Sejamos bons… mesmo quando a nossa bondade encontra silêncio.
Mesmo quando o outro não sabe retribuir,
quando o mundo parece mais duro do que justo, não deixemos de ser ternura.
Sejamos luz, mesmo que o céu amanheça escuro, mesmo que a chuva nos molhe por dentro.
Que a nossa claridade não dependa do tempo,
mas da chama que carregamos no peito.
Sejamos vida, onde só há aridez.
Mesmo diante de quem se esconde em desertos, de quem ergue muralhas de indiferença ou medo.
Porque o amor, ah, o amor,
é semente teimosa: floresce onde menos se espera.
Desperta o que parecia adormecido.
Derrete o gelo de quem finge não sentir.
E mesmo que o outro nunca mude,
que ao menos não mudemos nós.
Que sejamos, sempre,
a parte do mundo que escolhe amar.
(Carlos Cabrita, escritor)
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