A FIGURA DO SEGUNDO VIGILANTE

 

Uma reflexão que os Apr ∴ não devem esquecer, é quem eles têm que se aproximar em Log ∴ e no Mundo profano em primeira instância.
Sob o abrigo do G ∴A ∴D ∴U ∴ e na nossa augusta instituição, permito-me elevar esta placa, cujo propósito é refletir sobre a figura do 2o Vig ∴, o seu papel na formação dos neófitos e Apr ∴, bem como a sua missão de orientação na vida profana.

O 2o Vig ∴ ocupa o seu lugar no meio-dia, onde o Sol atinge o seu máximo esplendor, simbolizando a Luz que fecunda e a claridade que ilumina.

A partir dessa posição, ele se torna guardião da aprendizagem e pedagogo dos primeiros passos no caminho da Arte Real.
Sua voz ressoa como a primeira autoridade que o neófito ouve após receber a Luz.

Dele dependem a disciplina e a formação do Apr ∴, que, sob seu olhar atento, aprende os deveres do silêncio, da obediência e do estudo (Mackey, 1996).
Cuidando dos Neófitos e Apr ∴
O 2o Vig ∴ cabe instruir o Apr ∴ no uso das ferramentas simbólicas: o esquadrão, o baralho e a pedra bruta.

Com elas, ensina-se que o trabalho inicático não é mais do que o trabalho de polir o próprio caráter, corrigir as falhas e construir um templo interior digno do G ∴A ∴D ∴U ∴ (Álvarez, 2015).

Sua tarefa também é disciplinar, lembrando ao Aprend ∴ que deve exercitar o silêncio para ouvir, a obediência para aprender e o estudo para compreender.

Assim, a vigilância do 2o Vig ∴ não se limita à ordem do T ∴, mas se estende à própria vida do Apr ∴.
E o 2o Vig ∴ deve ser guia no mundo profano?
Não podemos esquecer que a missão do 2o Vig ∴ transcende as colunas do Templo.

O Apr ∴ recém-iniciado deve levar ao mundo profano os princípios aprendidos na Log ∴, e é o 2o Vig ∴ que o lembra como aplicar as virtudes na sua vida diária (Carvajal, 2018).

Sua palavra o orienta para que, no tratamento com seus semelhantes, nos seus deveres sociais e familiares, seja um exemplo de retidão, prudência e fraternidade.

Sob sua orientação, o Aprende a ser um arauto silencioso da Maçonaria, cuja conduta é o verdadeiro testemunho dos Mistérios que recebeu (Álvarez, 2015).
A dimensão litúrgica e pedagógica
A voz do 2o Vig ∴ no meio-dia lembra ao Apr ∴ que deve trabalhar incansavelmente, como o sol que em seu zênite irradia plenitude.

Assim, o Apre ∴ compreende que sua tarefa é constante: polir a pedra bruta dentro do Templo e projetar esse trabalho no mundo exterior.

O 2o Vig ∴ é, consequentemente,
guardião, mestre e guia.

Com seu exemplo, mostra que a Maçonaria não é um segredo guardado nas paredes do Templo, mas uma obra de perfeição espiritual que deve ser refletida na vida profana.

A figura do 2o Vig ∴ encerra a essência da vigilância moral e pedagógica na maçonaria simbólica.

Sua missão é
instruir, corrigir e acompanhar
os Apre ∴ no caminho iniciático,
tanto na Log ∴ como na vida profana.

Assim, a partir do meio-dia, sua voz se torna Luz, sua vigilância em disciplina e seu conselho em guia para que o Apr ∴ seja digno trabalhador da Arte Real e fiel servidor do G ∴A ∴D ∴U ∴.

Literatura recomendada.
Alvarez, R. (2015). A pedagogia do símbolo na Maçonaria. Madrid: Editorial Maçônica espanhola.
Carvajal, J. (2018). Maçonaria e vida profana: os desafios do iniciado. Bogotá: Centro de Estudos Iniciáticos.
Jimenez, F. (2020). O papel dos Vigilantes na formação inicial. México: Centro de Estudos Maçônicos.
Mackey, A. G. (1996). Enciclopédia da Maçonaria. Barcelona: Kier.

Martinez de Bedoya, J. (2017). Educação iniciada na Sociedade. Buenos Aires: Edições Maçônicas do Cone Sul.

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