PODEMOS TRABALHAR, NÃO IMPORTA A MANEIRA

 

Dizem que o mundo tenta nos parar com pedras, muros e exílios.
Mas o verdadeiro Iniciado não se deixa deter pela matéria, porque seu trabalho está além do corpo, além das limitações externas. Ele sabe que o Templo se constrói primeiro dentro de si.


Musônio Rufo foi exilado, três vezes.
Theodore Roosevelt, limitado por uma enfermidade.

E ambos disseram, com firmeza e espírito inquebrantável:
“Posso trabalhar dessa maneira também.”
É este o espírito que nos deve guiar, irmãos.

A Maçonaria verdadeira
não se mede pelo mármore do Templo,
nem pelas colunas de uma Loja cheia.

A verdadeira Maçonaria pulsa no silêncio do esforço constante, no estudo dedicado, no autodomínio diante da adversidade.
Se estamos cansados, adoecidos, distantes ou mesmo desacreditados, ainda podemos trabalhar.

Se nos calaram, ainda podemos pensar.

Se nos isolaram, ainda podemos refletir.

Se nos tiraram tudo, ainda nos resta a vontade e com ela, tudo se reconstrói.

O que é um verdadeiro Maçom,
senão aquele que segue aperfeiçoando
a Pedra, mesmo quando a luz se apaga
e o malhete cai de sua mão?
É tempo de lembrar que o Iniciado jamais depende das condições externas para agir com virtude.

Ele age apesar delas.
Ele não reclama.
Ele constrói.

E se for necessário trabalhar na escuridão, que ele seja a própria tocha.

Se for necessário trabalhar em silêncio, que sua presença ecoe mais que mil palavras.
Se for necessário trabalhar do exílio, que ele faça desse lugar um novo Templo.

Porque onde houver um Irmão
com a mente desperta,
o coração firme e a mão disposta
ali haverá Obra.

E nós, irmãos, podemos trabalhar...
Não importa a maneira!

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