- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Havia um homem conhecido como o Senhor das Glórias, que montava sempre em seu pequeno cavalo branco.
Sua figura era admirada, pois cavalgava erguido, como se o tempo estivesse a seu favor. Onde passava, deixava a impressão de que o mundo seguia seu ritmo, que o dia e a noite obedeciam ao compasso de seus passos.
Mas todos sabiam que um dia o cavalo tropeçaria. O animal era pequeno, e as glórias que o homem carregava eram pesadas demais. A cada trote, a cada galope, o fardo crescia, e a queda parecia inevitável.
E, de fato, chegou o dia. O cavalo vacilou, e o Senhor das Glórias caiu. Seu nome já não brilhava, sua imagem já não reluzia. Alguns riram, outros se calaram, e muitos simplesmente seguiram adiante, como se nunca tivessem visto nele um reflexo de grandeza.
Contudo, o tempo não se deteve. O homem, agora chamado Senhor das Glórias Desvanecidas, não mais reinava no olhar dos outros, mas descobriu que ainda fazia o tempo acontecer.
Mesmo sem a pompa de antes, continuava a caminhar. O sol nascia, a lua se erguia, as estações mudavam, e o mundo girava — tudo em silêncio, no compasso de sua persistência.
Assim, aprendeu-se que:
As glórias são passageiras, como o brilho da manhã que se dissolve no calor do dia.
A queda é certa, mas não é o fim.
O verdadeiro senhor não é o que cavalga a admiração dos outros, mas o que segue fazendo o tempo acontecer, mesmo quando ninguém mais aplaude sua jornada.
Moral da Fábula:
A grandeza não está em nunca cair, mas em
continuar movendo o tempo, mesmo quando
as glórias já se apagaram.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário