Os egípcios tinham uma religião politéista, na qual cada divindade tinha uma função própria. No caso de Osíris, ele era protetor de uma cidade e da agricultura, além de ser o juiz dos mortos. Continue lendo para entender o que era o tribunal de Osíris e como ele funcionava.
Quem era o deus Osíris?
Osíris era uma divindade cultuada pelos antigos egípcios, que tinha uma importância muito grande na religiosidade deles. A crença nele era originalmente de Busíris, na região do Baixo Egito, onde era identificado com a força do solo que dá vida à vegetação.
Por isso mesmo, ele era o deus da fertilidade e lhe atribuíam a invenção da agricultura. Consequentemente, Osíris passou a ser o patrono da civilização que o cultivo das plantas propiciou.
Mais tarde o seu mito sofreu alterações, sendo possível encontrar diversas versões para ele. Na mais famosa, ele é um dos filhos de Geb (a terra) e Nut (o céu) e irmão de Seth, Néftis e Ísis. Esta última também é sua esposa.
Osíris governou a terra, identificada como o Egito, e ensinou a agricultura e a pecuária, que foram as técnicas necessárias para o desenvolvimento da civilização. Já Seth governava o deserto e invejava seu irmão, por isso decidiu matá-lo.
As versões para o assassinato de Osíris são diferentes. Em uma delas, Seth realiza um banquete e oferece aos convidados como presente um sarcófago, mas só ia ganhá-lo quem coubesse nele. Como ele fez a caixa na medida de Osíris, mesmo com os demais convidados testando, somente ele coube nela.
Assim, Seth o prendeu na caixa e a atirou no rio Nilo, por onde foi arrastada para o mar Medieterrâneo e chegou à Fenícia. Isis o encontra e volta para o Egito com o corpo do esposo, o qual ela escondeu em uma plantação de papiros. Seth o encontra e decide esquartejá-lo.
Os pedaços são lançados em diversas partes do Egito e Ísis vai procurá-los. Encontrou todos, menos o órgão sexual. Para suprir a falta dele, ela constrói um novo com caules de vegetais. Depois disso, junto com Anúbis e Néftis, mumificou Osíris e se transformou em uma ave que bateu asas sobre o corpo do irmão e o ressuscitou. Ísis se uniu a Osíris e tiveram um filho, chamado Hórus.
Por não ter o corpo inteiro, Osíris deixou de governar o mundo dos vivos e passou a reinar entre os mortos. Assim, ele se tornou o senhor da vida no além e pelo julgamento de todos aqueles que se dirigiam para ele. Assim começou o que era o tribunal de Osíris. Adiante, vamos explicar como as almas são julgadas..
O que era o tribunal de Osíris?
O Tribunal de Osíris era o lugar onde o deus Osíris, com o auxílio de outras divindades, dava o veredicto sobre o destino dos mortos.
Nele, as almas chegavam e argumentavam sobre a sua vida, dizendo se tinham vivido de maneira virtuosa ou não. Anúbis, que conduzia as almas até o tribunal, pesava o coração delas na balança da deusa Maat.
Em uma bandeja ficava o coração e na outra era posta uma pena de avestruz.
Se as palavras da alma fossem verdadeiras, o coração e a pena ficariam em equilíbrio e ela seria considerada pura. Caso o coração ficasse mais pesado, Ammut, um demônio com cabeça de crocodilo, metade do corpo de leão e outra metade de hipopótamo, destruiria a alma como retribuição pelos pecados.
Tot, o deus inventor da escrita, fazia um relatório final sobre a pesagem que seria entregue a Osíris, caso Ammut fosse favorável ao morto. Osíris confirmava o relatório e permitia a entrada da alma em seu reino, onde ela desempenharia a mesma função que tinha na terra em uma vida agradável.
Os fiéis buscavam passar por processos de dor e morte no ritual , para depois ressurgir em um mundo novo com uma nova consciência.
Nesses rituais eram oferecidos sacrifícios e as pessoas iam até os templos construídos em honra de Osíris para deixar oferendas e fazer orações.
Por que os egípcios tinham múmias?
A mumificação é uma característica muito presente quando se fala do Egito Antigo e ela está muito ligada ao que era o tribunal de Osíris.
Após a absolvição das almas, havia a possibilidade delas voltarem para seus corpos, caso eles estivessem em condições de recebê-las. Por isso, os vivos faziam a mumificação para preservá-los.
Além disso, era costume também pôr os corpos nas tumbas com objetos que seriam necessários para as pessoas, caso voltassem à vida.

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