E se tudo o que existe — das estrelas às nossas decisões — seguisse uma proporção sagrada que Pitágoras tentou revelar há 2.500 anos?
A Tetraktys não é apenas uma figura matemática.
É um símbolo inicial.
É a chave para uma cosmogonia.
É uma oração silenciosa para o mistério do Um.
Esta figura triangular encerra os números 1, 2, 3 e 4, que somam 10: o número perfeito para os pitagóricos, símbolo do cosmos completo.
Cada nível da Tetraktys representa um passo
na manifestação do Ser:
🜁 1 = Unidade. Princípio divino, fonte de tudo.
🜂 2 = Dualidade. Céu e terra, luz e sombra, ativo e passivo.
🜃 3 = Harmonia. Tríade sagrada, alma do universo.
🜄 4 = Mundo visível. Os quatro elementos, as quatro direções.
E a soma de tudo: 10 = o cosmos em equilíbrio.
Para Pitágoras, o universo é número.
Tudo o que existe vibra, ressoa, é ordenado de acordo com proporções invisíveis.
Os planetas movem-se em harmonia.
A alma humana também.
E aqui está o grande ensinamento:
-Viver em harmonia com a Tetraktys é viver em harmonia com o universo.
-Não se trata apenas de "entender" a ordem natural, mas de encarná-la.
-Ser justo é ser proporcional. Ser sábio é saber o número.
-Ser livre é acompanhar o Um.
Pitágoras falava de uma "música das esferas".
Não se ouve com os ouvidos, mas com a alma.
Cada planeta, cada ser, cada pedra canta sua nota.
O caos é apenas aparente.
Debaixo do barulho da vida... Há harmonia.
Uma harmonia que brota da Monada — o Um — e se desdobra em múltiplas formas, sem nunca perder o seu centro.
Por isso os antigos pitagóricos juravam:
“Por aquele que entregou à nossa alma a Tetraktys,
fonte e raiz da natureza eterna. ”
Não foi um juramento matemático.
Era uma consagração da alma à ordem do Ser.
Era um pacto com a geometria sagrada do universo.
E nós?
Vivemos segundo essa ordem profunda?
Ou nos deixamos arrastar por batidas que não são nossas?
Perguntamos que harmonia estamos cantando?
Talvez o caminho não seja impor uma “ordem exterior”, mas descobrir a ordem interior, que sempre esteve lá, quieto, vibrando no mais profundo do ser.
Porque como Pitágoras ensinava,
compreender o número é lembrar o divino.
E viver em harmonia... é voltar para o Um.
Comentários
Postar um comentário