimiga de sua glória, zelosa de sua grandeza, e que bastante deixava ver, pelo seu Manifesto às nações, que queria firmar a sua ressurreição política sobre a morte do nascente Império Luso-Brasileiro, pois baseava as razões de sua decadência sobre a elevação gloriosa desse filho da América – o Brasil.
Se, a esta tão óbvia e justa consideração, quisesse juntar a sua dolorosa experiência de trezentos e oito anos, em que o Brasil só existira para Portugal, para pagar tributos, que motivos não encontraria na cadeia tenebrosa de seus males, para chamar a atenção e vigilância de todos os seus filhos a usar da soberania, que lhe compete, e dos mesmos direitos, de que usara Portugal, e por si mesmo tratar de sua existência e representação política, da sua prosperidade e da sua constituição?
Sim, o Brasil podia dizer a Portugal:
“Desde que o sol abriu o seu túmulo e dele me fez saltar, para apresentar-se ao ditoso Cabral a minha fertilidade, a minha riqueza, a minha prosperidade, tudo te sacrifiquei, tudo te dei, e tu que me deste?
Escravidão e só escravidão.
Cavavam o seio das montanhas, penetravam o centro do meu solo, para te mandarem o ouro, com que pagavas às nações estrangeiras a tua conservação, e as obras, com que decoras a tua majestosa capital; e tu, quando a sôfrega ambição devorou os tesouros, que, sob mão, achavam-se nos meus terrenos, quiseste impor-me o mais odioso dos tributos, a “capitação”.
Mudavam o curso dos meus caudalosos rios, para arrancarem de seus leitos os diamantes que brilham na coroa do monarca; despiam as minhas florestas, para enriquecerem a tua grandeza, que, todavia, deixava cair das enfraquecidas mãos …
E tu que deste?
Opressão e vilipêndio!
Mandavas queimar os filatórios e teares, onde minha nascente indústria beneficiava o algodão, para vestir os meus filhos; negavas-me a luz das ciências, para que não pudesse conhecer os meus direitos nem figurar entre os povos cultos; acanhavas a minha indústria, para me conservares na mais triste dependência da tua; desejavas, até, diminuir as fontes da minha natural grandeza e não querias que eu conhecesse o Universo, senão o pequeno terreno, que tu ocupas.
Agora, é tempo de reempossar-me de minha Liberdade; basta de oferecer-me em sacrifício às tuas interessadas vistas. Assaz te conheci, demasiado te servi… – os povos não são propriedade de ninguém.
Talvez, o Congresso de Lisboa, no devaneio de sua fúria (e será uma nova inconsequência), dê o nome rebelião ao passo heroico das províncias do Brasil à reassunção de sua soberania desprezada; mas, se o fizer, deverá, primeiro, declarar rebelde a Razão, que prescreve aos homens não se deixarem esmagar pelos outros homens, deverá declarar rebelde a Natureza, que ensinou aos filhos a se separarem dos seus pais, quando tocam a época de sua virilidade; é mister declarar rebelde a Justiça, que não autoriza usurpação, nem perfídias; é mister declarar rebelde o próprio Portugal, que encetou a marcha de sua monarquia, separando-se de Castela; é mister declarar-se rebelde a si mesmo (esse Congresso), porque, se a força irresistível das coisas prometia a futura desunião dos dois Reinos, os seus procedimentos aceleraram essa época, sem dúvida fatal para outra parte da nação que se queira engrandecer.
O Brasil, elevado à categoria de Reino, reconhecido por todas as potências e com todas as formalidades, que fazem o direito público na Europa, tem inquestionavelmente jus de reempossar-se da porção de soberania que lhe compete, porque o estabelecimento da ordem constitucional é negócio privativo de cada povo.
A América deve pertencer à América, e Europa a Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas o espaço imenso que as separa.
O momento, para estabelecer-se um perdurável sistema e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este…
O Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, sem forças para defendê-lo e, ainda, para conquistá-lo. As nações do Universo têm os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti, Príncipe!
Cumpre aparecer entre elas como rebeldes, ou como homens livres e dignos de o ser. Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres?
