“Um dia me disseram que a Umbanda não leva a lugar nenhum…”


E eu me calei por um instante.

Não por dúvida… mas por sentir no coração o peso e a beleza de uma verdade maior.
Então me perguntei: onde eu quero chegar?


E a Umbanda, com sua simplicidade sábia e seus fundamentos de luz, respondeu sem palavras — mas com axé.
Aprendi que Ogum abre caminhos… mas que eu preciso ter coragem de andar.

Que o terreiro não é palco de milagres, é escola de alma. Que ali não se busca perfeição, mas verdade.

Que se não houver amor, o branco na roupa nada vale. Que Exu não é temor, é justiça e equilíbrio.

Na Umbanda, vi que o Orixá não julga nossa origem, nossa cor, nossa dor.
Ele acolhe.
Ele sente.
Ele guia.

Entendi que energia se sente, não se compra.
E que o silêncio de um passe vale mais que mil discursos vazios.
A Umbanda não me leva.
Ela me faz parar.

Parar para sentir.
Parar para enxergar.
Parar para escutar aquilo que meu ego calava há anos.

Não sou mais do que ninguém.
Sou só mais um nessa banda sagrada, aprendendo a ser.
E se alguém ainda me disser que ela não leva a lugar nenhum…
Sorrio.

Porque ela me trouxe de volta para casa.
A casa que mora dentro de mim.

Siga em paz… siga com fé… siga com Axé.

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