Cabe salientar que as datas, em que foram realizadas as Sessões do GOB, em seus primórdios, vêm criando inúmeras confusões graças à falsa interpretação do Barão do Rio Branco, em notas de “História da Independência do Brasil”, de Varnhagen, copiando Manoel Joaquim de Menezes, em um erro largamente divulgado, através de diversos compiladores, o que gerou inúmeras controvérsias, inclusive, sobre a data de fundação do GOB, devido à confusão do calendário, utilizado na época: o hebraico (iniciado em 21 de março), utilizado pelo Rito Adonhiramita, ou o antigo romano (iniciado em 1º de março), utilizado pelo Rito Moderno.
Enfim, essa situação poderá ser bem elucidada através do livro “História do Grande Oriente do Brasil – A Maçonaria na História do Brasil”, de autoria do historiador maçônico José Castellani, editado pelo próprio GOB. Castellani se baseou em documentação do GOB, que poderá ser acessada na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, com o título: “Documentos para a História da Independência”, volume I, onde, no capítulo referente à Maçonaria e à Independência, consta a certidão das Atas das Sessões do Grande Oriente, em 1822.
Além disso, existe outro documento oficial do GOB, na forma de Ato exarado, emitido em 1922, por ocasião do centenário de sua criação.
Por isso, comemoramos o Dia do Maçom em 20 de agosto, quando, na verdade, esse discurso foi proferido no 20º dia do 6º mês (Elul), o que nos remete à data de 09 de setembro.
Muitas Bastilhas, ainda, existem e precisamos, urgentemente, derrubá-las.
Ressuscitemos nosso saudoso Irmão Ledo dentro de nós, através de uma conduta digna de um verdadeiro Maçom.
A sociedade, que ora desperta em manifestações por todo o Brasil, cansou de esperar uma Maçonaria mais atuante.
Ontem, lutávamos para deixar de ser uma Colônia de Portugal, mas, ainda hoje, pensamos e agimos como um povo colonizado!
Francisco Feitosa
Especial para o Diário de Cuiabá
Joaquim Gonçalves Ledo
(Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1781 — Fazenda do Sumidouro, Cachoeiras de Macacu, 19 de maio de 1847) foi um jornalista e político brasileiro.[1][2]
O primogênito do comerciante Antônio Gonçalves Ledo e de D. Maria dos Reis Ledo, era irmão de Custódio Gonçalves Ledo. Aos 14 anos, mudou-se do Brasil para estudar em Portugal, bacharelou em Coimbra e entrou na Maçonaria.[1]
Retornou ao Rio de Janeiro em 1808 para assumir os negócios da família. Continuou na Maçonaria e ingressou na política, lutando a favor da independência. Tornou-se adversário de José Bonifácio de Andrada e Silva em ambas áreas.[3] Foi o principal responsável e maior articulador do agrupamento político conhecido como Partido Liberal-Radical, um dos movimentos populares mais importantes da primeira década do Brasil independente.[4]
Em 15 de setembro de 1821, fundou o Revérbero Constitucional Fluminense em parceria com Januário da Cunha Barbosa.[5] Considerado um dos articuladores da Independência do Brasil, foi um dos responsáveis pelo Dia do Fico e pela convocação da Assembleia Constituinte de 1822.[6]
Casou-se com Ana Carolina de Araújo em 1833.[2] Ledo foi procurador e deputado provincial do Rio de Janeiro até 1834, quando abandonou a política e a maçonaria para viver em sua fazenda em Cachoeiras de Macacu, onde morreu aos 66 anos de ataque cardíaco.[7]
Início da vida
Nascimento
Joaquim Gonçalves Ledo nasceu em 11 de dezembro de 1781 no Rio de Janeiro. Era filho primogênito do comerciante Antônio Gonçalves Ledo e de D. Maria dos Reis Ledo. Joaquim era irmão de Custódio Gonçalves Ledo, médico formado em Londres.[1]
Formação
Em 1795, foi para Portugal terminar os estudos e cursar Direito na Universidade de Coimbra. O contexto era de efervescência revolucionária e o estudante, patriota e idealista, absorveu as ideias liberais e tornou-se maçom.[1]
Devido à morte prematura de seu pai, Ledo retornou ao Brasil em 1808. Diante das dificuldades financeiras, o jovem precisou interromper a universidade e assumir os negócios da família.[8]
Carreira
Maçonaria
Ledo continuou a estudar no Rio de Janeiro. Apesar de não ter concluído a sua formação, era considerado advogado por defender vários pleitos com sucesso.[3]
Ajudou a fundar e dirigir a loja maçônica Comércio e Artes, em 1815, e o Clube Recreativo e Cultural da Guarda Velha, em 1818, com o objetivo de atrair aliados a favor da independência brasileira.[9] No mesmo ano, um alvará decretou o fim das atividades da Maçonaria, o fechamento do clube secreto e a prisão de seus membros por conspiração política. Em um decreto posterior, Dom João VI declarou perdão a Ledo.[10]
Em 1820, passou a servir como oficial-mor na Contadoria do Arsenal de Guerra. Aceitou o emprego que lhe pagava o modesto salário de 33 mil réis mensais por patriotismo: propagar as ideias liberais entre os militares graduados e levá-los a Maçonaria.[11]
Articulador da Independência do Brasil
Enquanto Gonçalves Ledo chefiava, no Rio de Janeiro, a conspiração que visava tornar o Brasil independente de Portugal, José Bonifácio, em São Paulo, não tinha o menor interesse no movimento separatista. Os Liberais-Radicais, comandados por Ledo, uniram-se ao Partido Brasileiro para buscar a independência, mas também a democratização da sociedade brasileira.[12]
Em 1821, as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa ordenavam o retorno de Dom Pedro de Alcântara à Europa como medida a reação dos Liberais-Radicais. Em resposta, Ledo foi um dos responsáveis pelo movimento que reuniu assinaturas a favor da permanência do príncipe. No intitulado Dia do Fico, Dom Pedro I decretou sua permanência no Brasil, contrariando as ordens de Portugal.[7][13]
Entretanto quem se destacou foi seu adversário José Bonifácio, nomeado ministro do Reino e dos Estrangeiros. Enquanto isso, Gonçalves Ledo fez-se jornalista e fundou o Revérbero Constitucional Fluminense, com Januário da Cunha Barbosa, em 15 de setembro de 1821.[14] O jornal tornou-se o "clarim das liberdades nacionais", porta-voz da campanha pela Independência do Brasil, combatendo os interesses dinásticos portugueses e reivindicando a constituição de um governo liberal.[15] De acordo com Nicola Aslan, Ledo declarava-se patriota e liberal enquanto Bonifácio mantinha seus laços e interesses com Portugal e com a monarquia absolutista.[16]
Para resistir às ameaças de recolonização, um Conselho de Procuradores Gerais das Províncias do Brasil foi convocado em 16 de fevereiro de 1822. Nesta ocasião, Gonçalves Ledo propôs a convocação de uma Assembleia Constituinte. O príncipe português acatou a sugestão do patriota em junho, quando também o nomeou Procurador da província do Rio de Janeiro e Conselheiro do governo.[7][17] José Bonifácio foi obrigado a aceitá-la, mas sugeriu a eleição indireta, que prevaleceu contra a vontade de Ledo e dos Liberais-Radicais, que defendiam a eleição direta dos constituintes.
Ledo redigiu o "Manifesto dos Brasileiros" em agosto convocando os brasileiros a se unirem e a lutarem pela emancipação política do país: "Não ouça entre vós, outro grito que não seja união! Do Amazonas ao Prata, não retumbe outro eco que não seja – Independência! Formem todas as nossas províncias o feixe misterioso, que nenhuma força pode quebrar".[18] Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I rompeu definitivamente os vínculos com Portugal e proclamou a Independência do Brasil. O príncipe foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil, no dia 12 de outubro.[19]
Visando fortalecer um dos instrumentos de defesa do país, Gonçalves Ledo e o ministro da Guerra Luís Pereira da Nóbrega propuseram um plano para a organização das Forças Armadas do Brasil, aprovado pelo Imperador em 1823.[20]
Em carta a José Clemente Pereira, Ledo explica que "a Independência de um povo não pode ser feita por um homem só. É obra da opinião pública que é soberana, que é invencível quando lateja a consciência nacional na ânsia da liberdade, aniquilando déspotas e troianos".[21]
Exílio
O Partido Liberal-Radical foi acusado de radicalismo extremo[4] e Ledo foi ameaçado de morte por Bonifácio. Perseguido por seus capangas, o patriota se vestiu de mulher e se escondeu na fazenda do Barão de São Gonçalo, em Niterói.[22] Com a ajuda de Lourenço Westin, embarcou disfarçado de frade em um navio mercantil sueco para Buenos Aires.[23] Na capital da Argentina, ainda sofreu com calúnias e foi considerado fugitivo.[24] Como o governo não lhe forneceu nenhum subsídio para a sua manutenção, hospedou-se na casa de seu amigo José Rodrigues Braga e trabalhou para garantir o seu sustento. Em outubro de 1823, a injustiça das acusações tornou-se evidente e o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro absolveu o liberal por falta de provas. Ledo retornou livre ao Brasil em 21 de novembro.[25]
Política
Gonçalves Ledo foi eleito Deputado da Assembleia Provincial do Rio de Janeiro em 21 de setembro de 1822, porém a cadeira foi inicialmente ocupada pelo seu suplente, Martim Francisco. Ledo somente assumiu o cargo em 6 de maio de 1826 quando houve a reabertura da Assembleia .[26]
Aos 45 anos, o fluminense que tanto lutou pela emancipação nacional, alcançou uma posição de independência em seus pronunciamentos na Assembleia Legislativa. Sua intervenção nos debates parlamentares era oportuna e não tinha o ímpeto juvenil que o distinguiu entre 1821 e 1822. Durante sua permanência no cargo, Ledo analisou diversos relatórios e entre eles publicou o "Parecer da Comissão de Fazenda da Câmara dos Deputados à Assembleia Geral do Império do Brasil" nos anais do Congresso.[27]
Em 1827, Dom Pedro I abriu a sessão legislativa com uma Fala do Trono. Nessa ocasião, o patriota foi nomeado membro da comissão especial que elaborava a resposta da Assembleia e assumiu a responsabilidade em 1828. No mesmo ano, Ledo foi convidado a ser Ministro mas recusou alegando se achar incapaz de encarar o peso e as dificuldades de tal função. Apesar disso, foi reeleito Deputado geral da Assembleia Provincial do Rio de Janeiro em 1830.[27]
Foi agraciado dignatário da Imperial Ordem do Cruzeiro e da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo por Dom Pedro I, mas recusou a Imperial Ordem da Rosa e o título de Marquês. Sobre sua atuação política, Gonçalves Ledo foi descrito por Otávio Tarquínio de Sousa como "figura turva" e "muito comunicativo e alegre" por Afonso de Taunay.[17]
Últimos anos
Em 1831, Ledo retornou suas atividades maçônicas e fundou três lojas: Educação e Moral, Reunião Brasileira e Amor à Pátria.[28] Redigiu a sua autobiografia e memórias do seu tempo, documentos que fazem parte da história da Independência.[29]
Casou-se com Ana Carolina de Araújo em 1833. Cansado, abandonou a política e a maçonaria em 1834 para dedicar-se a agricultura em sua Fazenda do Sumidouro, no município de Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro. Ledo teve um ataque cardíaco aos 66 anos e morreu em 19 de maio de 1847.[2][7]
"Antipatizado pelos políticos, Joaquim Gonçalves Ledo sofreu longo e rigoroso ostracismo que a recordação de seus enormes serviços à causa da independência e o seu arroubado patriotismo deveria ter pelo menos mitigado. Viu-se no fim da vida repudiado pelos partidos. Inteligência de escol faltou-lhe para quiçá o equilíbrio das qualidades, para se tornar um dos dominadores da cena política do seu tempo; era por demais arrebatado e impetuoso, dizem-no os contemporâneos".[30]
Legado
De acordo com Nicola Aslan, Joaquim Gonçalves Ledo trabalhava em prol de seus ideais liberais-radicais e não por ambicionar cargos, títulos ou honrarias de qualquer espécie. A carta publicada pelo fluminense em 1828 confirma seu espírito entusiasta: "Não vivo para sugar o Tesouro como os Andradas fizeram e fazem. Nunca fui pesado ao meu país e dele jamais recebi pelos meus serviços, pois sempre o servi abnegadamente, recusando qualquer recompensa material".[21][31]
Existem rumores de que ele incinerou seu acervo de documentos relacionados a sua participação na Independência do Brasil. Mesmo assim, a história mostrou a grande importância de Joaquim Gonçalves Ledo e, Afonso de Taunay, acredita que ele foi o "principal arauto e articulador da Independência brasileira".[18][26]
"Poucos homens públicos, em nosso país, tiveram o relevo e a notoriedade de Joaquim Gonçalves Ledo, o grande e implacável inimigo de José Bonifácio; aquele que foi o verdadeiro patriarca da nossa independência".[32]
Títulos e honras
1822:
- Procurador da província do Rio de Janeiro;
- Conselheiro do governo;
1826-1834:
- Deputado da Assembleia Provincial do Rio de Janeiro;
- Dignatário da Imperial Ordem do Cruzeiro e da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo;
- Recusou o cargo de Ministro, o título de Marquês e a Imperial Ordem da Rosa;[17]
Títulos
- Comenda da Ordem de Cristo;
- Comenda da Ordem dos Cruzeiros.[33]
Homenagens
- Retrato de Joaquim Gonçalves Ledo (1925), por Oscar Pereira da Silva;
- Joaquim Gonçalves Ledo no Monumento à Independência (1926), por Ettore Ximenes;
- Rua Joaquim Gonçalves Ledo, nas cidades de Cachoeiras de Macacu, São Paulo, Diadema, Osasco, São Carlos, Salto, São José do Rio Preto e Nova Iguaçu, Araras;
- Rua Gonçalves Ledo, nas cidades de Niterói, Resende, São Gonçalo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Teresina, Goiânia, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu e várias outras cidades brasileiras;
- Loja maçônica Joaquim Gonçalves Ledo em Niterói;
- Loja maçônica Fraternidade Joaquim Gonçalves Ledo em Cosmópolis/SP
Referências
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 33
- MACIEL, Auryno (1923). Gonçalves Ledo: o homem da Independência. Maceió: Editora Fonseca. p. 92
- MACIEL, Auryno (1923). Gonçalves Ledo: o homem da Independência. Maceió: Editora Fonseca. p. 43
- Laura Candian Fraccaro (2018). História do Brasil Imperial (PDF). [S.l.]: Editora e Distribuidora Educacional S.A.
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 90
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 70
- «UOL Educação». educacao.uol.com.br.
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 34
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 50-52
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 63
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 38
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 77
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 104-105
- FLEIUSS, Max (1930). Páginas de história. Rio de Janeiro: Editora Imprensa Nacional. p. 236
- CINTRA, Assis (1923). No limiar da história. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves. p. 84-85
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 36
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 585-586
- BREFE, Ana Cláudia Fonseca (2005). O Museu Paulista: Affonso de Taunay e a memória nacional, 1917-1945. São Paulo: Editora Unesp. p. 124
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 170-177
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 262-263
- CINTRA, Assis (1923). No limiar da história. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves. p. 88-89
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 386
- VILAR, Gilberto (2004). Frei Caneca: gesta da liberdade, 1779-1825. Rio de Janeiro: Editora Mauad X. p. 83
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 407
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 479-481
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 482
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 485-488
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 599
- ASLAN, Nicola (1975). Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo. Rio de Janeiro: Editora Maçônica. p. 520
- TAUNAY, Affonso d'Escragnolle (1922). Grandes vultos da Independência brasileira. São Paulo: Companhia Melhoramentos de São Paulo. p. 49
- FLEIUSS, Max (1930). Páginas de história. Rio de Janeiro: Editora Imprensa Nacional. p. 243-244
- MUNIZ, Heitor (1929). No tempo da monarquia. São Paulo: Editora Nacional. p. 38
- Boutin, Leonidas (s.d.). Dicionário Biográfico Brasileiro. Curitiba: Max Roesner Ltda
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